Um em cada oito brasileiros vão passar o mês de janeiro com R$ 246. Ou R$ 7,94 para cada um dos 31 dias do mês.
A estimativa da Fundação Getúlio Vargas, publicada hoje pela Folha de S. Paulo, mostra que serão 27 milhões de pessoas nesta condição, o triplo dos que, com o auxílio emergencial, tiveram este nível miserável de renda em agosto do ano que passou, quando a taxa de pobrezaa extrema, em lugar dos 12,8% deste janeiro era de
Se ainda era preciso uma prova de que é imperioso retomarmos algum tipo de política de renda emergencial, aí está.
Antecipação do 13 para fevereiro e dos pagamentos dos abonos PIS/Pasep ajudam, claro, a injetar algum dinheiro na economia, mitigando o impacto violentíssimo desta redução da renda da população.
Mas estão longe de resolver o problema da parcela marginalizada, que não se beneficia de medidas concentradas na minoria que tem relações formais de rendimento, para as quais se dirigem estas medidas.
O levantamento da FGV mostra que os mais jovens, os nordestinos, os negros e os de grau mais baixo de escolaridade, como sempre, pagaram a maior parte do “pato” da perda de renda com a pandemia.
Mas, dizem os responsáveis pela nossa política econômica (temos uma?) e o próprio Bolsonaro, dizem que auxílio não pode mais ser dado, porque romperia o teto de gastos e seria mal recebido pelo “mercado”.
E, como se sabe, o incorpóreo mercado não precisa ter o que comer, exceto a maior parte da riqueza do Brasil..