Salvar o Rio não pode ser só retórica

A manchete do Correio Braziliense proclama uma obviedade que a imprensa do Rio de Janeiro não tem coragem de escancarar em manchete: Jair Bolsonaro é o dono do Governo do Rio de Janeiro, agora.

Mesmo que o Superior Tribunal de Justiça reverta a decisão tomada monocraticamente pelo ministro Benedito Gonçalves, a situação de Witzel é tão precária que sua degola só será protelada até o final do ano se houver um acordo para entronizar definitivamente o “governador” Cláudio Castro, um completo desconhecido e desprovido de base de apoio para governar.

Neste caso, não precisariam ocorrer novas eleições diretas para o Governo.

Bolsonaro tem nas mãos a viabilidade econômica do Estado, que precisa da flexibilização das exigências do acordo sobre a dívida do Estado, acertando ainda no governo Temer.

Castro, diz o Correio, deve deixar o PSC, amaldiçoado pela prisão do Pastor Everaldo Pereira e ingressar o Republicanos, o partido de Marcello Crivella e dos dois filhos de Bolsonaro que têm mandatos pelo Rio: Carlos e Flávio.

Mesmo contra a sua vontade, pelo fato de não ter conseguido reunir os partidos de esquerda em torno de sua candidatura, impõe-se a Marcelo Freixo reavaliar sua decisão de não disputar a eleição à prefeitura do Rio de Janeiro, para que não nos vejamos definitivamente atropelados pelo bolsonarismo.

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