A entrevista de Fernando Haddad a Kennedy Alencar, muito lúcida, coloca uma questão interessante para os que dizem que, em nome de uma derrota de Bolsonaro, nem ele nem Lula podem ser candidatos a Presidente em 2022.
Será que, ao contrário, se Lula for o que melhor representar a chance de vitória sobre Bolsonaro, eles estão dispostos a fazer o mesmo, desistir da disputa ou, eventualmente, aceitarem que o “pacto antifascista” e lhe darem apoio em um segundo turno?
Não pode ser um compromisso só do PT, tem que ser um compromisso geral. É um compromisso das oposições que esse projeto está destruindo o país? Então nós temos condição de conversar”.
Estariam dispostos a “um acordo público para não acontecer o que aconteceu em 2018, qualquer que seja o representante das oposições. Porque quem tem que responder essa pergunta é quem votou no Bolsonaro no segundo turno, conhecendo o Bolsonaro”?
Mas se “acordo nacional” é apenas excluir-se Lula e o PT da disputa, francamente, qual a diferença para o que fizeram Sergio Moro e a Lava Jato?