“If”: Se a turma do “auxílio-moradia” visse que o apê não era de Lula?

se

O velho Octavio Frias, dono da Folha de S. Paulo, morto em 2007, gostava tanto do poema “If”, de Rudyard Kipling que, na sua morte, o jornal fez questão de publicá-lo, em tradução de Guilherme de Almeida, com seus versos iniciais dizendo: Se és capaz de manter a tua calma quando/Todo o mundo ao teu redor já a perdeu e te culpa;/De crer em ti quando estão todos duvidando…

E terminando, poucas linhas depois: E se és capaz de dar, segundo por segundo,/Ao minuto fatal todo o valor e brilho,/Tua é a terra com tudo o que existe no mundo/E o que mais –tu serás um homem, ó meu filho! 

Como, claro, If, em português é “Se”, em homenagem ao velho Frias, a Folha poderia imaginar o que seria o resultado de uma pesquisa presidencial como a que publica hoje, se os juízes – tão bem aquinhoados em matéria de moradia, tivessem visto o que toda a comunidade jurídica viu: que o apartamento não era de Lula.

Hoje ainda, ou amanhã, ela deve divulgar o “julgamento” na pesquisa do “julgamento” de Lula.

Certamente, entre as perguntas, não colocou uma sobre se o eleitor/eleitora votaria no Lula caso ele fosse absolvido.

Se a pusesse, concluiria que, sem o plano cuidadosamente urdido para condená-lo, Lula, a esta altura, estaria perto dos 50% suficientes para liquidar a eleição no 1° turno, possivelmente bem acima disso.

Mas, em matéria de “Se”, é melhor ficar com o do velho Octavio e saber que o poema diz muito:

Se és capaz de arriscar numa única parada
Tudo quanto ganhaste em toda a tua vida,
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
Resignado, tornar ao ponto de partida;
De forçar coração, nervos, músculos, tudo
A dar seja o que for que neles ainda existe,
E a persistir assim quando, exaustos, contudo
Resta a vontade em ti que ainda ordena: “Persiste!”

É isso o que a geração de empavonados, que pulula em redações e tribunais, não pode compreender.

 
contrib1

Facebook
Twitter
WhatsApp
Email

12 respostas

  1. “IF” se eu não fosse um fdp como eu sempre fui até minha morte e toda mídia também, junto com o judiciário, esse país já faria parte do primeiro mundo há muito tempo, mas não consigo deixar de ser filho de escravocratas e sermos os patrimonialista que se sustenta roubando e sugando esse país, esses verso é só par parecer que eu era um homem decente, mas na verdade somos filhos do Mefisto e para la que eu vou

  2. “Mas, em matéria de “Se”, é melhor ficar com o do velho Octavio e saber que o poema diz muito:

    Se és capaz de arriscar numa única parada
    Tudo quanto ganhaste em toda a tua vida,
    E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
    Resignado, tornar ao ponto de partida;
    De forçar coração, nervos, músculos, tudo
    A dar seja o que for que neles ainda existe,
    E a persistir assim quando, exaustos, contudo
    Resta a vontade em ti que ainda ordena: “Persiste!”

    É isso o que a geração de empavonados, que pulula em redações e tribunais, não pode compreender.” Se Octavinho realmente conhecesse Octavio.

  3. Em 1958, aos nove anos de idade ganhei de meu velho pai este poema, emoldurado, com uma dedicatória: “Com todo amor e esperança de teu pai”.
    Ao longo de minha vida, ano após ano, fui me dando conta do que Kipling desejou nos transmitir e me sensibilizava cada vez mais. Hoje, lendo sua postagem, lágriamas de tristeza pura me vêm aos olhos, porque, mais do que entender, eu sinto o momento.

    1. Alícia Kawarinha Lulinha Qualquer Porra
      Tá ficando aluada boneca ? Vai tomar chumbo quente nos cornos, cadelinha!
      Vê se escreve algo com nexo. Não aguenta fumo na bundinha, vagabunda pederasta ? Não aguenta cachaça, toma leite, cadelinha.
      Sua candidata tomou no CU?
      A Bolsonara se fodeu ? Aceite boneca fela da puta !
      Xibunguinha !
      Vadia !

    1. Muar Lewavara, vê se deixa de vomitar ignorância por aqui e aprenda que, em 2006, Lula não tinha 85% de aprovação, esse índice foi alcançado em dezembro de 2010.
      Em agosto de 2006 tinha em torno de 45% de aprovação, após a guerra do Mentirão para derruba-lo, e terminou o ano eleito para o segundo mandato com 52%.
      Vá se informar analfabeto político, mas não com o Peinado esclerosado.

  4. Confesso que minha admiração por Kipling é confusa e restritiva. Sempre admirei o “Livro das Selvas” com seu Mogli, o menino lobo. Mas desde que tentei saber como teria sido recebido nos Estados Unidos seu poema sobre “O Fardo do Homem Branco”, que sempre achei horroroso, que exaltava este abnegado homem branco que tanto sofria com o pesado fardo de levar para condições mínimas de civilização as vastas populações coloniais de negros, indianos, chineses e latino-americanos, no fim do século XIX. O que vi em jornais e revistas de todos os recantos dos EUA que saíram um dia após a publicação do poema, foi que não faltavam muito humor e crítica ácida e consciente nos EUA daquele tempo, talvez muito mais que hoje. Seu outro poema de sucesso, o “If”, também foi composto para exaltar o homem branco tenaz e incorruptível da América que ele tanto admirava depois de trocar John Bull por Colúmbia. Mas não deixa de ser bonito, o danado do poema.

  5. Se o judiciário e a mídia parassem de perseguir Lula e de condena-lo com base numa mentira, ele seria eleito em primeiro turno. Por aclamação popular. Levaria no mínimo 60% dos votos válidos. Mas, como sabemos, “se” não existe, infelizmente. Caso contrário, poderíamos perguntar: e se o Brasil tivesse uma imprensa minimamente decente? e se a o PT no poder tivesse tido a coragem de regular a safadeza da mídia? e se a Globo tivesse sido devidamente expulsa de sua concessão televisiva devido a suas maracutaias no futebol? e se a imprensa oligopolizada paulista não tivesse protegido descaradamente Aécio e Eduardo Cunha no pré-impeachment? e se a classe média brasileira fosse menos burra? Enfim, há um mundo de “ses”. Eu, que prefiro pensar no futuro, usarei a palavra “quando” no lugar de “se”: e quando os golpistas forem soterrados por suas próprias mentiras, o que fará o povo em represália?

  6. Fernando, tenho aqui uma adivinha para ti e para os Embargadores da Justiça de Curitiba e TRF4:
    O que é o que é que
    Tem pé de porco,
    Tem orelha de porco,
    Tem rabo de porco,
    Tem lombo de porco?

    Diriam os afoitos procuradores que se trata de, ora bolas, um porco! A imprensa, sem cumprir o seu papel, apenas repetiria à exaustão: É porco! As evidências levam a crer que se trata de um porco.

    No entanto, um olhar qualquer mais apurado diria: é feijoada!

  7. A verdade é que a direita, com suas mentiras, esticou a corda até arrebentá-la. Agora é juiz contra juiz para definir quem é dono do triplex. O juizeco de piso, para provar que suas convicções estão certas (que merda de paradoxo é isso!) resolveu colocar o apartamento à venda. Proponho uma vaquinha para arrecadar algum dinheiro, comprar o triplex, o sítio de Atibaia e o terreno (quem já nem é mais terreno, pois una empresa construiu um prédio nele, e doá-los ao Lula. E encerrar de vez com essa farsa de merda que está destrui do o país.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *