O país da Glock

O jornal O Globo publica hoje, em números, a verdadeira corrida armamentista que se implantou no Brasil.

Já importamos, este ano, mais armamento que em qualquer ano da história recente, exceto 2019, quando esta fúria armamentista já corria solta e devemos chegar ao final do ano com gastos de perto de US$ 50 milhões em compras externas de artefatos bélicos, porque é isso o que são as armas autorizadas por Jair Bolsonaro para uso privado.

A prevalência absoluta das importações da Áustria têm nome: pistolas Glock, símbolos quase fálicos de milicianos e de cidadãos endinheirados que precisam desta “muleta ponto 40” para se afirmarem.

São dezenas de milhares de armas, na cinta ou na gaveta, prontas a tirarem a vida de alguém.

“Bala que mata gatuno também serve para furtar a vida de nosso irmão”, já escreveu, há 70 anos, Carlos Drummond de Andrade.

Bobagem, ninguém liga, é a “liberdade” do “cidadão de bem” de possuir um arsenal, afinal, tão perigoso quanto um liquidificador, não é?

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