Março termina com uma Nagasaki de Covid; junho terá uma Hiroshima

Morreram tantas pessoas de Covid em março quantos foram os mortos da bomba atômica em Nagasaki, em 1945. Em junho, no ritmo atual, morrerão tantos quantos perderam a vida na bomba de Hiroshima.

Será que ao menos isso choca, já que não se importam com cemitérios “racionados” e ônibus escolares levando mortos?

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde divulgou os novos números da pandemia e o Brasil registrou 3.869 mortes em 24 horas, fechando março com quase 67 mil mortes no mês e acumulando 321 mil vidas perdidas.

A média móvel semanal está tocando os 3 mil por dia (2.977) e, neste ritmo, junho somaria outros 90 mil corpos a esta conta, o mesmo que se estima tenham morrido do dia da explosão da primeira bomba nuclear detonada sobre uma cidade, em Hiroshima.

É a isso que Jair Bolsonaro diz que a população deve enfrentar para não deixar a economia parar.

É esta a monstruosidade que está ocorrendo em nosso país, enquanto estamos discutindo teto de gastos e emendas parlamentares.

É isto que não se quer chamar de genocídio.

 

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