O líder do Governo na Câmara, Ricardo Barros, afirmou há pouco, na Globonews, que a maioria governista do Congresso pretende fazer o “enquadramento” do Supremo Tribunal Federal, por conta do que ele chamou de “ativismo judicial”.
“Nós deveríamos viver em harmonia e independência entre os poderes, mas quem foge da linha tem que, corrija a sua conduta. A Constituição prevê claramente quem atua quando um poder sai do eixo”.
Bolsonaro, depois de insinuar que poderia ampliar o número de cadeiras no Supremo para torná-lo dócil a ele – no que teve o eco do vice Hamílton Mourão – diz que se a Corte Suprema “se comportar” ele poderia não atropelá-la assim.
Portanto, não se os acuse de esconderem a intenção de instaurar um regime autoritário e, quem lhes der o voto, sabe o que nos aguarda.
Eleitor que se mantiver no voto em Bolsonaro deve, portanto, assumir que está abrindo a porta da ditadura.
Que, como os que o fizeram em 1964, teriam, se este impensável ocorresse, a ditadura batendo em sua porta.