Janot e o STF querem mídia para o caso Petrobras e sigilo para o “propinão” do DEM?

jaja

Divulgou-se hoje que o Supremo Tribunal Federal autorizou sexta-feira a abertura de inquérito sobre o pagamento de propina ao presidente do DEM, José Agripino Maia na contratação de inspeção veicular no Rio Grande do Norte.

Tal como no caso da Petrobras, a denúncia partiu de uma delação premiada, a do empresário George Olímpio, que afirmou ter pago R$ 1 milhão ao senador para tentar implantar o sistema do estado, então governado pelo DEM.

Tudo muito bom, tudo muito bem, mas falta explicar porque o Dr. Rodrigo Janot e a Ministra Carmen Lúcia, responsáveis pela decisão, resolveram manter o caso sob sigilo, ao contrário do que foi feito com o dos malfeitos na Petrobras?

Qual é a razão da diferença?

O caso é antigo e não há, ao que parece, risco de destruição de provas,  o que seria a única razão plausível para mantê-lo oculto.

Não se publicou sequer o pedido de abertura do procedimento ou o deferimento da Ministra, como se fez na Lava Jato.

Ou o coordenador da campanha de Aécio Neves têm direito que os outros não tem, inclusive o de comparece às manifestações para tirar fotos com a turma dos “abaixo a corrupção”?

Ou ficou revogada aquela velharia do “todos são iguais perante a lei”?

 

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36 respostas

  1. Os caras estão vendendo um monte de adesivos contra a Dilma. Não tem ninguém que trabalhe ou possa fazer adesivos de apoio. Vamos comprar, colocar nos carros, janelas, os adesivos de apoio e fora rede globo.

  2. A diferença das delações contra o PT é que na delação contra Agripino Maia, presidente nacional do Dem, o delator diz ter PROVAS.

    “Delator afirma ter dado propina a senador do RN, presidente do DEM, e ter gravações para provar. O entorno do coordenador da campanha de Aécio Neves é mais conectado ao Sudeste do que se imagina”
    http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/helena/2015/02/a-conexao-entre-o-escandalo-agripino-e-o-tucanato-paulista-2814.html

  3. http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/juiz-que-liberou-da-cadeia-primo-do-governador-beto-richa-abre-fogo-contra-juca-kfouri-dilma-rousseff-e-pt/

    Juiz que liberou da cadeia primo do governador Beto Richa abre fogo contra Juca Kfouri, Dilma Rousseff e PT

    Do blog do esmael, do Paraná:

    O juiz substituto em 2.º grau Márcio José Tokars, da 2.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), que concedeu ontem à noite um Habeas Corpus liberando o lobista Luiz Abi Antoun, primo do governador Beto Richa (PSDB), da prisão após uma semana, foi às ruas no último dia 15 de março contra o PT e o governo “corrupto” de Dilma Rousseff.

    Quem relata isso é o próprio Tokars em seu perfil no Facebook, datado de 12 de março — véspera da manifestação que reuniu 80 mil pessoas em Curitiba. No texto, o juiz defende o panelaço da classe média e espinafra o jornalista Juca Kfouri que viu ódio da classe média contra a petista no artigo “O panelaço da barriga cheia e do ódio”.

    O diabo é que Luiz Abi, o primo de Richa, esteve preso por fraude em licitações no governo do Paraná. Praticou corrupção. O parente do tucano foi solto mesmo com o magistrado reconhecendo a gravidade do delito. Tokars defendeu “medidas alternativas à prisão preventiva” do “chefe da quadrilha”, nas palavras do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

    Deputados perguntavam na manhã de hoje, nos corredores da Assembleia Legislativa, se o juiz Márcio José Tokars vai à próxima manifestação pelo impeachment de Dilma acompanhado de Luiz Abi Antoun, pois, como se sabe, os protestos contra o PT e a presidenta são engendrados dentro do Palácio Iguaçu. Mas os palacianos disfarçam bem sob o manto do “apartidarismo”.

    A seguir, leia a íntegra da carta aberta do juiz Márcio José Tokars ao jornalista Juca Kfouri:

    Resposta ao texto atribuído a Juca Kfouri (“O panelaço da barriga cheia e do ódio”)

    Sou fã do Juca Kfouri. E continuarei sendo. Mas, como analista político, ele se revelou um grande conhecedor do futebol brasileiro. É capaz de recitar de memória a escalação do Corinthians nas oitavas de final do campeonato paulista de 1982, mas não de descrever a profundidade e gravidade do momento pelo qual nosso país está passando.

