Inflação segue em alta e passa muito de 1% em setembro, diz FGV

A terceira semana de medição de preços feita pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal – IPC-S – da Fundação Getúlio Vargas não apenas veio alta (1,27% em um mês) como, pior, veio acelerando em relação às semanas anteriores e não apenas – ainda que muito – pela entrada em vigor das novas tarifas elétricas, que ainda não se completou, mas também em outros itens que pesam muito no orçamento de famílias mais pobres: alimentação e transportes.

Amanhã, o IBGE divulga o IPCA-15, prévia da inflação de setembro, e todos esperam algo perto de 1%, talvez um pouco mais. Isso levará o acumulado em 12 meses para acima de 10,3%, rompendo oficialmente, pela primeira vez desde 2016 a marca dos dois dígitos, como já é esperado faz tempo por quem não entra no oba-oba do oficialismo.

Há muita apreensão com o desempenho dos preços atrelados ao dólar, que segue contrariando as previsões de queda que não se consumam.

Sobretudo, com o petróleo, que segue numa trajetória de alta que pode se acentuar com os sinais de escassez de energia na Europa com a aproximação do inverno no hemisfério Norte e com o anúncio feito ontem pelo Federal Reserve norte-americano de que pode começar a retirar os estímulos monetários à economia local, o que torna o dólar mais escasso e, portanto, tendendo a se valorizar ante outras moedas.

O governo aposta em uma redução das taxas de inflação do último trimestre do ano, que em 2020 representaram uma alta de 2,83%. Pode até ocorrer, mas não em um valor que traga a inflação para abaixo dos 9%, como espera a equipe de Paulo Guedes.

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