Não basta derrubar negacionismo, STF precisa isolá-lo ante o país

O país vai assistir, na tarde do hoje, uma das mais deprimentes sessões já realizadas em sua história.

Nenhum massacre que sofra o ministro bolsonarista Kássio Nunes Marques será castigo moral suficiente para ter submetido o país aos interesses dizimistas de maus pastores, porque só os maus pastores levam seu rebanho à morte.

Nunca houve qualquer restrição de culto oficial no Brasil, ao menos nas últimas décadas, e uma óbvia necessidade de impedir aglomerações em meio a uma pandemia que, ao final do dia, terá levado 41 mil brasileiros.

E, portanto, não se entende como um ministro do STF possa, deliberadamente, abrir as portas de templos confessionais prontos para contaminar pessoas – em grande parte, idosas – e levá-las ao risco de morte.

Pior, ajudar o país a afundar mais nesta guerra negacionista, agora sob roupagem religiosa, como se a fé pudesse ser argumento para morrer e fazer morrer quem lhe é próximo.

Nunes Marques, introduzido como um vírus para contaminar a Justiça brasileira, tem de começar a ser neutralizado dentro da corte, porque é um magistrado nocivo à seriedade daquela instituição, porque deliberadamente recusou questões essenciais ao judiciário: a legitimidade de quem o aciona, o respeito à coisa julgada e o cuidado respeitoso com a vida humana.

 

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