    As diatribes que lança são tão desconexas da realidade que não podem ser respondidas de forma linear. Somente de forma fragmentada, e talvez mesmo desajeitada, podem ser analisadas. Segue minha tentativa:

    1. A legitimidade do panelaço foi atacada pelo fato de advir de uma “elite branca” temerosa de perder seus privilégios. Esta defesa em forma de ataque está errada principalmente por duas razões:

    a) a indignação à corrupção deslavada (que, somada à empáfia e à evidente incapacidade técnica de nossa presidente para dirigir a economia) não está limitada à classe média. Ainda ontem, Dilma foi ruidosamente vaiada em um evento em São Paulo. E foi vaiada por um grupo de 200 operários bastante distantes do conceito de elite branca; e

    b) as pessoas com quem convivo e que manifestam, como eu, uma indignação plena por estarmos sendo representados e conduzidos por alguém como Dilma Roussef, de fato pertenceriam, na visão de Juca, a uma elite (se ainda fosse sociologicamente aceitável a estratificação). Mas a condição de elite atribuível a este grupo não decorre do fato de equiparmos nossas cozinhas com panelas de teflon, ou ainda de podermos viajar mais. Decorre de termos estudado mais, trabalhado mais e de estarmos mais comprometidos com nossos princípios éticos do que as pessoas que nos governam. Neste cenário, temos que confessar: somos a elite intelectual, laboral e ética do país. E essa elite é gigantesca.

    2. O ingrediente racial adicionado à fórmula de ataque proposta por Juca Kfouri beira ao ridículo. É, em si, racista. Provavelmente não mereceria um comentário mais atento. Qualquer pessoa minimamente civilizada sabe que quantidade de melanina em nossas células epiteliais não faz qualquer diferença. Mas, se a pigmentação for mesmo relevante neste momento, talvez valha a lembrança de que nós, integrantes da classe média preocupada, somos descendentes diretos e próximos de verdadeiros red necks. Só fica a duvida: a pigmentação solar de quem veio para os trópicos há um século para, literalmente, lavorar, vale como argumento de legitimação?

    3. Não estamos defendendo privilégios, mas conquistas. Tenho orgulho de poder oferecer aos filhos mais possibilidades de vida, sob o ponto de vista material, do que aquelas que tive (sem prejuízo do orgulho de poder preservar um ambiente doméstico de amor por aos filhos, que não poderia ser maior do que eu tive à disposição em minha infância). Tenho orgulho de ter uma casa confortável. Tenho orgulho de poder receber meus amigos e oferecer-lhes bons vinhos. Tenho orgulho de tudo isso. Mas também tenho a consciência de que nada disso é privilégio. É conquista. Conquista cujas principais características também devem ser destacadas:

    a) não foi produzida ou maximizada pelas pelo governo do PT. O crescimento econômico que facilitou as coisas até 2010 não é obra de Lula/Dilma, mas de um cenário internacional tremendamente favorável (que gerou taxas de crescimento incríveis e contínuas em países como a Irlanda, a Ucrânia, a Colômbia e o México), e que foi bastante impulsionado pela exportação de commodities à China. Atribuível ao PT é a iminente recessão (que não é fruto do cenário internacional, mas da inanição interna – veja-se que os EUA, que levaram o maior tombo entre os países atingidos em 2008, estão crescendo 4,4% em uma economia que continuou sendo gigante); e

    b) estão acessíveis a todos que disponham da vontade de trabalhar. Para estudar, basta um cérebro (equipamento de série em nossa espécie, mesmo que algumas pessoas levem a crer que não). Como muitos que hoje dispõem de suas varandas gourmet, estudei em escolas públicas (do pré-primário ao doutorado), cresci em casa de madeira com cheiro de cera Canário e vi buracos surgirem na sola de meus Ki-Chutes e Congas. As conquistas vieram de muito esforço, e não da capacidade ou da bondade do PT.

