Pastor pedia ‘dizimo’ de 1 kg de ouro por ‘lobby’ no MEC, diz Estadão. Ouça

Um ingrediente de peso no escândalo dos “pastores do MEC” deve ser a manchete de capa do Estadão amanhã: o prefeito da cidade de Luis Domingues, no Maranhão, Gilberto Braga (PSDB), disse que o pastor Arilton Moura pediu o pagamento de R$ 15 mil antecipados para protocolar as demandas da prefeitura e mais um quilo de ouro após a liberação dos recursos.

Arilton, junto com o também pastor Gilmar Santos, é um dos dois “amigos de Jair Bolsonaro” a quem o ministro da Educação, em áudio obtido pela Folha, prometeu atendimento prioritário em liberação de verbas da Educação.

O prefeito gravou a afirmação em entrevista ao Estadão (veja abaixo) e deu uma informação preciosa: tem o número da conta bancária na qual ele e outros prefeitos eram orientados a depositar a “entrada” da propina,

Se o Ministério Público ou a Polícia Federal tivessem movido uma palha, a esta altura a conta estaria bloqueada e devassada atrás de indícios confirmatórios da falcatrua.

Até porque a Folha traz um quadro com as prefeituras, em geral de cidades pequenas, que são as campeãs de liberação de verbas do MEC, a grande maioria sem terem sequer os projetos e a documentação necessários para a realização de obras e, na maioria, com dotações fracionadas, a fim de não chamarem a atenção, todas à conta do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, o FNDE, onde pastores e Centrão mandam e desmandam.

Um quilo de ouro, que vale cerca de 310 mil reais, é coisa de quem sabe dividir e guardar dinheiro em pouco espaço, discretamente.

 

 

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