Permitam-me fazer uma coisa já meio fora de moda. Irei comentar passo a passo a coluna de hoje (sábado) de Miriam Leitão, no jornal O Globo. Ela critica a presidente Dilma por estar presente em evento de seu próprio partido no qual se criticou duramente o julgamento da Ação Penal 470. O mensalão é um ponto de honra para as Organizações Globo (e, sobretudo, para o jornal Globo). Aliás, a Globo é o principal sustentáculo dessa farsa. Por isso mesmo a empresa sabe que, se ela ruir, causará grande prejuízo de imagem à Globo. Mas vamos à Miriam. O texto dela vai em negrito, o meu em fonte normal.
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Dilma tomou partido
Por Miriam Leitão, no Globo.
Quando a presidente da República participa de um evento em que se acusa a cúpula do Judiciário de manipulação, e de ter realizado um julgamento de exceção, está enfraquecendo a democracia brasileira. Foi o que a presidente Dilma fez. O que ela não disse explicitamente, o ex-presidente Lula o fez. O que ela demonstrou no 5º Congresso do PT, por ação ou omissão, é grave.
O raciocínio de Miriam inicia com uma falha estrutural. Ela não infere que, se o judiciário manipulou e realizou um julgamento de exceção, não é Dilma, nem um evento partidário, que está enfraquecendo a democracia. É o judiciário. E foi isso justamente o que aconteceu.
Dilma sabia o que seria a abertura do 5º Congresso do seu partido. Sabia que lá defenderiam os condenados do mensalão. Ao mesmo tempo, como chefe do Poder Executivo, ela não pode participar de um ato em que a Justiça brasileira está sob ataque. O Supremo Tribunal Federal cumpriu todo o devido processo legal. Dilma consentiu — pelo silêncio e pela presença — com as acusações ao Tribunal. Ela é militante do PT e é a candidata. A situação era delicada, mas ela só poderia participar de um evento sóbrio em que não ocorresse o que ocorreu.
Bem, é claro que Dilma sabia que haveria críticas ao julgamento da Ação Penal 470. Ela não vive no mundo da lua. Se a própria Miriam Leitão saísse de seu circuitozinho global, e transitasse por outros meios, veria que a revolta contra os desmandos do STF há muito deixou de ser uma questão meramente partidária. É hoje uma questão jurídica, política e ética. O STF chancelou um golpe, com base em mentiras, sob forte pressão dos grandes meios de comunicação, liderados pela Globo. Quem atacou a Justiça não foram os militantes do PT, muito menos Dilma. Quem assediou o STF foi uma grande mídia convertida em partido político. Quem desmoralizou o STF foram ministros rendidos à sua própria covardia perante a pressão de uma imprensa com longo histórico de golpes contra a democracia.
O presidente Lula, como é de seu feitio, fez o que disse que não faria e acusou o julgamento de ter sido resultado da “maior campanha de difamação”. Dilma pensa que se protegeu atrás de afirmações indiretas como a de que os petistas têm “couro duro” ou o partido está em “momentos difíceis”. Pensava que ficara em cima do muro, mas estava tomando partido.
A chefe do executivo de um governo democrático só pode ir para uma reunião de correligionários em que o Poder Judiciário é atacado se for para defendê-lo. Seu silêncio a coloca do lado dos que acusaram o processo de ser de exceção. Ela sabe bem a diferença.
O carisma de Lula vem de sua sensibilidade em relação às pessoas, de um lado, e sua argúcia em relação ao processo político, de outro. Lula entendeu, há tempos, que o mensalão foi uma farsa construída para derrubar seu governo; e quando isso não foi possível, transformou-se num instrumento de vingança para constrangê-lo. Os erros e crimes que ocorreram foram todos admitidos. Mas a mídia não queria saber de verdades. Não queria saber de caixa 2. Não queria saber de desculpas. Ela queria inventar a sua própria história. A Globo queria uma novela. E a criou.
Concordo que a presidente deve defender o poder judiciário, mas desde que este não extrapole suas funções. O STF transformou-se num pequeno parlamento, ultrapolitizado, e o que vimos na julgamento da Ação Penal 470 não foi um julgamento, mas uma espécie de Comissão Parlamentar de Inquérito onde apenas os acusadores falavam. E onde qualquer mínima discordância resultava em massacre midiático no dia seguinte. Vide o caso do ministro Ricardo Lewandowski, que era assacado impiedosamente nos jornais por causa de tímidas divergências pontuais com as teses defendidas pelo relator do processo, Joaquim Barbosa.
Seus amigos e companheiros José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares, João Paulo Cunha e aliados de outros partidos foram investigados pelo Ministério Público e denunciados. O STF aceitou a denúncia e em sete anos de tramitação do processo deu amplo direito de defesa aos réus e analisa os recursos. Os juízes foram em sua maioria escolhidos por ela ou por seu antecessor. Houve troca de juízes mas não de juízo da maior corte do país. Eles foram considerados culpados.
Não é verdade que foi dado “amplo direito de defesa aos réus”. Provas foram deliberadamente ocultadas com vistas a prejudicar a defesa dos réus. As informações vazaram, Miriam. Felizmente, existe vida fora da Globo. As pessoas puderam ler reportagens do Raimundo Pereira em sua revista, a Retrato do Brasil. As pessoas tiveram acesso a documentos, vídeos, provas. Merval Pereira pode ser sido endeusado por alguns setores sociais, levado à Academia Brasileira de Letras, bajulado por ministros do Supremo como Gilmar Mendes e Ayres Brito. Mas havia gente do outro lado da rua observando a cena com uma expressão estranha no rosto, Miriam. Estavam em dúvida. Estavam desconfiados que havia confete demais naquele julgamento. E quando foram se informar, descobriram seus terríveis vícios.
O julgamento foi feito com base nas leis e na Constituição. Os militantes podem gritar qualquer coisa, mas o grave é a presidente estar ali, consentir pelo silêncio ou por menções indiretas para serem interpretadas pelos militantes como concordância. Enquanto exercer o mandato ela não é apenas a Dilma, ela representa o Poder Executivo.
Miriam, você conhece a história. Você sabe que quase todo golpe político acontece “com base nas leis e na Constituição”. Se você ler as edições de abril de 1964 do jornal onde você escreve, verá que o golpe de 64 também aconteceu “com base nas leis e na Constituição”. Só que não. Porque assim como um corpo sem espírito não é mais do que uma casca vazia, decisões políticas ou judiciais feitas com má fé também não significam nada.
Dilma pode sentir solidariedade pelos companheiros. É natural. Mas não pode aquiescer, por silêncio ou meias palavras, com os que acusam a Justiça do governo democrático. Ela estar nesse desagravo é um ato com significado institucional.
É sim, Miriam. É um ato com significado institucional. Mas não o sentido que você quer dar. O seu problema é que você quer fugir do que você é: você também é representante de um poder institucional, talvez um dos mais poderosos de todos. A Globo se tornou uma instituição política, da qual você é uma espécie de embaixadora. A presença da Dilma num evento do PT em que se acusa o STF de ter realizado um julgamento de exceção causou profundo constrangimento à Globo, porque, de certa forma, é uma derrota política. Por mais que a Globo tenha tentado, em alguns casos até com sucesso, criar uma imagem da presidenta totalmente descolada de suas origens partidárias e ideológicas, pintando-a como uma estadista fria, tecnocrática, fiel a um modelo pré-fabricado sobre como deve se portar um presidente da república (coisa que nunca conseguiram fazer com Lula, por exemplo). Por mais que a Globo tenha se arriscado nessa tentativa, porque acabou conferindo enorme popularidade – temporária – à Dilma junto a setores da classe média com pouca ou nenhuma simpatia pelo partido da presidente. Enfim, por mais que tenha feito tudo isso, a Globo não conseguiu realizar a alquimia final, definitiva, de fazer Dilma se desligar de seu partido e passar para o o lado deles. Dilma ainda é uma militante do PT, uma pessoa de esquerda, uma mulher cheia de brios e que, mais dia menos dia, pode querer tomar algumas atitudes contra os arbítrios da mídia. A mídia tem medo deste dia. Tem pavor. Mas tanto a mídia quanto Dilma sabem que, se este dia vier, estaremos ao lado da presidenta e da democracia!