    4. Temo, realmente, pela perda de minhas conquistas. Não confio em uma estrutura de poder que, sim, é corrupta (alguém pode explicar a fortuna de Lula?), que, sim, é ignorante (reclassificaram o substantivo “presidente” por absoluta falta de leitura e hoje são representados por uma ex?-assaltante de bancos cuja vida empreendedora se resume à falência de uma loja de bugigangas chinesas), e que, sim, já demonstrou não ter limites ou escrúpulos na preservação de seus privilégios (sim, privilégios, por não advirem de seu mérito, mas de seu poder).

    5. Não há problema em os aeroportos estarem, na visão de Juca, cheios de gente humilde (aliás, vivo em aeroportos lotados por outras razões). Não há problema em as classes mais simples estarem na Universidade (ainda que a política de quotas parta de um preconceito essencial – sei disso: sempre estudei em escola pública e todos os meus colegas tinham capacidade de estudar). Não há problema para a elite branca se menos pessoas não estão morrendo de fome (palmas para o Bolsa Família, mesmo não sendo uma invenção petista ou brasileira). Ninguém se compraz com a miséria alheia. Ninguém aceita a preservação da miséria material (que é a menos complicada de sanar). Mas as misérias intelectual e ética, que parecem estar na essência de nossos políticos, revoltam porque não são fruto do ambiente; são pessoais e opcionais.

    6. O PSDB é culpado por existir? Por que a defesa petista se limita a atacar o PSDB? Eu até levaria a sério, se estivéssemos investigando objetivamente a corrupção tucana. Mas estamos sendo apresentados a um colossal esquema de corrupção criado e alimentado (muito bem alimentado) nas entranhas do governo petista. Se o PT deseja se defender, que fale de si. Caso contrário, vamos culpar Pedro Álvares Cabral de uma vez e acabar com o problema (retirar seus despojos de onde estiverem e enfiá-los no sal seria uma ideia).

    7. Não tenho ódio. Tenho medo. Medo de um ex-presidente que, transloucado, diz que fará “o diabo” para manter o PT no poder.

    8. O panelaço não é antidemocrático. O Juca que me desculpe, mas minha agenda está apertada hoje (tenho que trabalhar). Assim, não vai dar pra citar um monte de gente. Mas tem um que é fácil por estar na memória: Friedrich Muller. Ele deixou claro que a democracia, quando vai além da legitimação artificial do poder pelo voto, é algo que não se encontra nas eleições, mas nos períodos que as separam. A eleição é menos exercício de poder do que renúncia (nunca vi grande vantagem em escolher qual dos inaptos vai me governar). A verdadeira democracia existe quando a população manifesta sua opinião de forma legítima, exatamente como está ocorrendo agora. A verdadeira democracia existe quando a população acredita em sua capacidade de construir a própria história. E a verdadeira democracia se consolida historicamente quando somos capazes de abandonar nossa zona de conforto para lutar por aquilo que é correto.

    Enfim, estarei na rua no domingo. E não vou defender nenhum privilégio. Vou defender um país mais decente.

  4. Não é que eu não tinha visto de tudo, vindo de juizes?

    E eu já tinha visto:

    -orgulhar-se por ter atrasado uma obra, apenas porque o dono era inimigo ou fazia barulho.
    -cobrar propina
    -vender sentença
    -vender parecer
    -ser laranja em construção
    -andar em carro apreendido

    1. Ainda:
      – criar empresa de fachada para comprar imóvel nos ‘esteites’.
      – choramingar pelo fato de não existir vale passagem mensal para ‘maiami’ para comprar terno novo.
      – defender próprio privilégio de a condenação máxima ser o prêmio da aposentadoria com salário integral, por pior que seja o tenha feito..

      iguais diante da lei uma ova!!!

      e por aí vai

  5. O ladrão do DEM, tem salvo conduto da mídia de MP para assaltar e ficar por isso mesmo.Canalha!!!!!!!!!!!!!!!!! A justiça só e justiça para o PT.

  6. Ouvindo A Voz do Bra**S**il e postando:
    Mais um outro poema (acróstico) para a defenestradora de tucanus:

    Duas vezes contra o espectro atro
    Inscreveu já seu nome na história
    Lutando contra mídia venal & Cia e seu teatro
    Mulher forte de mais uma vitória
    A deixar tucanus na ó-posição de quatro ! ! ! ! DE QUATRO ! ! ! !

    **** *************
    **** *************
    ************* ****
    ************* ****

    ************* Abaixo o PIG brasileiro — Partido da Imprensa Golpista no Bra**S**il, na feliz definição do deputado Fernando Ferro; pig que é a míRdia que se acredita dona de mandato divino para governar.

    ************* Lei de Mídias Já!!!! **** “Com o tempo, uma imprensa [mídia] cínica, mercenária, demagógica e corruta formará um público tão vil como ela mesma” **** Joseph Pulitzer. **** … “Se você não for cuidadoso(a), os jornais [mídias] farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas, e amar as pessoas que estão oprimindo” **** Malcolm X. Ley de Medios Já ! ! ! !

    ************* “O propósito da mídia não é de informar o que acontece, mas sim de moldar a opinião pública de acordo com a vontade do poder corporativo dominante.”. Noam Chomsky.

    ************* “A população geral não sabe o que está acontecendo, e nem sequer sabem que não sabem”. Noam Chomsky.
    .
    ************* Poemas engajados de Cláudio Carvalho Fernandes (anarcoexistencialismo):
    .
    **** Poema “Desalienando a ma$$ificaçãø Coisificante” /
    .
    É melhor /
    ser um, mesmo que zero, à esquerda /
    do que, títere-palhaço, a penas só faz-ser número$ à direita
    .
    .
    .
    **** Poema “Bistância” /
    .
    Tele Visão /
    Tele Vazão /
    Tele Vazio
    .
    .
    .
    **** Poema “Cem Rimas” /
    (para o PT e o PSTU) /
    .
    A vida passa de graça /
    E fica ainda mais rica /
    Nos olhos de esperança /
    Que às mãos multiplicam
    .
    .
    .
    **** Poema “Clic” /
    .
    A luz /
    Assombra /
    As sombras
    .
    .
    .
    **** “Poema Z” /
    .
    Penso /
    Logo(S) /
    Rexisto
    .
    ****

  7. Ministra Carmem, abra o sigilo deste processo contra o Agripino Maia, jogue luz nele, o torne transparente, pois precisamos saber como age este senador, metido a honesto, e que ele prove sua inocência!

  8. Estes dois VIGARISTAS,são filiados à ARENA o mesmo que os da oposição,hoje,desde que eram crianças.São autoridades no Brasil,por que cabe qualquer coisa para prejudicar o povão.Eu disse,povão,nada a ver com os Bocós do quinzão,que é mais ou menos como DESFILE NA CORNUÁLHA!Ou CORNUÁLIA!Não interessa como se escreve,mas não se use vermelho,pois ATROPELAM!

  9. Para a justiça do espetáculo o caso Agripino não seria pertinente à publicidade pois a unanimidade contra o governo poderia ser comprometida, afinal, se todos roubam qual a novidade. O fato é que parece que quem faz a regra é o juiz e, se o juiz falou está falado, e cada juiz manda no seu processo seguindo sua consciência e cada caso é um caso.

  10. ¨Ou ficou revogada aquela velharia do “todos são iguais perante a lei”?¨
    No Brasil, esta máxima já foi revogada há muito tempo! O Judiciário e MP brasileiros, estão levando este país diretamente para o século XIX. É uma lástima o que está acontecendo com este país, sem que ninguém, do povo, se de conta do abismo no qual estão sendo jogados.

  11. A conexão entre o escândalo Agripino e o tucanato paulista
    Delator afirma ter dado propina a senador do RN, presidente do DEM, e ter gravações para provar. O entorno do coordenador da campanha de Aécio Neves é mais conectado ao Sudeste do que se imagina
    por Helena Sthephanowitz publicado 25/02/2015 15:07, última modificação 25/02/2015 15:25
    COLIGAÇÃO MUDA BRASIL
    Agripino Maia
    Ligando-se os pontos desde Agripino passa-se perto de Paulo Preto e de Aécio, cuja campanha o senador coordenou
    O senador José Agripino Maia (DEM-RN) se vê no olho do furacão com seu nome no noticiário acusado de receber propina milionária do empresário George Olimpio, relativo ao sistema de Inspeção Veicular no Rio Grande do Norte.

