‘Neonegacionismo’ será a marca de Covas no 2° turno?

O gráfico aí de cima mostra o ciclo do coronavírus na Europa, Estados Unidos e Brasil, em taxa de mortes por milhão de habitantes, medido por um média móvel de sete dias e não é preciso muito mais para entender o que está acontecendo.

Pode-se até discutir se há ou não uma segunda onda no Brasil, como evidentemente há nos EUA e entre os europeus, porque entre nós as perdas de vidas nunca chegaram a baixar tanto como por lá.

Os efeitos da pandemia estão crescendo e vão ser percebidos, não importa quando se soneguem os subestimem as estatísticas e, como nos primeiros momentos, São Paulo , que já dobrou o número de óbitos na última semana vai ser, de novo, um dos cenários mais preocupantes.

Mas todos os sinais são de que, ao contrário do que aconteceu no primeiro momento, seus governantes não vão reconhecer que o problema se agrava e muito menos que algum grau de restrição será necessário. Ou, infelizmente, só os adotarão tarde demais.

Na Folha – embora o jornal esteja numa fase descaradamente “covista” – a repórter Claúdia Collucci informa que “o número de internações por Covid na rede municipal de São Paulo saltou 26% na última semana e atingiu o mesmo nível do início de outubro, preocupando médicos com a decisão do governo paulista de revisar o Plano SP de medidas de isolamento social apenas no fim do mês”.

Ou seja, o trinco depois da porta arrombada e é esta advertência que, cada vez em maior número, médicos epidemiologistas estão fazendo,

Se Bruno Covas confirmar sua postura agora “neonegacionista” – ao contrário do que fez no início da pandemia – achando que isso vai agradar o eleitorado, pode ficar vulnerável a um estigma de omisso que, até então, não merecia.

Tomara que não, porque ninguém quer ganhar votos perdendo vidas.

 

 

 

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