A comédia trágica da sessão de hoje CPI da Covid, em que será batido o recorde mundial do “permaneço em silêncio” do empresário bolsonarista Carlos Wizard diante da exibição de provas de que ele estava no núcleo de picaretagem que cuidava de fazer a compra privada, por empresas, de vacinas contra a Covid-19.
Desde janeiro, para quem quisesse ver, era possível perceber que não passava de uma marquetagem macabra . Mas progrediu porque se percebeu que era um caminho para ganhos de dinheiro, agindo no submundo das “representações” comerciais e das vendas clandestinas de laboratórios.
Nas planilhas mostradas pelo relator Renan Calheiros, ficou claro que ele tinha relações de proximidade e até sociedade com as empresas Precisa e Belcher, que surgiram como intermediárias nos escândalos recém-revelados de compras de imunizantes pelo Ministério da Saúde.
Wizard está se portando na CPI como aquilo que realmente é: um rato, atraído pelas oportunidades, que sempre foram sua bússola na vida.
O mentiroso, “todos os mentirosos”, na religião mórmom que Wizard diz praticar, deveria saber o que se diz deles em Apocalipse, 21:8: “o lugar deles será no lago de fogo que arde com enxofre.”