Médico cubano não é novidade. O ataque é político, ao Governo

José Serra e Aécio Neves andam bem quietinhos nesta polêmica dos médicos estrangeiros do “Mais Médicos”.

Aécio porque não é besta e não deu a mínima para a pesquisa fajutérrima que o Estadão publicou, dizendo que dois terços da população eram contrários à medida. Sabe que, se não é o inverso, é maior ainda o apoio público ao reforço médico.

Calou o bico, portanto.

Serra, que andou falando que isso era “um tiro no pé”, também recuou ao silêncio, porque ele tentou e fez o mesmo, quando Ministro da Saúde, em pequena escala.

O Estado de Minas, hoje, registra isso de novo.

“Atualmente crítico do Mais Médicos, ao qual classificou como “tiro no pé, não um tiro de revólver e sim de canhão”, o ex-ministro da Saúde de FHC, que perdeu a eleição presidencial para Dilma Rousseff em 2010, firmou convênio em 16 de março de 2000 com a Organização Panamericana de Saúde (Opas). É a mesma entidade que intermedia a vinda de profissionais de saúde estrangeiros no governo petista.”

O Brasil tem médicos cubanos desde 1997, quando algumas dezenas deles vieram trabalhar no Tocantis. E o Conselho de Medicina, igualmente, reagiu. Conseguiu até uma decisão judicial proibindo-os, depois revertida. Com prejuízos, pois muitos haviam ido embora.

Essa proibição provocou protestos do tucanato, como o do senador Eduardo Campos, que diz lá, na página do Senado, que a demissão dos cubanos causou sérios prejuìzos à população.

A histeria na mídia só tem um motivo: política eleitoral, nada mais.

Incomoda-os o fato – raro até, registre-se – de o governo Dilma ter deixado de lado a pauta da mídia e feito o que foi eleito para fazer: governar decididamente pelos pobres.

Porque, se vocês pensarem um pouco, verão que a tática é meter o Governo num brete, exigindo-lhe o que, no governo, nunca deram ao país: eficiência, combate à corrupção, fim dos privilégios políticos, etc…

O resto é nacionalismo arcaico e populismo demagógico.

Pois é isso mesmo o que precisamos: que defendam este país e seu povo.

Um erro para cá ou para lá – sem prejuízo de ser corrigido e seu responsável punido – nunca é pior do que a paralisia da caminhada ou que a perda do seu rumo.

Não são quatro mil médicos cubanos que vão resolver os problemas de Saúde do Brasil. Nem os 10 mil profissionais dos “Mais Médicos”, embora eles possam representar muito, muitíssimo, para os brasileiros que por eles vão ser tratados, como é seu direito essencial.

O que vai resolver este e outros problemas do Brasil é seu Governo apontar à Nação os direitos e o potencial que têm e sinalizar que vai nos conduzir para lá.

Porque Governo que não levanta e empunha corajosamente suas bandeiras, não pode esperar que o sigam.

É preciso entender que só o que pode calar a mentira é a verdade. E dita alto e corajosamente.

Temer a polêmica é compreensível para os tucanos, para o conservadorismo, porque é na sombra que vicejam.

Para nós, a polêmica é o “fiat lux”, e a face da esperança é solar.

PS. No tucanato, só quem fala no tema é a inefável Eliane Cantanhêde, convertida em advogada trabalhista dos cubanos, com a dose natural de racismo contida no título de Avião Negreiro de sua coluna. Mas a ela, os próprios médicos cubanos já responderam.

 

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8 respostas

  1. MAIS MÉDICOS X MAUS MÉDICOS: A SAÚDE DO BRASILEIRO EM DISPUTA
    Muita polêmica sobre o Programa Mais Médicos, do Governo Federal, alimentada pela grande mídia oposicionista e pelo Conselho Federal de Medicina, o qual representa o pensamento elitista em que se funda a formação do profissional médico, nessa terra invadida por Cabral.
    Para essa turma, a maioria da população – pobre e com uma assistência na área de saúde, ainda precária e longe do desejável, no que pese os avanços dos últimos dez anos -, o fortalecimento do SUS, pouco importa. Isso não interessa, para eles.
    No entanto, na tentativa de guardar seus privilégios e status de classe superior – isso, tentam esconder da população -, invocam bandeiras que não são suas, até porque, nenhuma dessas vozes se levantou, quando da extinção da CPMF, pelo Congresso Nacional.
    Nos últimos dias que antecederam à chegada dos médicos estrangeiros, cubanos principalmente, duvidaram da qualidade dos profissionais da “Ilha de Fidel”, mas logo, essa premissa se tornou falsa, pelos números apresentados por organismos internacionais, como a OMS (Organização Mundial da Saúde). Cuba apresenta números que põem o Brasil no “chinelo”. Aos curiosos interessados, recomendo que pesquisem. Porém, só um dado, para não deixar de expor nenhum: em Cuba, grávida não morre de “ataque de eclampse.
    Mas eis que, depois de desmontados os discursos iniciais da turma do quanto pior melhor (Globo, Época, Veja, FSP, PSDB, DEM, CFM etc), outros logo foram arranjados. “Trabalho escravo”; “exercício ilegal da profissão”; e até, vejam só, a pérola: “o Brasil está em perigo, com a vinda dos comunistas cubanos”.
    Surpreendente, porém, foi a resposta dos cubanos, quando desembarcaram em Recife/PE., ontem. Surpreendente, que fique claro, para as aves agourentas. Para quem conhece a história daquele país e do seu povo, não. Depois de tantos ataques, achincalhes, alguns médicos cubanos, escolhidos para entrevista coletiva, fizeram afirmações do tipo:
    – “Somos médicos por vocação, não nos interessa um salário, fazemos por amor” (Nelson Rodrigues, 45 anos);
    – “Nossa motivação é a solidariedade” (Milagros Cardenas Lopes, 61, anos);
    – “Viemos para ajudar, colaborar, complementar com os médicos brasileiros… O salário é suficiente. Nossas famílias estão seguras, com o necessário para viver” (Natasha Romero Sanches, 44 anos).
    Todos os profissionais que chegaram ao Brasil, nesse final de semana, são especialistas em saúde da família e têm experiência de ajuda em outros países, tais como Haiti, Venezuela, Paquistão, Guatemala e Honduras.
    No momento, que a saúde do brasileiro se encontra na UTI, por diversas razões – a falta de médicos é uma delas -, atacar a iniciativa do governo, que quer resolver o problema, o qual se apresenta como urgente, soa muito mal na opinião da maioria do povo, que já se manifestou deveras favorável.
    De repente, os profissionais da medicina brasileiros, os que ferozmente agem contra o Mais Médicos, podem passar a ser vistos como Maus Médicos.
    Francisco José Palácio. Advogado. Pós-Graduando em Direito Penal e Criminologia. Ex-vice-prefeito e ex-vereador (PT) de Cariús/CE.

