O jogo da direita em marcha. De novo

Os números que Folha publica neste domingo pode ser considerada o ponto de partida da batalha que vamos enfrentar até as eleições, na qual as pesquisas serão, como de outras vezes, as armas mais terríveis da luta pelo poder.

Como você vê na ilustração, não foi diferente o que tentaram fazer com Lula em março de 2009, mais ou menos o mesmo tempo antes da eleição.

Mas as pesquisas, que são a artilharia, dependem da comunicação para serem abastecidas.

A suposta “queda” da aprovação de Dilma, embora ainda se situe em patamar confortavelmente alto (57%) e bem maior do que o do início do seu governo (47%), seja ela real ou fictícia, tem uma cobertura de legitimidade na preocupação com a inflação.

Preocupação com a inflação não é o mesmo que inflação, mas a percepção que se forma é a de que ela é um perigo não a uma estabilidade econômica teórica, mas ao dia-a-dia das pessoas.

Mas porque o terrorismo inflacionário promovido pela imprensa, que não é novo, pode agora estar sendo aceito como causa para uma mudança na percepção  coletiva de, ao menos, parte da população.

Para especular sobre isso, é conveniente ver quais são os dados novos nesse processo e, sem dúvida, o maior deles é a mudança de atitude do Governo que, pela primeira vez, demonstrou receio de que as previsões do mercado financeiro e da mídia pudessem corresponder – ou se tornarem –  à realidade.

O discurso desenvolvimentista perdeu , dando espaço à cantilena de uma crise que está a léguas de ser real.

Tanto é assim que, em meio a um cenário terrível da economia mundial, o número de pessoas que crê que a situação econômica não vai mudar (39%) ou que vai melhorar (38%) soma quase quatro quintos dos entrevistados.

Não há uma escalada inflacionária, o nível de emprego prossegue alto e, se o governo assumir uma atitude de maior comunicação com a população, sinalizando que não mudou a ideia de fazer do consumo interno a mola do crescimento econômico, essa impressão forjada pela mídia se dissipará.

Resta ver se haverá a coragem que Lula teve de, contra a posição do Banco Central, dizer claramente: confiem, comprem, o país crescerá.

No que diz respeito ao quadro eleitoral, a situação de Dilma permanece sem alterações significativas. Ela aparece com patamar muito semelhante ao que teria  Lula se fosse candidato (51% e 55%, respectivamente). Considerando que há 8% que não respondem ou dizem votar nulo ou branco, os 51% equivalem a 55,4%.

Aécio, mesmo com a superexposição na mídia e o programa de TV do PSDB, ainda fica atrás de Marina (16 a 14%). Mas é curioso como Marina aparece apenas com 1% quando a declaração de voto é espontânea. É sinal de pouca solidez.

Sinal contrário do que apresenta a dupla Dilma/Lula, que tem um terço das menções espontâneas.

Em resumo, a pesquisa só serve para estimular o discurso que a mídia assumirá esta semana, o de que “Dilma está caindo”.

Que precisa de uma resposta forte do Governo para que o desejo da direita não saia dos jornais para as ruas.

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7 respostas

  1. e, ela, dona dilma, continuando com helena “globo”chagas, casal 171 do paraná, cardozo dantas e agora o padilha”vai para casa” junto com o tombin”aderi ao mercado”, sua possibilidade de re-eleição começa a correr riscos.

  2. Não houve suposta queda na popularidade de Dilma. Ela caiu, de fato. Realmente. As próprias pesquisas internas do PT já apontavam para a corrosão da popularidade da presidente. Ponto. Parágrafo. Já deu dessa baboseira de tentar desqualificar pesquisa quando ela não é favorável, certo? A segunda coisa: O terrorismo inflacionário da imprensa com a inflação só colou porque a população sentiu a inflação no bolso, certo? Caso a questão fosse apenas uma invenção do “PIG”, a popularidade da presidente não teria caído. Ponto. Parágrafo. O povo não é tão idiota assim para cair numa mentira. Acontece que a inflação não é uma mentira. Tanto que a aprovação da presidente caiu mais entre as mulheres, que são as pessoas que mais vão ao supermercado e sentem a inflação no bolso. Fim.

  3. Privatizações de portos, aeroportos, leilões vergonhosos do pré-sal, ou seja, entrega deslavada de nosso Petróleo, aumento de juros, desnacionalização de nossa indústria e pior, com dinheiro dado aos trustes e fundos estrangeiros, pelo BNDES, com o Sr. Coutinho, agora no papel de entreguista mór, quem diria – o Dr. Ulysses, deve estar se remexendo no fundo do mar – queriam o que, que os venais e quadrilheiros da imprensa dissessem o contrário? Alguém já disse, recentemente e não era nenhum “direitista” que Dilma pode passar para a história, como uma guerreira, defensora do Povo e da Nação, mas pode também, passar como entreguista e apátrida. O Povo a elegeu, para defender nosso País, da sanha dos trustes que a séculos nos assaltam, aprofundar as reformas iniciadas por Lula em seu segundo mandato. Esta fazendo o contrário. Retomou as privatizações, privilegia o capital financeiro, ao invés do produtivo e o resultado, é esse que vemos. O País se desindustrializando, voltando para a era FHC/SERRA, tão nefastos a nossa Pátria. Alerta Presidenta, ainda da tempo! Queremos uma Pátria Livre! Um Brasil Soberano! Podemos, devemos e junto com nosso Povo, chegaremos lá!

  4. Taxista sábado a noite no RJ, “Dilma está gastando muito, vai quebrar o país, gasta muito com a Bolsa Família, estou com medo do Brasil não aguentar… ouvi na Bandnews…” É por aí.

  5. A Bandnews, Globo, Estadão, Folha, Veja e outros assemelhados espalham terror ao povo, tudo em nome do poder pela via PSDB, deixem de assistir essa mídia do esgoto, leiam a verdade nos blogs, essa mídia terrorista de tanto pregar terrorismo e mentir está afundando.

  6. Sinceramente, há momentos em que ao ver a burrice dessa mídia golpista, eu sinto é pena. E que a coisa vai piorando pras bandas dessa imprensinha calhorda, ah, vai! Aquela editora da revistinha “detrito…”, tem oferecido por telefone os produtinhos nojentos dela a preço de nada, porque banana e tomate até que têm valido algum dinheiro, e recebido belas gargalhadas de escárnio como resposta. Estou ansiosa para que me liguem para eu orientar sobre o destino ideal para elas.

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