    Em agosto de 2014, Olímpio prestou depoimento ao Ministério Público Estadual após fazer acordo de delação premiada, e confessou ter dado R$ 1 milhão ao senador José Agripino. Ele não disse que ouviu falar, ele afirmou que pagou pessoalmente, descreveu detalhadamente como, onde e quando ocorreu e quem testemunhou os pagamentos.

    Segundo seu depoimento, na campanha eleitoral de 2010 o então senador em exercício João Faustino (PSDB-RN), que concorria como suplente de José Agripino naquele pleito, o procurou e exibiu uma pesquisa indicando que a candidata de oposição Rosalba Carlini (DEM), apoiada por Agripino, seria a governadora, e deu a entender que para preservar o esquema de exploração da inspeção veicular ele precisaria se encontrar com o senador do DEM. Faustino telefonou dali mesmo para Agripino e marcaram um encontro na manhã seguinte no apartamento do senador em Natal.

    Olímpio disse que tinha seus esquemas de corrupção montados com o grupo político do então governador Iberê Ferreira (PSB), que concorria à reeleição, e da ex-governadora Vilma Maia (PSB), que concorria ao Senado.

    Na manhã seguinte, Olimpio e seu parceiro de São Paulo no negócio, Alcides Barbosa, se reuniram com Faustino e Agripino, no apartamento deste último.

    Agripino disse a Olimpio que ouvira falar que ele doara R$ 5 milhões para a campanha adversária de Iberê. O empresário disse ser boato exagerado. Ele havia doado R$ 1 milhão. Agripino pediu a mesma quantia. Olimpio disse que dispunha de R$ 200 mil em cash e poderia dar mais R$ 100 mil na semana seguinte e só teria mais em fevereiro quando começaria a entrar dinheiro da inspeção veicular, pois estava investindo em equipamentos e obras para iniciar os serviços. Agripino aceitou, mas disse que precisava resolver os outros R$ 700 mil que faltavam.

    Olímpio disse que no dia seguinte voltaram a se encontrar no apartamento do senador em Natal. Entregou o pacote de dinheiro com R$ 200 mil para Agripino. No encontro, o senador chamou Marcílio Carrilho, presidente do DEM de Natal, para emprestar 400 mil para Olímpio doar.

    Os outros R$ 300 mil que faltavam para completar R$ 1 milhão foram emprestados em um terceiro encontro por outro correligionário e amigo de Agripino, o empresário José Bezerra de Araújo Júnior, conhecido com Ximbica, que também já foi suplente do senador do DEM.

    Os empréstimos seriam quitados a partir de fevereiro, quando a inspeção veicular passaria a gerar caixa. Olímpio disse que deixou cheques para garantir o empréstimo e pagou R$ 25 mil de juros mensais. A movimentação bancária pode confirmar, em grande parte, a veracidade de sua delação.

    A inspeção veicular foi cancelada antes mesmo de iniciar. Olímpio disse que conseguiu pagar R$ 150 mil de juros até fevereiro mas não teve como quitar os R$ 300 mil de Ximbica, nem os R$ 400 mil de Carrilho, dívida absorvida por outros, segundo ele.

    O fato de José Agripino negar ter recebido qualquer pagamento de Olímpio só leva a duas conclusões possíveis. Ou o delator mentiu e não tem as provas que diz ter, ou as provas existem e o pagamento foi no caixa dois, por isso Agripino nem sequer pode admitir para não se incriminar. Nem permitir que alguma fagulha espirre para o lado de aliados, como Aécio Neves, que teve a recente campanha à presidência da República coordenada pelo senador do DEM.

    George Olimpio é a terceira pessoa que testemunha o suposto pagamento de propina para Agripino.

    Com a Operação Sinal Fechado deflagrada no final de 2011 pelo Ministério Público Estadual do Rio Grande do Norte, Olímpio, Faustino, Alcides Barbosa e outros foram presos.

    O primeiro a delatar a suposta propina foi o empreiteiro José Gilmar de Carvalho Lopes, conhecido como Gilmar da Montana, preso na operação. Após a delação, seus advogados procuraram invalidar seu depoimento, dizendo que o preso estava sob efeito de remédios e sob pressão psicológica.

    O segundo a delatar foi Alcides Fernandes Barbosa, em 2012. Nesta época Olímpio alegava inocência e disse que o parceiro paulista estaria mentindo. Chegou a registrar uma declaração em cartório usada pela defesa de José Agripino para o ex-procurador-geral da República Roberto Gurgel, não abrir inquérito contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF).

