Nem assim, Lira? ‘PEC Compra Voto’ fica para terça-feira

O medo de não ter votos suficientes para aprovar a “PEC Compra Voto” fez Arthur Lira recuar, quando a votação de um requerimento de encerramento de discussão (para abreviar a votação) foi aprovado por 303 votos a 91, com cinco votos a menos que o necessário para fazer o quorum qualificado de 308 votos para aprovação de uma mudança na Constituição (que é de 308 votos).

É uma sinal de que pode ficar mais complicado aprovar o pacote de bondades. Antes, o requerimento para a quebra de interstício (intervalo) regimental tinha tido menos votos (294 a 95) e assinalava a pouca disposição da base governista em “bancar” o trator governista, mesmo na mais importante e desesperada manobra governista do oficialismo.

A votação ficou para terça-feira, quando os deputados já contavam estar liberados para ficar em campanha.

Claro que isso não indica uma possibilidade de que o esparramo eleitoral de dinheiro seja contido, mas aponta que ele ficará mais caro, politicamente e em outros “mente” que estão envolvidos na votação.

Provavelmente será aprovada, mas sua implementação está cada vez mais complicada, até pelo fator “Pedro Guimarães”.

Explica-se: sob holofotes, a direção da Caixa está impedida de formalizar ordens para a implementação dos benefícios. A folha do “Auxílio Brasil” de 400 reais está rodada, mas não se pode, sem a aprovação do aumento de R$ 200, rodar outra folha. Nem se fala no “auxílio-táxi” e no “voucher caminhoneiro”.

Só em agosto, e olhe lá, a depender que tudo corra bem na semana que entra.

Bolsonaro corre cada vez mais o risco de fazer o que não quer (dar rendaaos pobres) e não conseguir por isso o que quer, ter os seus votos.

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