O inferno é o limite

O novo recorde de mortes. 1.188, não é o último a ser batido.

Nem os 310 mil casos são nada perto do que virá.

O país mergulha no maior desastre sanitário de sua história e estamos discutindo as cumplicidades entre a Polícia Federal e um marginal como Fabrício Queiroz, apanhador de dinheiro do filho do presidente.

A energia vital do país está completamente entregue ao submundo policial e à estupidez militar que a ele se juntou.

Escuto na TV que a Polícia Federal é umas das “instituições mais respeitadas do país”.

O que se revela é que ela sempre foi – como polícia sempre é – um valhacouto de cumplicidade e de interesses que não podem ser postos à luz do dia.

Enfrentamos o inferno de um apocalipse sanitário, que ceifa vidas, aniquila uma economia já cambaleante e estamos discutindo quem é o delegado que “vazou” informações aos Bolsonaro, como se não soubéssemos que a grande maioria dos juízes, dos promotores, dos policiais e dos jornais não estivessem todos trabalhando por ele!

O mais importante na noite em que se devia estar tomando providências para interromper a escalada monstruosa de mortes e doença, é a espera pela decisão sobre a exibição de um vídeo pornográfico de uma reunião ministerial.

O resultado de anos de cruzada moralista é isso, a maior imoralidade que este país já viveu.

O dinheiro não aceita o lockdown necessário; os governantes, chantageados, fogem das decisões devem tomar, o socorro às administrações estão esperando que, antes, se deem reajustes aos policiais da mesma forma se negam a médicos e enfermeiros que arriscam as suas vidas, comandantes da PM e delegado despacham esquadrões para fuzilar pessoas nas favelas…

O Brasil está se dissolvendo como nação, permitindo que seus filhos morram como moscas.

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12 respostas

  1. É um equivoco achar que investigar com todo rigor esse caso do Fabrício Queiroz/ Flávio/ jair, atrapalha o combate à pandemia. Muito pelo contrário, essa investigação traz a possibilidade de cassar o mandato do genocida jair messias – facilitando aí sim, o combate ao COVID-19.

  2. Ao dar entrevista à CNN Brasil, o Olavo defendeu que o Bolsonaro é honesto. Honestíssimo. Ora, a honestidade sempre se dá em relação a alguma referência. O Olavo provavelmente não acredita que o Bolsonaro seja integralmente honesto, mas é evidente que ele quer que os brasileiros acreditem nisso. Aí, exatamente aí, é que está o grande medo do Olavo: Que descubram e, principalmente, que espalhem que o Bolsonaro não é honesto. Isso poderia arruinar os planos de seu mestre Steve Bannon, de destruição do estado brasileiro. Mas o Olavo se trai quando procura relativizar a honestidade. Ele diz que “corrupções pequenininhas como estas do Queiroz são irrelevantes”.

  3. Um país que tem como heróis salvadores policiais, milicos, juízes, justiceiros e não os professores, cientistas, artistas, escritores, etc. só poderia estar aonde estamos.

  4. Brito vc tem toda razão, mas como vc é um cara que tem uma mediunidade premonitória ostensiva, não fala nada não, deixa acontecer, só relata, quem sabe Deus nos poupa?

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