Nada de Bernardo e Cardozo. Caso da CIA é para Itamaraty e Defesa

A Folha hoje publica que o Governo Brasileiro, por duas vezes, admitiu que sabia da espionagem telefônica e cibernética americana no Brasil, desde o longínquo ano de 2001, através de um projeto chamado Echelon.

A magnífica repórter Heloisa Vilella, no Viomundo, conta a história do Echelon e disponibiliza o acesso ao um documento de 194 páginas elaborado em 1999 (!) sobre o programa, criado nos tempos da guerra-fria e funcionando a todo vapor.

Lá está escrito, com todas as letras:

Negotiations concerning a project worth US$ 1.4 bn concerning the monitoring of Amazon Basin (SIVA) Discovery that the Brazilian selection panel ad accepted bribes. Comment by Campbell: Raytheon supplies equipment for the Sugar Grove interception station. 

Ou: Negociações relativas a um projeto no valor de US$ 1,4 bilhão relativo ao acompanhamento da Bacia Amazônica (SIVAM). Descoberta de que o comissão de licitação aceitou subornos. Comentário de  Campbell:  ARaytheon fornece equipamentos para a estação de intercepção de Sugar Grove.

Há quatro anos o site Environmental Graffitti divulgava histórias escabrosas sobre as escutas realizadas pelo Echelon sobre todas as partes do mundo, inclusive os próprios Estados Unidos. E a história de Margaret Newsham, uma ex-agente que dorme com um revólver e um  cachorro pastor alemão no quarto, desde que saiu da base de Menwith Hill, em Yorkshire, Inglaterra,(a que está na foto) o mais importantes dos diversos centros de escuta do Echelon espalhados pelo mundo.

Edward Sowden só deu documentos e provas novas ao que todo mundo já sabia.

E, aqui no Brasil, ninguém sabia melhor que os militares e os diplomatas.

Até o velho Brizola, quando todos achavam ridículo ele perguntar: E a CIA, onde está a CIA?

E nós vamos mandar o Paulo Bernardo mandar a Anatel  investigar? A Polícia Federal?

Se quisermos assumir posições com base em informações sérias e confiáveis, só os ministérios da Defesa e das Relações Exteriores podem comandar este processo.

Nas mãos do Celso Amorim e do alto comando das Forças Armadas isso anda. Nas de José Eduardo Cardozo, Paulo Bernardo e Anatel, rendem, no máximo um protocolo de 0800.

 

 

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