Não somos todos SUS, não. Mas, para 70%, é só SUS

Setenta por cento dos brasileiros dependem dos hospitais, clínicas e postos públicos de saúde para ter atendimento médico, informa a Pesquisa Nacional de Saúde divulgada pelo IBGE.

Ou melhor, 70% dependiam no ano passado, porque a perda de associados a planos de saúde (254 mil a menos, só de abril a julho) certamente aumentaram este percentual em mais alguns pontinhos.

Isso é o SUS, tão negligenciado nos últimos governos e que, a muito custo, apenas conseguiu manter as verbas orçamentárias deste ano – R$ 135 bilhões.

Os gastos públicos com saúde dão, segundo dados da OCDE, US$ 552 por habitante, menos que os gastos privados.

Nos países da lista elaborada pela organização, a média é três vezes maior nos gastos públicos: US$ 3 mil por habitante.

Melhorar as condições de atendimento no SUS – de novo, leia-se, para 150 milhões de brasileiros – não pode ser algo feito apenas numa pandemia.

Mas a Saúde está, impiedosamente, arrolhada pelo teto de gastos, por 20 anos.

PS. Aos leitores: no post anterior, tive meus “minutos Waintraub”, nos quais um “aproxima-se” ficou, por alguns minutos, com dois esses. Todo mundo está sujeito a pecar, eu peco também, mas peço, com cedilha, perdão por um cursor teimoso que, assim, é capaz até de me arranjar uma diretoria no Banco Mundial.

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