O gregos enfrentam a Europa, o FMI e seu próprio Banco Central.

 

grecia2

Os gregos elegeram, não faz muito, um governo com a clara missão de não aceitar mais a imposição do arrocho e dos sacrifícios exigidos pela União Europeia e pelo FMI.

Este governo não recusou-se ao diálogo com a UE e o FMI, mas o primeiro ministro  Alexis Tsipras recusa-se a dar o dito pelo não dito ao povo grego e aceitar imposição de mais cortes e aumentos.

“O recém-eleito Governo grego irá suportar o custo de negociar este acordo”, disse ele, segundo o jornal português Expresso, reclamando da obsessão dos credores em mais corte e se dizendo pronto a assumir “a responsabilidade de dar ‘o grande não’ à continuação de políticas catastróficas para a Grécia”.

Hoje, a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, atacou:  o Fundo passará a considerar a Grécia um país falido caso  não pague os 1,5 bilhões de euros devidos ao FMI até 30 de junho.

No meio deste guerra, os credores da Grécia receberam um reforço que foi uma punhalada no governo grego: o Banco Central do país advertiu, publicamente, que o país está à beira de uma catástrofe.

Vê-se bem por aí que tipo de “independência” praticam os bancos centrais na hora de escolher entre seu país e o capital.

Apesar da fala grossa de Lagarde, é outra mulher quem decidirá se a Grécia manterá a democracia e se manterá no Euro: a chanceler alemã Ângela Merkel, virtual “dona” da União Europeia, pela força de seu país e pela fraqueza dos demais, todos fragilizados por suas dívidas.

A Grécia, um dos países mais saqueados da Europa – quem duvidar, visite os museus franceses e ingleses –  e que perdeu quase 5% de sua população civil na II Guerra, quando a fome provocada pela ocupação nazista matou centenas de milhares de pessoas e que, por causa dela, enfrentou ainda mais três anos de guerra civil, está de novo nas mãos da Alemanha.

Facebook
Twitter
WhatsApp
Email

16 respostas

  1. Pega dinheiro com os Brics,cade a solidaridade,só de desvio da Petrobras tem 6 bilhões da para salvar a Grecia 4 x.

        1. Olha os reaças mudando de assunto, falando nada com nada e generalizando tudo…

          Não sabem nem a diferença de Perdas/Prejuízos estimados para desvios.

    1. O Putin já ofereceu, é só a Grécia chutar a UE que China e Rússia passam a investir no país.

    2. O Brics é para investimento não para pagar dívida. A Europa como diria o Lula os de olhos azuis não consegue sair da crise e querem arrastar o resto do mundo.
      E a crise da Europa tem a origem no que? Na corrupção que assola a Europa toda.
      As empresas mais corruptas são da onde? Europa.

  2. É só pedir para o Aécim do aeroporto, ele tem R$ 4.300.000.000,00 ( quatro bilhões e trezentos milhões de reais) desviados da saúde do Estado de Minas Gerais.

  3. A Grécia vai ser esfolada por razões políticas que têm escapado ao debate (além da ausência total de noção de coxinhas e direitistas, desculpem o pleonasmo).
    Doze anos atrás um outro país teve uma postura semelhante. Lembro como se fosse agora as declarações catastrofistas de quase toda imprensa, internacional, argentina e brasileira. A Argentina está aí, viva, com o problema da dívida, noves fora as ingresias com fundos abutres, praticamente resolvido.
    Naquele momento, eram os latino-americanos que enfrentavam uma crise de endividamento externo que na maioria se arrastava desde os anos 1980. Agora meia Europa está mergulhada no mesmo problema. Irlanda, Espanha, Portugal, Itália, o leste europeu todo, esses países estão com dívidas impagáveis. Uma vitória grega frente à troika, tanto mais se não houver nenhuma catástrofe econômica, levaria, inexoravelmente, a um tsunami de ações semelhantes em toda a UE.
    Então, a Grécia vai ser esfolada, salgada e posta para desfilar pelada pelas ruas da Europa, antes que a troika admita qualquer solução diferente da sua receita mata-povo.

  4. Também é preciso considerar que o capitalismo está à deriva. A Grécia merece coisa melhor do que o capitalismo, sistema econômico que virou uma organização voltada pra pilhagem.

  5. Os bancos centrais de TODOS os países são meras representantes de Wall Street e de 1% da população mundial. Deveriam ser todos extintos pois a política monetária deve ser exercida pelos ministérios da fazenda de acordo com os governos eleitos democraticamente.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *