Todos são iguais perante a lei, não é?
Agora imagine a triste situação de um engenheiro da Vale que vai no banco do carona de um carro da empresa, guiado por um motorista e ambos perdem a vida, engolfados pela lama do criminoso desmoronamento da barragem de rejeitos em Brumadinho.
A família do primeiro, cujo salário ultrapassa o teto do INSS, usado como base de cálculo, receberá da empresa, como indenização trabalhista por ter morrido em função de “ofensa de natureza gravíssima” praticada pelo empregador, R$ 292 mil.
A família do motorista, que ganhava salário mínimo, receberá R$ 49 mil, no máximo.
Se o mal do rompimento da barragem foi grande, ao menos evidenciou esta crueldade da reforma trabalhista de Michel Temer, a que Jair Bolsonaro quer aprofundar com a “carteira verde-amarela”.
O novo presidente da Ordem dos Advogados, Felipe Santa Cruz, dá um bom sinal quando tira a entidade do marasmo em que estava e apresenta ação ao STF para derrubar esta monstruosidade.
Que ao menos na morte não sejamos diferentes.
7 respostas
Brumadinho e não Sobradinho.
Ato falho, corrigido
Ufha!!! Finalmente a OAB parece ter voltado a ser a Instituição aguerrida que sempre foi, fazendo jus a sua história. Ainda bem que acabou o mandato daquela “administração” insignificante.
Onde está SOBRADINHO leia BRUMADINHO
Sobradinho ? é que Sobradinho também é uma barragem da usina da CHESF (que também querem privatizar ) em Paulo Afonso…..
Depois de “fazer” o que NÃO fez, ou seja, melhor dizendo, colaborar passivamente com tudo isso que hoje está aí, não adianta muito a OAB querer espernear agora. Perdi, e acredito que muitos também perderam, todo o respeito por ela e/ou pela função/profissão de advogado/a. Jogou toda a grande credibilidade dela fora.
Até que em fim um cabra macho entre tantos galinhas por aí. Espero que dure nessa lambança que vivemos.