    Porém, em julho de 2014, não vendo chances de se safar e sentindo-se abandonado por seus antigos aliados políticos, o empresário fez um acordo de delação premiada com o Ministério Público Estadual e passou a colaborar com as investigações, entregando gravações, vídeos, documentos, explicando suas movimentações financeiras, seus encontros e testemunhas.

    E é isto tudo que dará bastante trabalho para os advogados de defesa de José Agripino, uma vez que o procurador-geral da República, diante destes fatos novos, já pediu ao STF abertura de inquérito contra o senador, procedimento necessário para investigar parlamentares. A decisão caberá à ministra Cármen Lúcia.

    Recentemente, o STF se negou a autorizar abertura inquérito sobre parlamentares paulistas do PSDB e do DEM acusados por um ex-executivo da Siemens de estarem envolvidos com o superfaturamento de contratos de trens e Metrô paulista. Tão nomes de deputados apareceram, o Ministério Público precisar parar de investigar e pedir autorização ao Supremo para prosseguir, senão a investigação seria anulada. E por falta de investigar mais, a maioria da turma do STF que julgou o caso considerou não haver indícios suficientes.

    Curiosa esta jurisprudência aplicada aos tucanos. Se aprofunda na investigação, é anulada. Se não aprofunda, é engavetada sem investigar por falta de indícios mais fortes. Assim, para quem tem mandato parlamentar, estar no PSDB ou no DEM é o paraíso da impunidade. Vamos ver a ministra Cármen Lúcia quebra esta lógica no caso de Agripino.

    De acordo com George Olímpio, o parceiro Alcides Fernandes Barbosa entrou no negócio para, entre outras coisas, fazer com que a empresa paulista Controlar, que é a maior do Brasil no setor de inspeção veicular, não competisse na licitação do governo potiguar, arranjada para Olímpio vencer.

    Alcides Barbosa também virou investigado e delator em outros supostos casos de corrupção na prefeitura de São José do Rio Preto (SP). Em 2 de agosto de 2012, ele afirmou em depoimento ao Ministério Público paulista que o prefeito Valdomiro Lopes (PSB) teria recebido US$ 1 milhão em propina da empresa Constroeste para ficar com o contrato do lixo. Disse ainda que o prefeito teria recebido outro R$ 1 milhão da empresa de ônibus urbano Circular Santa Luzia.

    Segundo o depoimento de Barbosa, sua participação nesta história começou quando ele era corretor de imóveis e em 2007 negociava um terreno da estatal do governo paulista Desenvolvimento Rodoviário SA (Dersa). Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, amigo do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-MG), indicou Luiz Tavolaro, que também era diretor da Dersa.

    Depois disso Barbosa e Tavolaro se tornaram amigos e sócios em um escritório em São Paulo. Após a eleição de Valdomiro Lopes (PSB) para prefeito de São José do Rio Preto em 2008, Tavolaro passou a ser procurador-geral do município e intermediou propinas para o prefeito e para si mesmo em contratos com a prefeitura. Barbosa veio a conviver com Valdomiro e empresários corruptores, de quem ouviu o relato das propinas. Por fim, Barbosa intermediou um terreno para construção de um conjunto habitacional em Rio Preto e foi coagido a dividir seus ganhos com o prefeito, sempre segundo seu depoimento.

    O prefeito negou na época, mas o MP já apresentou denúncia por improbidade administrativa.

    Voltando ao Rio Grande do Norte, na época de 2009/2010, quando Olímpio formatava seu negócio de inspeção veicular, João Faustino era subchefe da Casa Civil do governo paulista quando José Serra (PSDB-SP) era governador e o atual senador Aloysio Nunes Ferreira, chefe da Casa Civil. Antes disso, Faustino chegou a ser ministro no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), assumindo interinamente a chefia da Secretaria-Geral da Presidência da República.

    Nos depoimentos tornados públicos, até agora não ficou claro como Alcides Barbosa, radicado em São Paulo, aproximou-se de George Olímpio, radicado em Natal.

