Janot é um desequilibrado mental, um desqualificado moral ou ambos?

A definição não é minha, mas de Jair Bolsonaro: o Procurador Geral é a segunda peça mais importante da República.

Não pode, portanto, ser tratado com a indulgência que se poderia ter diante de um modesto cidadão comum, pois seus atos têm repercussão na vida pública do país em escala gigantesca.

Não é possível que se deixe de dar consequências às declarações que fez ontem, tanto sobre o arroubo assassino que o levou ao interior do Supremo Tribunal Federal, de pistola engatilhada, para matar o ministro Gilmar Mendes quanto sobre as propostas corruptas que lhe teriam feito Aécio Neves e Michel Temer.

Janot não pode ser tratado como se tivesse sido tomado por um surto psicótico, uma espécie de “Adélio do Gilmar”, a menos que haja, sobre ele, diagnóstico médico a atestar uma insanidade ou uma propensão a insanidade mental.

E, neste caso, quanto de suas acusações não foram – e seguem sendo, em processos em curso – fruto de transtorno intelectual ou de ânimo de vingança?

Resta outra hipótese, que não exclui a primeira, mas é tão impensável como esta: a de se tratar de expediente destinado a promover o seu livro “Nada menos que Tudo”, dentro de poucos dias, onde, modestamente, diz-se “aclamado pelo povo“.

Neste caso, à sandice, soma-se o mais grave ainda quadro de desqualificação moral, porque o louco é condição involuntária, mas o mau caráter escolhe sê-lo.

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