
Jair Bolsonaro, depois da passeata da grana, convocou hoje a teleconferência da bufunfa para açular empresários peso pesado para pressionarem os governadores e prefeitos a reabrirem todo o comércio, não apenas o efetivamente essencial.
É o ‘General Dinheiro’ a avançar sobre governantes eleitos que, ao contrário dele, assumiram uma posição, ainda que insuficiente, de defesa da vida e de tentar preservar um mínimo de capacidade de atendimento da rede hospitalar, assolada por uma maré de casos que, todo dia, anda passando de 10 mil.
Bolsonaro toca-lhe os clarins, segundo a Folha:
“Um homem está decidindo o futuro de São Paulo, decidindo o futuro da economia do Brasil”, afirmou Bolsonaro, referindo-se ao governador paulista João Doria (PSDB), seu adversário político. “Os senhores, com todo o respeito, têm que chamar o governador e jogar pesado. Jogar pesado, porque a questão é séria, é guerra.”
Como já disse antes, o objetivo de Jair Bolsonaro não é a retomada da economia, porque ela é impossível, mesmo que se abram todas as portas de aço, porque não é um fenômeno de balcão, mas de toda a economia mundial e da inevitável retração do nosso mercado interno.
No discurso do ex-capitão fica claríssimo este apelo:
“… os problemas vão começar a acontecer. De caos, saque a supermercados, desobediência civil. Não adianta querer convocar as Forças Armadas porque não existe gente para tanta GLO [Garantia da Lei e da Ordem].”
Disse, agora há pouco, na TVT (logo mais coloco o vídeo), que os únicos sinas de desordem e de subversão política, com apelo a golpes de Estado, vem de Bolsonaro e de seus seguidores.
Não são os desesperados, os esfomeados, os desamparado que estão agitando o país em busca de uma ruptura institucional.
Bolsonaro não tem mais condições de ser presidente dentro de um regime constitucional. É por isso que persegue, de todas as formas, a maneira de seguir mandando, o que significa controlar ou até fechar as instituições republicanas e a própria Federação.