A democracia passou por várias rupturas ao longo da história republicana. É conquista recente e que pertence ao povo brasileiro. Não pode ser ameaçada por atitudes que solapem a confiança nas instituições, e por interpretações diante das quais a presidente se cala e, portanto, consente.
Ahá! Bem lembrado, Miriam! A democracia passou por várias rupturas… Em 2014, teremos uma importante efeméride. 50 anos de golpe de Estado! As edições do jornal O Globo naquele fatídico ano de 1964 agora estão disponíveis na internet. A democracia é uma conquista recente que pertence ao povo brasileiro, mas a conquistamos à fórceps, e contra a Globo! A Globo lutou, até o fim, contra a democracia e até hoje é uma instituição profundamente antidemocrática. O julgamento de exceção que assistimos no STF foi mais um golpe contra a democracia, um dos mais pérfidos. Mas assim como em 1964, a Globo procurou sempre manipular as palavras. Nos dias seguintes ao golpe de Estado, o Globo apenas repetia que a democracia brasileira tinha sido salva das mãos de comunistas, sindicalistas, ou seja, dos mesmos mensaleiros que hoje a Globo conseguiu pôr na cadeia, após uma das campanhas mais agressivas, espúrias e sensacionalistas da história da imprensa brasileira.
Dilma tentou manter uma posição ambígua até agora. Mas aquele era um local em que a militância gritaria as palavras de ordem oficiais do partido. Rui Falcão, presidente do PT, disse que os mensaleiros “foram condenados sem provas num processo nitidamente político”.
Pois é, Miriam. Rui Falcão disse isso, e Rui Falcão é o presidente do PT e comandante geral da campanha pela reeleição da presidente Dilma. Então prepare-se. Vem chumbo grosso por aí. Vocês, do Globo, foram sádicos, golpistas e desonestos. Manipularam informações. Mentiram. Omitiram. Distorceram. Protegeram corruptos. Mesmo as suas críticas à figuras como Renan Calheiros e Henrique Alves sempre foram hipócritas e falsas, porque nunca disseram ao público de onde eles tiram o poder que eles têm: cadeias de televisão, onde distribuem o sinal da Globo em seus estados.
O nada a dizer diante disso, por parte da presidente, diz muito. O Supremo Tribunal Federal se debruçou com abundância de tempo sobre as provas, julgou e condenou. Dilma pode não ter gostado do resultado, pode discordar das penas pessoalmente, mas enquanto exercer o cargo não existe o “pessoalmente” em assuntos institucionais. Militantes podem atacar o Supremo. Mas a presidente da República, não. Sua presença naquele ato é lamentável e enfraquece a democracia.
Tomara que sim, Miriam. Oxalá Dilma tome uma posição mais assertiva sobre o julgamento do mensalão, sobretudo porque ele pode ser um balão de ensaio para aplicar um golpe contra ela mesma. Se o Ministério Público e o STF conseguiram condenar réus sem provas, apenas “porque a literatura assim me permite”, então eles conseguem pegar qualquer pessoa. É evidente que esse é o risco supremo da democracia brasileira. O risco máximo. Você manipular a corte suprema para derrubar um adversário político. É tão óbvio. É tão fácil. Chantagear onze ministros, para a grande mídia, com o poder e o dinheiro que ela tem, é a coisa mais fácil do mundo.
