Problema sério no Brasil é outro PIB: o Pensamento da Imprensa Burra

Vocês me desculpem se não sou muito gentil neste comentário. Mas não é possivel assistir sem indignação a sabotagem que se fez, ao longo de todo este ano, contra o Brasil.

Passamos 2013 entre o “estouro da inflação” e a fatalidade do “pibinho”.

Mês a mês, uns poucos tiveram coragem de contestar esta “onda” catastrofista que aterrorizou consumidores, investidores e trabalhadores.

Boa, mesmo, ela só foi para os especuladores, que empurraram, docilmente, o Banco Central a uma alta de juros mais que danosa a um país que, pelas suas dimensões e potencialidades, precisa de imensos recursos para financiar seu desenvolvimento.

Não somos um país endividado, hoje. A contrário, nossas contas estão mais hígidas, sob este aspecto, que a da grande maioria dos países desenvolvidos. Nossa dívida líquida (excluídas as reservas cambiais) está pouco acima de um terço de nosso PIB, contra outras que superam todo a criação de valor durante um ano, na maioria das nações.

Mas a economia brasileira vive sob o fogo cerrado dos “velhos do Restelo”, que proclamam o desastre a cada dia e o fim dos tempos em breve.

A impresa brasileira comemora, desavergonhadamente, cada “vitória” de desmoralização imerecida de nosso país, seja a capa da The Economist seja a baixa de “nota” das agências de risco internacionais – aquelas mesmas que foram pegas de calças curtas pela crise de 2008 – à nossa maior empresa, a Petrobras.

Chegam a apontar nossa petroleira quase que numa situação pré-falimentar –  Sem recursos suficientes, Petrobras se endivida demais – Estatal terá que aumentar geração de caixa ou adiar projetos –  quando ela está na iminência de (claro que com grande esforço de caixa) se tornar símbolo do nosso controle sobre o campo de Libra, um dos maiores do mundo.

Será que está sem crédito no mercado uma empresa que, há menos de cinco meses,  fez  a maior emissão de títulos corporativos da história nos mercados emergentes, vendendo nada menos que US$ 11 bilhões em títulos, com vencimento entre 2016 e 2043, pagando os menores juros entre os papéis já colocados no mercado em sua história?

Tudo para forçar um aumento no preço dos combustíveis que desgaste politicamente o governo e reacenda as expectativas inflacionárias que ela, a mídia, soprou de fole o ano inteiro.

Mas a nossa imprensa não tem vergonha de ser desmentida pelos fatos. As matérias de hoje, mostrando que, em menos de um mês, o “mercado” revê para cima as expectativas de crescimento do PIB e não vê tendência de aumento de preços.

Acham que os leitores e espectadores dos programas de rádio e de televisão esquecem facilmente tudo o que dizem.

Em parte é verdade, mas em parte também vão desgastando a credibilidade do jornalismo brasileiro, que vai cada vez sendo menos acatado e considerado pela população.

Um dia, como na genial história d’O Poço do Visconde, de Monteiro Lobato na sua saga para dar petróleo ao Brasil, o povo vai acabar fazendo o que se fez ali com os que teimavam que aqui não havia petróleo:

(…)agarrou os “caxambueiros” (como eram conhecidos esses marotos) e os fez passear pela cidade com caraças de burro na cabeça — e no fim da passeata os jogou na lama dos mangues para serem comidos pelos sururus.

Quando o servilismo aos interesses dominantes supera a capacidade de análise e a preocupação com o país, a burrice se soma à traição à coletividade, a qual o jornalismo tem de servir, como qualquer outra profissão.

 

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14 respostas

  1. So acho que se essa midia mequetrefe for capaz de aterrar o mar de beneficios que o PT, fez no Pais! Paciencia! Que o povo coma o que gosta.

  2. Correta a analise.
    Mas faltou apontar que o próprio governo, através da SECOM, não faz nada ou melhor continua torrando milhões exatamente naqueles que não vão nunca se remendar.

  3. Parabéns, de Urubologos e Urubologas estamos cheios, principalmente com os indignados com o progresso do povo.

  4. Outro problema e que, entre uma eleicao e outra, a midia comprada faz campanha eleitoral o tempo todo atacando os adversarios. Ai de nos se nao fossem os blogs.

  5. Excelente! Obrigada por nos propiciar tão alentadora leitura. A ditadura do pessimismo, da maioria da imprensa está cada dia mais insuportável!!!

  6. ENGANA-SE QUEM ACREDITA QUE A IMPRENSA HOJE CONSEGUE REVETER FATOS CONCRETOS NA VIDA DE MILHÕES DE BRASILEIROS ESPECIALMENTE OS MAIS POBRES – É UM CONTRA SENSO ESCREVER O QUE NÃO REPRESENTA A REALIDADE VIVIDA POR MILHÕES DE BRASILEIROS – APENAS AUMENTA O DESCRETIDO DO JORNALISMO BRASILEIRO – CONTRA FATOS NÃO EXISTEM ARGUMENTOS – E É NAS URNAS QUE POPULAÇÃO A POPULAÇÃO DÁ A RESPOSTA AO JORNALISMO QUE MERAMENTE TINGEM PAPEL COM TINTA AO INVÉS DE INFORMAR

  7. EXISTE SIM ULTIMAMENTE UM ATAQUE DO PRÓPRIO JORNALISMO BRASILEIRO CONTRA O BRASIL ESPECIALMENTE PELA REDE GLOBO QUE É ESTATAL ANGLO AMERICANA INSTALADA NO PAÍS. AS SUAS INTENÇÕES SÃO DESCARADAMENTE CLARAS.

  8. A MATÉRIA É ESCLARECEDORA ULTIMAMENTE OS COMENTARISTAS ENCONÔMICOS ESTÃO VIVENDO O PRE APOCALIPSE, LER SEUS COMENTÁRIOS SE TORNOU UMA SESSÃO DE Alfred Hitchcock, ESTÃO TODOS EM UM TERRÍVEL SUSPENSE, PARECE QUE ESTÃO ANDANDO PELO VALE DA SOMBRA DA MORTE, SÓ FALTAM TERMINAR SEUS COMENTÁRIOS COM A EXTREMA UNÇÃO.

  9. Prezados combatentes…
    Só quero dizer uma coisa: quero manter minha luta, na vida e na política. Manter minha saúde e viver até o dia em que os brasileiros estarão livres desta MALDITA imprensa (salvas as honrosas exceções)

  10. Em uma mensagem a um jornalista aqui da terra, usei uma afirmação do jornalista Gleen Greenwald sobre a isenção da imprensa. Disse que não cobrava isenção de uma empresa jornalística, cobrava apenas honestidade! Expliquei que, exatamente por ser uma empresa, uma organização jornalística está condicionada aos seus interesses e aos interesses dos grupos que a sustentam, claro. Mas que isso não a torne desonesta na veiculação dos seus conteúdos. Isso tudo porque o nosso jornalista da província setentrional, publicou uma nota dando conta da visita de um conhecido dele a Cuba onde, de um “popular” ouviu que com o programa mais médicos iriam faltar mais médicos na ilha de Fidel. Lembrei-o que isso era uma inverdade, que a execrada ilha do caribe pode até não ser um exemplo de respeito aos direitos humanos, mas que o seu sistema de saúde é referência mundial reconhecido pela ONU…
    Claro que o jovem jornalista ofendeu-se por chama-lo desonesto e negou-se a continua o debate. Até hoje, fico a me perguntar o “porque” ele não esclareceu que seu conhecido e o popular cubano não eram fruto da sua fértil imaginação!
    Assim funciona nossa imprensa corporativa!!!

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