Novo fracasso de ‘corredor’ reitera falta de mediação internacional

Esta madrugada, a Rússia anunciou a oferta de “corredores humanitários” partindo de Kiev, Kharkov, Sumy e Mariupol para territórios da Bielorrússia.

Pode, claro, ser uma medida de propaganda. Pode, também, ser uma preocupação de que estes corredores sejam usados para retirar e reutilizar tropas que, neste momento, tornaram-se inúteis onde estão e poderiam ser reagrupadas nas áreas que interessa à Ucrânia defender.

Ao longo de algumas centenas de quilômetros, ataques e sabotagens de qualquer dos lados podem, facilmente acontecer. Um simples lançador de granadas atingindo um ou dois ônibus é o bastante para criar uma tragédia e dizer quem as lançou é algo que vai depender apenas de qual versão a mídia vai “comprar”.

A Ucrânia já avisou que não aceita a proposta de retirada de civis para territórios russos ou bielorussos, apenas para seu próprio território.

É improvável, portanto, que isso aconteça.

Só a garantia e a participação de uma outra parte, aceita por ambos, poderá tornar estas operações de retirada viáveis, mas não há nenhuma parte disponível porque se desenvolveu uma ideia de que guerras se resolvem com bravatas e ameaças.

Mas nenhum país no mundo se envolverá enquanto não perceber que há disposição em ceder, o que é diariamente contrariado com a ameaça de novas e mais graves sanções econômicas e as ameaças de envio de jatos militares para a Ucrânia.

Este é o primeiro e único meio de parar esta guerra, estúpida como qualquer outra.

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