  12. Brito, na boa? Continuo defendendo o governo, mas vou cuidar de mim, meu querido. Sei que não somos nada individualmente sem a questão coletiva, mas vou tentar não me irritar com essa vassalagem, essa covardia e mediocridade que é o PT e o governo desta gestora. É incrível como o partido não se move contra todo esse golpismo com várias cabeças e apenas uma alma podre. Na minha opinião, ou tem coisa muito errada com Lula, Dilma e o PT ou – quero crer – estão sendo ameaçados de morte. Só isso explica.

  13. E tem mais: Ela ainda reconduzirá Janot ao cargo e nada fará para impedir que lhe tirem o direito de indicar juízes ao STF. Até porque, com esse dedo podre dela e do Lula, é melhor esquecer.

    1. Atacar o governo Dilma é fazer coro com a voz fascista que assola o País. Aponte o que há de tão errado além desse Brasil caótico que a mídia e os bandidos de sempre ecoam diuturnamente. Faça um execício simples tentando enumerar todos os ganhos que nós brasileiros passamos a usufruir após Lula e Dilma, e faça o mesmo em relação os governos que lhes antecederam.

      1. O problema do Brasil não é Dilma. É um judiciário corrupto e todo ele integrado pelos filhos dessa elite perversa que nos governa à séculos, é a maioria dos legisladores que ocupam os nossos parlamentos, igualmente representantes do que de pior existe entre nós, são as centenas de gestores públicos Brasil afora cometendo toda sorte de crime e sem nenhum compromisso com a coisa pública, com a saúde, com a educação, com a pobreza, com os idosos, com a infância e a adolescência.Pior, todos à mercê de uma mídia corrupta e à serviço dos interesses mais inconfessáveis. Quem tem de lutar contra esse quadro degradante somos nós, individualmente e coletivamente, reclamando, conscientizando e sobretudo aprendendo a votar.

  14. Porque o STF protege o DEM? de que tem medo? Porque o STF protege o PSDB? de que tem medo? Porque o STF protege o PSB? de que tem medo? O STF, por acaso, tem medo da GLOBO porque se protege? O que faz o STF ser tão omisso, tão inconstante, tão criticado, tão apologista, tão desacreditado, tão soberbo, tão pedante, autoritário e quase facista?

  15. Está confirmado: este juiz é um merda. Acha que vale mais do que os outros só porque foi mais bem sucedido na vida, pelo menos financeiramente porque no resto está a se provar.

  16. Pode facilmente admitir que há malfeitos nos poderes Executivo e Legislativo, mas quando comparados ao MP e ao judiciário os membros daqueles dois primeiros parecem trombadinhas.

  17. Isso serve, ao menos, para nos mostrar o que é o Poder Judiciário no Brasil.
    Justiça?
    Nem a divina, já que deus é uma invenção humana.
    Estamos nós por nós mesmos.
    Canalhice em grau mil….

  18. Esse juiz talvez nao saiba onde esta se metendo esse canalha ta comendo na mao do governo e cometendo atos de terrorismo contra pessoas e o estado ito nao oode ser normal deve ter algum impedimento , cade o pt e seu juridico esse rui falcao presidente do pt e’ um cavalo cansado.

  19. …[DEMoTucano] aGRIPEno [Suína] Maia!…

    ‘coroné’ “cansado de guerra”!

    Ah corrupto!

    E hipócrita!

    Papuda mais do que merecida nesse…

    Energúmeno estropício!…

    “Isso não vale um ‘conto de reis’!”

  20. Será que não deveríamos ir pra rua exigir um Judiciário isento? Será que não seria interessante uma manifestáçao com os dados do judiciário tipo: salário dos juizes e promotores; meses de férias (???); benefícios tipo auxilio moradia; número de processos parados; uma estatística sobre o tempo de tramitação de um processo etc. etc. etc. Serão os juizes e promotores diferentes dos demais trabalhadores? Em que?

  21. Acaso foi essa mesma Carmem Lúcia que condenou algumas pessoas porque a literatura permitia, mesmo que não houvessem provas para condenar?

    Se foi a mesma Carmem Lúcia, isto se torna muito suspeito.

  22. Prezado Fernando,

    Muito bem apontada a diferença de tratamento. Inclusive a Ministra Carmen Lúcia descumpriu o dispositivo constitucional contido no art. 93, IX da Carta Política, segundo o qual “todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;”

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