Mercado ‘comeu’ aumento de juros sem dar refresco no dólar

A demissão do presidente do Banco do Brasil, embora já esperada há tempos, deve fazer com que o dólar volte, amanhã, ao valor de ontem, quando o aumento da taxa básica de juros da Economia, a Selic, pretendia baixar o valor da moeda norte-americana frente ao Real, reconhecidamente a maior causa de nosso crescente processo inflacionário.

E é crescente, mesmo: o IGP-M da Fundação Getúlio Vargas subiu 2,98% na 2ª prévia de março, acumulando incríveis 31,15% em 12 meses. Os preços ao consumidor, no mesmo levantamento, subiram 0,89% o triplo dos 0,29% no mesmo período de coleta de fevereiro.

Não dá nem para falar em “metas inflacionárias” e já se assinalou aqui que o trimestre março-abril-maio pode levar a inflação de 12 meses a 8%. Ou mais.

E não será com três ou quatro centavos na moeda norte-americana que se controlará isso.

Teme-se, com razão, que o Banco do Brasil entre na mesma “gestão politizada” que se adotou na Caixa Econômica Federal.

Ao que parece, será escolhido um “executivo bolsonarista”, Fausto de Andrade Ribeiro, propenso a esta orientação.

É um sinal absolutamente inverso ao contracionismo sinalizado pela alta de juros iniciada pelo Banco Central ontem.

Jair Bolsonaro zela pelo fracasso de sua própria política econômica.

 

 

 

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