  2. MAIS MÉDICOS X MAUS MÉDICOS: A SAÚDE DO BRASILEIRO EM DISPUTA(?)
    Muita polêmica sobre o Programa Mais Médicos, do Governo Federal, alimentada pela grande mídia oposicionista e pelo Conselho Federal de Medicina, o qual representa o pensamento elitista em que se funda a formação do profissional médico, nessa terra invadida por Cabral.
    Para essa turma, a maioria da população – pobre e com uma assistência na área de saúde, ainda precária e longe do desejável, no que pese os avanços dos últimos dez anos -, o fortalecimento do SUS, pouco importa. Isso não interessa, para eles.
    No entanto, na tentativa de guardar seus privilégios e status de classe superior – isso, tentam esconder da população -, invocam bandeiras que não são suas, até porque, nenhuma dessas vozes se levantou, quando da extinção da CPMF, pelo Congresso Nacional.
    Nos últimos dias que antecederam à chegada dos médicos estrangeiros, cubanos principalmente, duvidaram da qualidade dos profissionais da “Ilha de Fidel”, mas logo, essa premissa se tornou falsa, pelos números apresentados por organismos internacionais, como a OMS (Organização Mundial da Saúde). Cuba apresenta números que põem o Brasil no “chinelo”. Aos curiosos interessados, recomendo que pesquisem. Porém, só um dado, para não deixar de expor nenhum: em Cuba, grávida não morre de “ataque de eclampsia”.
    Mas eis que, depois de desmontados os discursos iniciais da turma do quanto pior melhor (Globo, Época, Veja, FSP, PSDB, DEM, CFM etc), outros logo foram arranjados. “Trabalho escravo”; “exercício ilegal da profissão”; e até, vejam só, a pérola: “o Brasil está em perigo, com a vinda dos comunistas cubanos”.
    Surpreendente, porém, foi a resposta dos cubanos, quando desembarcaram em Recife/PE., ontem. Surpreendente, que fique claro, para as aves agourentas. Para quem conhece a história daquele país e do seu povo, não. Depois de tantos ataques, achincalhes, alguns médicos cubanos, escolhidos para entrevista coletiva, fizeram afirmações do tipo:
    – “Somos médicos por vocação, não nos interessa um salário, fazemos por amor” (Nelson Rodrigues, 45 anos);
    – “Nossa motivação é a solidariedade” (Milagros Cardenas Lopes, 61, anos);
    – “Viemos para ajudar, colaborar, complementar com os médicos brasileiros… O salário é suficiente. Nossas famílias estão seguras, com o necessário para viver” (Natasha Romero Sanches, 44 anos).
    Todos os profissionais que chegaram ao Brasil, nesse final de semana, são especialistas em saúde da família e têm experiência de ajuda em outros países, tais como Haiti, Venezuela, Paquistão, Guatemala e Honduras.
    No momento, que a saúde do brasileiro se encontra na UTI, por diversas razões – a falta de médicos é uma delas -, atacar a iniciativa do governo, que quer resolver o problema, o qual se apresenta como urgente, soa muito mal na opinião da maioria do povo, que já se manifestou deveras favorável.
    De repente, os profissionais da medicina brasileiros, os que ferozmente agem contra o Mais Médicos, podem passar a ser vistos como Maus Médicos.
    Francisco José Palácio. Advogado. Pós-Graduando em Direito Penal e Criminologia. Ex-vice-prefeito e ex-vereador (PT) de Cariús/CE.

  3. O nome disso não é nacionalismo, Lenin chamava de SÓCIAL-CHAUVINISMO. Que é um nacionalismo só de aparência, mas que o interesse verdadeiro é o anarquismo e a baderna pra dar motivo a um Golpe de Estado. Tal como os ULTRA-REACIONÁRIOS andam pregando na mídia e nas redes sociais!

  4. a ausência de ARGUMENTOS doas acéfalos da ultradireita que campeiam e grassam na internet em comentarios PATÉTICOS às vezes faz-me rir.

    Quanta boçalidade!

    Que Viva o “Mais Médicos”!!!

    Que Vivam os Médicos Cubanos!!!

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