Pressão no preço do diesel é problema para privatizar refinarias

Jair Bolsonaro voltou a dizer que “alguma coisa vai acontecer na Petrobras”, por conta dos sucessivos reajustes de preço.

A ameaça presidencial levou a uma perda de quase 7% no valor de mercado, expresso por suas ações em bolsa, aqui e lá fora.

O preço do petróleo está perto de 20% mais caro que há um ano, o dólar estava 15% mais barato. Mas não é este o problema aos olhos do pessoal do dinheiro.

O “mercado” reclama não que o diesel esteja caro, mas porque, está, na visão deles, “barato”.

R$ 0,48 por litro abaixo do que deveria estar custando para igualar-se aos preços do óleo vendido na região do Golfo do México.

Para igualá-lo, teria de subir, aqui, algo como 15% além do que é cobrado hoje.

Nem é preciso dizer o que isso representaria nos preços dos produtos transportados a custo de diesel.

Jair Bolsonaro está com a faca no pescoço diante da perspectiva de um locaute dos caminhoneiros, de quem é refém desde que apoiou, em 2018, a paralisação das rodovias brasileiras.

Os líderes da categoria seguram o quanto podem a insatisfação da categoria, que amarga um aumento de 27% no combustível. O alívio no preço ocorrido no início da pandemia não chegou a aliviá-los, porque caiu o movimento de mercadorias.

Paulo Guedes tenta segurar como pode seu indicado, Roberto Castello Branco e, sobretudo, manter seu projeto de vender as refinarias da Petrobras.

Com preço baixo – na visão do mercado, defasado e “barato” ameaça-se “melar” a venda.

Por isso, só o que Bolsonaro pode fazer, além de remover os impostos federais no combustível – uma parcela pequena – e tentar jogar a culpa nos governos estaduais.

 

 

 

 

 

 

 

 

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