Carnaval chega com números recordes na Covid

1.350 mortes ontem e, hoje, provavelmente, um número de óbitos igual ou maior, porque os números de oito estados disponíveis até agora – São Paulo, Paraná, Ceará,, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Tocantins – já somam 794 vítimas da Covid 19 nas últimas 24 horas.

Portanto, o resultado a ser divulgado ao final do dia tem perspectivas sombrias, talvez até um recorde de fatalidades desde o início da pandemia.

Contraditoriamente, há uma sensação de que “o pior já passou’ e estamos todos conformados com que as cenas de aglomeração humana vão se repetir no Carnaval, como algo inevitável.

Afinal, a vacina está aí e aceitamos que, num país capaz de vacinar 80 milhões de idosos em três meses nas campanhas da gripe, esteja tudo bem em, com 20 dias, apenas 4 milhões tenham recebido o imunizante: 2% da população, pouco mais de 1% do número de doses necessárias à dupla aplicação que será necessária.

Ficamos todos, porém, compreensivelmente emocionados com as cenas, de fato emocionantes, de velhinhos de 95, 98, 100 anos sendo vacinados, o que tocante e positivo, mas está longe de representar um processo de imunidade coletiva.

Finalmente, temos de reconhecer que prevaleceu a posição estúpida de Jair Bolsonaro, de que só os idosos e doentes devem ficar isolados e que os demais devem circular, trabalhar e até passear como ele faz a toda hora e, certamente, fará no Carnaval que só não vai existir oficialmente.

 

 

 

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