“O Brasil está quebrado”, admite Bolsonaro

O Brasil tem muita sorte de ter um presidente tão desmoralizado que aquilo que diz, por ninguém acreditar, não tem repercussões.

Imagine o leitor distinto e a caríssima leitora que ocorreria se o presidente de qualquer lugar do mundo dissese, de público, que seu país “está quebrado”.

Claro, a Bolsa despencaria, o dólar saltaria, o mercado de juros explodiria.

Mas Jair Bolsonaro disse hoje a seus fanáticos, queimado de sol e gorduchinho com os feriados de fim de ano, que não consegue “fazer nada” pelo fato de que “o Brasil está quebrado”, por causa “desse vírus potencializado pela mídia”.

E foi apenas mais uma cena folclórica do desclassificado. O dólar, que já subia, ficou lá onde estava. A Bolsa, que já caía, também manteve-se onde estava.

Somos um país exangue, inerte, cansado ao ponto de não ter forças para resistir à própria destruição.

Além do mais, apesar de haver dinheiro, e muito, circulando, por conta dos mais de R$ 600 bilhões injetados ao longo de 2020 na economia, são poucos os que se dão conta de que isso está acabando, porque não há mais para dar e ainda se o tem de pagar, com os vencimentos cavalares da dívida pública no primeiro quadrimestre do ano.

Sou forçado a dizer que Bolsonaro está certo e os que duvidam do que ele diz, errados.

O Brasil está quebrado, e não é nem essencialmente nas contas públicas.

É na alma, na dignidade, no amor ao país, despedaçado por todos eles – políticos, militares, financistas e mídia – que puseram esta Pátria nas mãos de um psicopata.

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