“Lockdown de feriados”: covardia e inutilidade

O anúncio do Prefeito Bruno Covas, de São Paulo, anuncia um “lockdown de carregação”, antecipando feriados municipais, desde ano e do próximo, para parar a maior cidade do país por cinco dias.

É óbvio que qualquer redução no nível de deslocamento de pessoas na cidade é positiva, mas antecipar feriados é inócuo.

Sem restrições à circulação de pessoas, uma “semana santa ampliada” vai lotar as cidades do litoral, criar confusão com as prefeituras que resolverem bloquear o acesso de turistas, provocar aglomerações clandestinas e semiclandestinas e semear a confusão.

Lockdown é parar tudo, não fazer feriado ou feriados. Mesmo aos domingos – o máximo de efeitos que se poderia esperar de feriados – o índice de isolamento social tem ficado pouco acima dos 40% e, portanto, muito longe dos 60-70% apontados como necessários para cortar a transmissão viral.

Em metrópoles como a paulistana, nenhum fechamento pode deixar de incluir a periferia e de prevenir os deslocamentos intermunicipais, sobretudo.

Não será assim que São Paulo deixará a marca inaceitável de mais de 600 vidas perdidas. A capital paulista cruzou hoje a marca de 20 mil mortes perdidas.

Bruno Covas é um governante fraco e titubeante. Não está à altura de comandar São Paulo. Não tem coragem de fazê-la parar, de verdade, para que os paulistanos possam viver.

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