A presença de Dilma num ato em que se criticou o julgamento de exceção é um alívio para aqueles que defendem a democracia. Porque ela é a presidente eleita pelo voto de milhões de brasileiros. A gente votou em Dilma, não em ministros do STF. Ela tem direito a fazer política. Os ministros do STF não têm. Vivemos um momento muito estranho, em que a imprensa acha normal juízes fazerem discursos políticos e considera a mera presença da presidente no congresso de seu próprio partido uma agressão à democracia. A Globo enxerga a democracia de cabeça para baixo. Tudo que para ela é uma ameaça à democracia, na verdade é o que a democracia tem de mais autêntico e pujante; e tudo o que ela considera como democrático, na verdade é golpe.
Se a Miriam já se esqueceu da peculiar visão de democracia do jornal O Globo, nós não. Não esqueceremos. Não perdoaremos. Jamais.
26 respostas
Ela faz parte da panelinha da Globo, se mandarem embora (já deviam ter mandado , pq é ruim demais , seus comentário, alias , há muito ñ assisto ) ela onde irá conseguir outro empreguismo….já sei …na Foia .. é mesmo Foiaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa e ñ Folha … já gastei demais meu tempo em coisa ruim …………by,by
Bravo, Fernando! Assino embaixo.
Leitão, a musa caída do PIG (porco) fez jus ao seu cachê.
Você deveria postar aquela foto linda do patrão dela(RobeertoMarinho), de braço dado como um dos generais da ditadura.Só não me lembro qual deles. E ela tem a cara de pau, de falar em democracia.
E a foto do Lula com Maluf. E uma boa também. kkkk
Todos esses P… são iguais, vide agora o escândalo de São Paulo. Dizer que mensalão foi “só um ‘inocente’ caixa dois” é brincar com a inteligência alheia. Além do mais caixa dois também é crime. Tribunal de exceção, faça me um favor, foram vários anos de idas e vindas e ainda tem os recursos que vão rediscutir alguns julgamentos. Vai prá Cuba prá ver o que é ‘julgamento de exceção’.
Miguel do Rosário, com sua paciência de Jó, desmonta o discurso fajuto da Miriam. Foi elegante chamando o cantinho midiático de circuitozinho global. Eu chamaria de curralzinho midiático, ali os cérebros todos são de gado.Muito bem lembrado os fatos apoiados pela Globo: golpe de 64, AI-5 e ainda, fraude da proconsult contra Brizola, contra as Diretas Já, contra o desarmamento, crimes contra a reputação dos que não são seus amigos, interferência no julgamento da AP 470 etc etc etc. E a dona Miriam não leu o Gandra no Estadão. Pena. Assim não falaria tanta bobagem sobre a justiça brasileira. Aliás, as reportagens do Azenha nos mostram claramente o que é a justiça nacional: 1% da população é inocente porque pode pagar, 99% é suspeita e/ou culpada por ser mequetrefe, quer dizer pobre. Vide o caso do helicóptero do pó, para citar só um exemplo. Por fim, a Dilma, que governa para todos, tem razão, nós que apoiamos o PT e o governo estamos com o couro duro de tanto levar no lombo.
O que enfraquece a democracia é o comportamento histórico do grupo Globo, desde o suicídio de Getúlio Vargas, no contexto de um ambiente pelo grupo alimentado fortemente, em editorial do O Globo contra a lei do 13º salário, no apoio ao golpe de 64 e à ditadura militar torturadora e assassina. E agora recentemente a sonegação fiscal da ordem de mais de um bilhão de reais em valores atualizados. Isso sim é que enfraquece a democracia e não a presença da Presidente em evento de seu partido que, com toda a razão, debate o julgamento político e de exceção da AP 470.
