Há dois pontos centrais nas entrevistas de Rodrigo Maia a O Globo e ao Estadão.
O primeiro é dizer que o país aproxima-se de um “colapso social”: “Vai entrar no colapso de ruptura das relações sociais. É nisso que vai chegar”, diz ele.
Ele frisa que, pior do que a queda de popularidade de Jair Bolsonaro entre a população é o fato de isso se dar mais fortemente ainda entre os homens do capital:
Quando a popularidade do presidente cai, a confiança dos investidores em aplicar os seus recursos no Brasil também cai. Se você olhar os números da economia, vai ver dados desastrosos. Não é bom que ele já esteja em algumas pesquisas com 25% de ótimo e bom, que entre os formadores de opinião no mercado financeiro tenha caído de 80% para 14%. Vai ver o que está acontecendo com a construção civil. Pararam o Minha Casa Minha Vida, e isso é muito grave.
Maia condena a “monomania previdenciária” do governo e de suas área econômica, dizendo que a reforma “não resolve qualidade na educação, médico no hospital, produtividade no setor público ou privado, crescimento econômico ou desemprego”.
O segundo é que, a partir daí, ele parece sinalizar que não vai mais forçar tanto para que a votação da PEC em plenário aconteça no primeiro semestre legislativo, como vinha frisando em todas as suas falas, até agora, afirmando que”a perda de expectativa do mercado não tem relação com ter votado ainda ou não a Previdência, mas com as sinalizações confusas que o governo deu, pelo menos até os últimos 15 dias”.
Não é fácil, mas vamos trabalhar para isso [a aprovação da reforma ainda em julho]. A gente tem que trabalhar com datas, porque se não vai ficando para depois. Se não tem objetivo, vai extrapolar nosso tempo. Claro que não há atraso. O governo tinha a proposta do Michel Temer] , que era de R$ 1 trilhão, podia ter buscado e votado em março. Teria passado? Acho que não, mas era uma opção. Ninguém pode dizer que a reforma está atrasada, como algumas vezes meu amigo Paulo Guedes fala que está atrasada.
Para mim, os dois pontos centrais da fala de Maia, porque são sinais que ele emite às forças políticas.
Aliás, houve mais um: ao Centrão, ao qual defendeu dizendo que “a forma pejorativa como se trata o tal Centrão hoje, amanhã na história vai entrar como os partidos que salvaram o Brasil do colapso social” que apontou.
Estou para ver um desprendimento tal destes deputados.
14 respostas
esses defensores das deformas bolsonarianas (que nem bolsonaro defendia na época do temer) deveriam ir para o paredão, sem dó, sem demora.
RitaCandeu, vamos incluir no pacote a turma da bufunfa. Estes são os grandes assaltantes da sociedade brasileira. Ganham bilhões de lucro em seus bancos e não pagam um centavo de imposto. Agiotagem legalizada!!!
Ai se a bastilha cai!
Não vale a pena gastar bala com essa escória: 3 metros de corda e um banquinho.
Reload…
Gostei do “colapso de ruptura”. É a ruptura que entra em colapso e não as relações sociais. Presidente da câmara, heim? 3º na sucessão presidencial… Bem, para o país que tem bozo como presidente, até que esse amigão do Paulo Guedes é semialfabetizado.
A “capitulação” do Maia na semana pasada ,era só isso -aparente-.
Este imoral é uma das velhas rapoças da política brasileira ,especie que a massa imbecil deste país adora votar.
Em fim,ele continúa fazendo seu jogo , o resto pouco importa.
Agora se “mostra” preocupado ,mas,faz parte da sua estratégia de poder , a massa ? que se f… !!
Esse, o entrevistado, é mais um que o tempo todo morde e assopra. Estão nada preocupados com a situação da populaçào, só querem mesmo é defender os interesses dos grupos que representam.
Por isso os bolsomínions estão batendo na mesma tecla: “Coitado do Bolsonaro. Não deixam o homem governar”. E hoje o maior traidor é Rodrigo Maia.
Ontem apareceu no Youtube, sem rosto, um áudio de uma ex-esposa de Aécio como título. Ouvi parte. A mulher começa falando mal dos governos Sarney a FHC, em primeiro lugar. FHC é o maior esquerdista de todos os tempos, segundo ela. Esculhamba Rodrigo Maia, enaltece Bozo, e diz que ele é um homem de garra, peitudo, e quem nos devolverá o desenvolvimento, etc. Não tive estômago pra ouvir mais.
Então Maio pare a reforma da previdência e só volta ao assunto depois que cobrarem as dívidas ativas (cobrarem e receber) fazer a reforma fiscal, apresentar um projeto de retomada do desenvolvimento, criação de empregos, retomada das obras paradas para não perder o que já investiu, anular a reforma trabalhista, a PEC do fim do mundo, uma CPI séria sobre a dívida interna. Depois que fizerem tudo isso o Brasil vai crescer e vão descobrir que não precisa de fazer reforma da previdência coisa nenhuma.
Estão doidinhos para mostrar serviço para os abutres do mercado, o compromisso dessa turma não é com o povo………..
Um show deplorável de canalhice explícita. O simples fato de políticos canalhas como Rodrigo Maia conquistarem mandatos, já é uma prova de que está tudo errado com a nossa democracia.
O Botafogo acha que todos são idiotas. Aparentemente está negociando um salvo conduto para grande parte da Câmara em troca da aprovação dessa nefasta reforma. O tal colapso social é apenas força de expressão, é uma espécie de ameaça para aumentar as vantagens a serem colhidas. Ele sabe que, com exceção de algumas poucas categorias, os trabalhadores possuem medo de greve. Agora, então, com governadores nitidamente favoráveis ao confronto de rua é que os grevistas vão sumir. Para parar o país três categorias são essenciais: caminhoneiros, funcionário público e transporte (ônibus, metrô e trem). Se essas categorias pararem em todos os Estados a greve terá sucesso, caso contrário será um fracasso.
Rodrigo Maia disse o óbvio: 1. A reforma não é remédio Milagroso que cure todos os problemas do país . 2. O “problema” é que o governo não tem NENHUM projeto para alavancar a economia. 3. Se NADA continuar sendo feito para enfrentar a estagnação economica, entraremos numa grande recessão.4. Ele não pretende “fazer o serviço” sózinho, enquanto o governo faz corpo mole.
5. Os investidores estão perdendo a “confiança” no governo. Resumindo: as coisas podem piorar…….
O blá, blá, blá do Botafogo não deveria enganar ninguém. Tá na cara que o objetivo da fala é aumentar as vantagens que ele espera colher na hora da negociação da nefasta reforma da previdência.