Petrobras desafia Bolsonaro e aumenta combustíveis em 5%

Deve ter subido a temperatura, apesar do ar-condicionado, no 4° andar do Palácio do Planalto.

Num claro sinal do “vai ter de me aturar até o dia 20”, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco liberou a decisão da Petrobras de aumentar em 5% o preço do diesel e a quase isso (4,7%) o da gasolina, mesmo depois de terem sido os reajustes frequentes a causa da decisão de Jair Bolsonaro de por o dedo – neste caso o general Luna e Silva – na petroleira.

Quem quiser, pode entender o recado da insolita camiseta usada por Castelo Branco – onde se lia Mind the Gap – como um aviso para que Bolsonaro levasse em conta o intervalo de tempo entre sua decisão de intervir na empresa e a capacidade de tornar isso um fato.

Foram apenas 11 dias entre o anúncio do último aumento, dia 18, para este e há espaço – mind the gap, não é? – para que venha pelo menos mais um, porque o petróleo nos mercados mundiais eleva seus preços (agora, +1%) e o dólar tem relativa estabilidade (+ 0,2, agora).

Vai ser difícil aos prudentes do governo convencerem o capitão a fazer “cara de paisagem” diante da decisão da empresa.

 

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