Custa-se a crer que, num governo como o de Jair Bolsonaro, alguém venha falar que a oposição a ele está “radicalizando”.
Alguém, em toda nossa história, radicalizou tanto quanto um presidente que ameaçou “metralhar”, prender, exilar, ou que dividiu sua própria base política, ou que, todo o tempo, fala em armar, matar, encarcerar, mandar “pra Cuba”?
Alguém deixou seu entorno ameaçar fechar o Supremo e o Congresso e cassar seus integrantes?
Ou pretendeu fazer o país, em matéria de valores e comportamentos, regredir mais de meio século, à intolerância?
Existem alguma maneira de enfrentar isso a não ser dizendo “não”?
Impossível e abrir diálogo concessivo à selvageria, como faz parte de nossa direita e quase toda a mídia, alegando que é preciso tolerar a barbárie político-comportamental dos Bolsonaro em nome da aprovação das propostas de Paulo Guedes.
Isso, sim, é colocar interesses acima de princípios.
Ou não é isso aceitar que , em nome de reformas econômicas ultraliberais se possa aceitar a instituição de um regime político autoritário?
No extremo, para chegar ao modelo econômico chileno é preciso aceitar um Pinochet.
Não se exigiu, para que se pusessem em marcha programas de inclusão e justiça social que se mantivessem o respeito aos contratos fundados em iniquidades e
Como os homens do dinheiro já não se preocupam com o longo prazo, talvez a maior diferença entre o capitalismo industrial e o financeiro – pouco lhes importa que este modelo vá dar no que deu com o vizinho.
Diante de tudo isso, é curioso ler comentários assim sobre os discursos de Lula – inclusive os de ontem, na convenção do PT – estarem “polarizando”.
Não é para polarizar quando a força poderosa do Governo quer nos levar ao desmonte do Brasil e sua reversão à condição de colônia e de selvageria?
O que é isso, aversão à realidade de que Bolsonaro e Lula são dois polos?
E que existe uma Linha do Equador na vida brasileira que não permite que alguém esteja no Hemisfério Sul e no Norte ao mesmo tempo? Terá sempre que estar em um, olhando mais ou menos de perto do Cruzeiro do Sul ou da Estrela Polar, mas a só uma delas usa como referência.
Não, a Terra não é plana, ela é polar.
23 respostas
As esquerdas estão polarizando com palavras e republicanismo, as direitas estão polarizando com fakes, bordoadas, prisões e assassinatos.
Espera-se que após mais de cinco anos sendo arrastados pelos golpes da plutocracia americanófila, as forças progressistas apresentem alguma estratégia para enfrentar o avanço da tirania. A barbárie está se consolidando como uma nova ditadura.
Ei, bozo, VTNC. Perdi a paciência.
Há uma frase na revolta indígena contra os golpistas da Bolívia que diz; “Quando a tirania se faz lei, a rebeldia se torna um direito”. Isso é polarizar.
Penso que a rebelião contra a tirania é mais que um direito. É um dever cívico para com as futuras gerações.
Observem que: Está se alastrando um inconformismo pelo mundo todo: Bol´via, Chile, Equador e agora a queridinha dos americanos (Colombia). Vejam ai a ideia do Bozo! Botar as forças armadas para aplicar armas letais contra a população. Ele está mexendo num espinheiro, uma caixa de marimbondos. Falar estas bobagens só serve para acirrar os ânimos.
A rebeldia é um direito de povos que estão sob a tirania. Está descrito na declaração universal dos direitos humanos.
Auantas escolas particulares vao aderir a esse sistema de ensino?
Parabéns pela análise
Nossa, somente um troglodita completo pode achar que existem dois polos na política. Política não é geografia! Eu posso ser contra Bolsonaro e Lula. E eu sou. E só porque Bolsonaro é muito pior do que Lula, não sou obrigado a me posicionar de seu lado. Eu sou de esquerda, mas hoje em dia eu ABOMINO o PT e Lula. Todas as pessoas com consciência crítica tem o direito de abandonar esse populismo barato e polarizado. A polarização é o mal.
Pelo visto, você ainda continua tomando Gardenal com Querosene.
Cuidado cidadão isto faz de acordo com os especialistas um mal danado
(Resposta para o Alexandre)
Bolívia, Equador, Peru, Chile, Coletes Amarelos (França) , Líbano etc e etc. O próximo adivinhem quem será? Parece que o mundo está começando a perceber que algo precisa ser mudado. É o inconformismo em marcha.
O cidadão está se conscientizando que não é “gado” e está perdendo a paciência.
Eu ainda não entendi esta tática do pessoal do Tijolaço, pois vivem deletando quase todos comentários dos postantes.
https://www.youtube.com/watch?v=XMV0ASzojTQ
É uma embromação diversionista ficar discutindo a possibilidade da existência de “Polarização”. Alguém que respeite a realidade não pode negar a existência de “polos” (esquerda e direita, por exemplo, na Política). Porém, é falsa a afirmação de que na Política brasileira tudo se resumo à polarização Lula – Bolsonaro. Só quem acredita que a Terra é linear pode se limitar a enxergar apenas dois polos. Mas o fato real é que a Terra é redonda, esférica.
O comportamento abjeto da pseudoimprensa corporativa foi sintetizado de maneira magistral, em apenas uma palavra, pelo brilhante jornalista João Filho, do The Intercept, neste artigo onde cunhou o termo “doisladismo”: (vale a leitura)
https://theintercept.com/2019/11/10/augusto-nunes-agressao-imprensa-lava-jato-bolsonaro/
Há dois polos entre o certo e o errado, entre verdadeiro e falso, entre democracia e fascismo. Os falsários dos jornalões, adeptos do “doisladismo”, fingem não fazer tais escolhas, para esconder o próprio fascismo ou não confrontar o fascismo do patrão. Em todo o caso, são covardes, canalhas, pusilânimes, que jamais poderão ser jornalistas.
Boa Brito.
Os que pensam diferente, FODAM-SE !
O texto recorre à Falácia do Espantalho. Falácia na qual deturpa-se e a crítica e passa-se a atacar essa deturpação, esse espantalho, e não a crítica real. Evidentemente que atacar os absurdos do Bolsonaro e combatê-lo é necessário. O problema é combater o bolsonarismo (algo muito mais grave que o sujeito) com o mesmo tipo de alienação, de falta de auto-crítica, com bravatas e truísmos para agradar apenas a torcida organizada (BROWN, Mano. 2018) do pólo oposto. Lulistas e Bolsonaristas em pólos opostos sem nada para entender, diagnosticar e propor, farão o Brasil perder mais uma preciosa década. Mais uma.
A DIREITA MENTE. A não-polarização só interessa à direita, como se ser de direita, por si só, já não está polarizado com a esquerda. A rigor, o que não existe é o centro no sentido de não polarização. São os bonzinhos, a gente fina que se escandaliza facilmente com tudo aquilo que não tem seu próprio cheiro. Desde do básico, a percepção das coisas que gera a consciência só é possível se houver diferença, polarização. Mas a direita é muito burra e pensa que engana as pessoas fazendo cara bonita e beicinho. Tem mais é que polarizar mesmo e partir pra cima.
Eu acho que o Brasil no presente momento é bipolar!
A estuprada não pode gritar e espernear, porque estaria radicalizando?
(Mudando o foco) A CPMI das Fake news do Coronel tá mais parada que água de lagoa.