Cara Sra. Leitão. Tenho 51 anos de idade e, como grande parte dos brasileiros, acompanhei às Org. Globo durante boa parte da vida. Se fizer as contas, verá que passei a minha infância, adolescência, juventude e boa parte da maturidade sem ter opções decentes de onde tirar informações. Isso faz com que nós, brasileiros, tenhamos aprendido o que são e a quem representam as Org. Globo. Arrostar-se, à esta altura de nossa jovem democracia, como bastião garantidor das liberdades democráticas soa, no mínimo, como piada! O controle da informação fugiu, faz algum tempo, do controle absoluto dos Marinho e de seus divulgadores tão bem treinados e remunerados. As notícias, hoje, tem contraponto, existe o “outro lado” real, tão maltratado pela empresa em que a senhora trabalha. Portanto, iluda-se com o seu poder de formador de opinião. As ruas, em junho, e a senhora bem sabe disso, colocaram o dedo na ferida de forma muito clara. O Brasil precisa, de fato, de mais mudanças. E elas começam a mostrar-se, justamente quando se percebe que o povo não é bobo e deixa, cada vez mais, de assistir à Rede Globo!
PS.: aproveita, e mostra o DARF!
Esta senhora ENRUGADA já deveria está fora da tv CORRUPTA há muito tempo.É paga pra falar asneiras.Por falar.Onde anda seu cunhado dono do castelo?
Fernando, qualquer pessoa “normal”(sem interesse em politica) não sabe nem quem é ML…não têem o prazer de desfrutar de tão bela(mais feia por dentro?) presença.
Miguel, li apenas seus comentários. Nada dessa mulher merece ser lido. Ela é asquerosa no falar, na escrita e até nos trejeitos. É uma bajuladora vulgar dos patrões e acho até que muitas das besteiras que ela fala não é por maldade, mas porque é burra de mais. Diz-se que gente burra se conhece até pela aparência, essa urobóloga eu conheceria de longe. Peçam a ela para fazer um psicoteste e meçam o QI dela, só passará se os a avaliadores forem da Globo.
Leitão está dando voz ao seu patrão golpista. Não se pode buscar nexo em suas palavras que estão alinhadas com seu meio de sustento. Dela não se verá nenhuma recriminação da sonegação criminosa das organização globo. Dela só. Se espera reclamações e recriminações sobre Lula e Dilma. O Stf agiu como instituição política na AP470, e com certeza será cobrado por seus atos.
Esta senhora está com o sobrenome errado, deveria ser Miriam Vaca.
Olá, Miguel. Permita-me discordar frontalmente da frase inicial do seu prólogo: “Permitam-me fazer uma coisa já meio fora de moda”. Ao contrário, no meu entendimento, vc, mais uma vez, deu uma aula de lucidez política. Quando acabei de ler a sua matéria, pela segunda vez e de forma bem pausada, fiquei imaginando o quanto seria benéfica se a sua explanação fosse difundida e lida pela da maioria da população brasileira. Parabéns.
Só uma das partes MIGUEL.
Se a DILMA não soubesse que era o Congresso do PT.
Então estava na hora de tirar ela de lá do Planalto.
No mais não continuei parceiro, porque dá nauseas..
Prezado Miguel, apesar da excelência de seu texto e das verdades ditas de forma tão eleoquente, essa senhora e demais piguentos não merecem que vc lhes dedique seu tempo e neurônios. Há muito eles tem falado apenas para os de sempre e sua influência é nula, apesar do barulho que fazem, pois o artigo da dita senhora é reproduzido em “n” jornais país afora. Mas, me diga, com sinceridade: você conhece alguém que guie seus invetimentos com base nos palpites de miriam leitão? ou alguém que mude suas convicções com base nos “analistas de prateleira” da tv onde ela trabalha? O que o PT precisa, urgentemente, é perder o complexo de morador da senzala e parar de dar satisfação à casa grande. É partir para informar a população, recorrer às cortes internacionais, divulgar ao máximo o que foi o linchamento do mensalão. Chega de apanhar e se justificar.
