Paulo Guedes é um cadáver no governo

 

Você pode medir a situação de um ministro da Economia não apenas pelo que ele fala, mas por que canais ele escolhe falar.

Paulo Guedes está somando medo ao furor no mercado financeiro, já abalado pelo bolsonomics heterodoxo do presidente da República, que não conseguiu, até agora, perceber que economia é um sistema de vasos comunicantes, que não pode ser administrado comprimindo ou aspirando líquido por um tudo apenas , ao dizer que “o Brasil pode se tornar uma Venezuela” em pouco tempo, numa entrevista a um suposto youtuber de investimentos, que apregoa numa série de vídeos que está “rumo ao bilhão”.

Na verdade, é um “cover” da XP Investimentos que, por sua vez, é um emaranhado de participações do Banco Itau. E, é claro, tem a credibilidade que merece um personagem do personagem do verdadeiro personagem econômico. Mas, por outro lado, tem a garantia de um interlocutor “comportado”, que não vai tocar nas “verdades inconvenientes”.

Só que a Folha deu repercussão à frase irresponsável sobre “venezuelização” e isso nos custou, segundo o Estadão, mais US$ 2 bilhões (R$ 11,4 bi) em reservas internacionais torradas pelo Banco Central para segurar o dólar a R$ 5,70.

Jair Bolsonaro está sendo contido cada vez com mais dificuldades pela ala do governo que suplica que ele “baixe a bola” de suas intervenções econômicas. Hoje ele convocou e “desconvocou” uma rede nacional de televisão para, supostamente, anunciar medidas econômicas.

O mercado finge que acredita que Paulo Guedes e suas reformas neoliberais estão vivas “apesar de o Bolsonaro estar atrapalhando”.

Mas sabe que elas já eram e se tem um cadáver político apodrecendo na sala é o do ministro da Economia.

 

 

 

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