Negativa de silêncio complica auxiliares de Pazuello e Wizard

A decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do STF, negando a Mayra Pinheiro, Secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, o direito de calar-se em seu depoimento à CPI da Covid, tem repercussão maior do que obrigar a “Capitão Cloroquina” a dizer o que fez, promovendo a droga sem efeito na doença.

Ela sinaliza aos auxiliares de Eduardo Pazuello que não terão esta proteção ao, eventualmente, o mesmo direito na CPI.

A começar pelo coronel Élcio Franco, secretário executivo do Ministério e , ao que se sabe até agora, o responsável pelas negociações com a Pfizer, que terá de narra-las detalhadamente, cuja convocação já está para ser aprovada pelos senadores.

Mas alcançará também os integrantes do – como foi chamado hoje – “Ministério da Doença”, que comandava, em paralelo, o enfrentamento da pandemia no Brasil, como o empresário Carlos Wizard Martins, ex-“conselheiro” de Pazuello, por indicação presidencial.

Há outro foco de pressão sobre o general: a possibilidade de serem mencionados negócios privados do general – a sociedade de uma companhia de transportes em Manaus e a extensa e suja ficha de um irmão cheio de problemas na Justiça. Dois senadores do Amazonas na CPI e as pretensões eleitorais de Pazuello no Estado – se é que ainda existe, depois de tudo – tornam quase impossível que isso não seja levantado na sessão de amanhã.

Será um festival de constrangimentos. Como não acontecer isso quando se lembrar das suas frases, como a de duvidar que haveria “demanda” por vacinas e perguntar “porque tanta angústia, tanta ansiedade” por vacinas para o Brasil.

Há 439.379 razões para isso: o número de mortes pela Covid.

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