O golpe do ‘pen drive’

Tenta-se aqui, em vão, evitar falar nas “tretas” da família Bolsonaro, mas é impossível. É vergonhoso demais que uma parte da sociedade e – pior – das instituições públicas, ainda esteja a transformá-los em referência política a ser levada a sério.

Há dois dias, Carlos Bolsonaro diz que dorme no quarto do pai, que anda traumatizado. Ontem, Eduardo Bolsonaro flagrado curtindo a Copa do Mundo no Qatar e, depois da exposição ao ridículo, apelando para o descaramento de dizer que foi apenas “levar uns pen drives” com vídeos “em inglês”, sobre o Brasil, porque a imprensa de todo mundo está lá”, embora ele não mostre o que seriam os supostos vídeos.

É sério que generais de quatro estrelas queiram continuar entregando o país ao controle de um clã de alucinados e caras de pau deste naipe? Que vão estimular, pelo silêncio e tolerância este misto de loucura e cinismo?

Há limites para tudo, inclusive para o direito de ser palerma.

Espera-se que a Mesa da Câmara, ao menos, desconte (Regimento Interno, art. 235) a quinzena copeira do entregador de pen drives na remuneração do filhote presidencial na folha de dezembro, já que na de novembro não consta abatimento pela folga.

Ao menos desta forma, que ele pague pelo deboche.

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