Fazia tempo que não lia um artigo tão xarope e hipócrita como este da Mirian Leitão. Uma análise a luz da psicanálise, permitirá concluir que a jornalista “lambe botas” está com crise aguda da síndrome baba-ovo-para-não-perder-emprego. É muita pretensão, uma serviçal dos obreiros
da ditadura, querer dar aula sobre democracia.
Jamais perdoarei Lula (Frei Betto) e Dilma por terem traído o eleitor ao nomear canalhas, mentirosos e espancadores de mulheres para o STF. Concordo com tudo que o Miguel escreveu, só gostaria que ele comentasse o seguinte trecho do artigo de Miriam “Os juízes foram em sua maioria escolhidos por ela ou por seu antecessor”. Na minha humilde opinião, esta frase não tem contestação. Lula e Dilma nomearam – por democratismo ou coisa pior – os ministros mais raivosos e todos os PGRs mentirosos e servis ao Globo.
O grupo Globo foi inegavelmente a tripa gaiteira da ditadura, implantada em 1964. Tripa gaiteira, antes, durante e depois. Foi assim que cresceu e se desenvolveu o conglomerado mercantil de televisão, rádio, jornal e revista. A revista Época pertence ao dito monopólio da mesma oligarquia, mais um volume gasoso da tripa gaiteira. Na atualidade, o PigNews faz uma maquiagem aqui outra acolá, mas, não tem jeito, a boca ficou torta pelo uso do cachimbo. Agora, por mais que disfarce, continua na linha de frente, sempre a um passo de qualquer tipo de golpe. [Chico Barauna, 14-12-2013].
parabéns pelo texto. espero que estejamos precavidos e preparados para um possível golpe via stf, nos moldes de honduras e paraguai. a embaixadora dos usa está aí. já pensou um processo relâmpago no stf ou no tse para tirar Dilma da presidencia ou inviabilizar sua candidatura e não deixar Lula entra no jogo, por exemplo?
Não podia ser diferente, o Globo é o jornal de todas as ditaduras. A democracia é morte certa para a mídia.
Mas o desespero da mídia vem principalmente do fato de que a crise capitalista está provocando um terremoto ideológico. Este terremoto está formando um tsunami popular irresistível.
Ante o exposto, só tenho uma pergunta… cadê o DARF?
tive um pesadelo…IMAGINE SE NAO E EXISTISSE INTERNET ESTARIAMOS NAO MAO DE MIRIAM, JABOR, REIZINHO MAINARD E CIA …E ISSO AI FERNANDO BRITO LEI DAS MIDIAS JA… PELA SEGUNDA VEZ TENHO INVEJA DA ARGENTINA…UMA COM A CONDENACOES DOS TORTURADORES DE ESTADO E OUTRA COM A LEI DAS MIDIAS… 64 EXISTIU PELA FALTA DE INTERNET E MANIPULACAO DA MIDIA E SUAS ESTORIAS
Não digam isto tudo da Míriam, gente. Ela deve ser boa dona de casa e, além de tudo, é de Caratinga. Quanto ao resto, podem dizer à vontade!
Eu sempre penso que por trás dessa bajulação do judiciário está uma pontinha de pretensão. Um desejo subliminar de ver tal comentário entrar pelos ouvidos dos algozes da AP 470, e não sair. Ficar batendo até chegarem à nossa Presidenta, e aí, quem sabe, deixá-la fora do páreo.
O mais absurdo é essa jamanta de Miriam achar que Dilma careceria de seus conselhos pra sair de casa. Dilma precisa agir com mais força, pra mostrar a essa gente quem ela é de fato. Porque essa Dilma que eu tenho visto anda mole demais pro meu gosto.
A Globo só renovou a concessão de sua rede de televisão porque apresentou outro CNPJ. O CNPJ original ficou contaminado pelo não recolhimento do DARF. A polícia fedetal já está com o caso e veremos novos capítulos dessa farsa.