Provocações do governo ajudam a lotar manifestações

Em todas as regiões do país, a crescente afluência de pessoas para os atos em defesa da educação tem, certamente, alguma contribuição da estupidez com que, lá dos Estados Unidos, o senhor Jair Bolsonaro se referiu aos manifestantes.

É o mesmo que você verá, daqui a pouco, na Câmara dos Deputados, com as reações à maneira autoritária e arrogante com que o encarregado da Educação, Abraham Weintraub está fazendo sua apresentação.

Não há, no Presidente e no ministro, qualquer sinal de desejo em abrir um debate para formular um projeto educacional – afinal, a não ser o corte de verbas e abrir uma meia-dúzia de colégios militarizados.

Fez pouco do ensino superior, como se este fosse o responsável pelas deficiência pelos outros níveis de ensino.

Não passou de uma arrogante desqualificação que fez de todo o esforço de ampliação da universidade pública e dos institutos federais de tecnologia, que até as pedras da calçada sabem que tiveram um imenso impulso nos governos Lula e Dilma.

A claque do PSL e do Novo, aplaudindo sua fala, qualquer que fosse, não vai disfarçar o fiasco e o despreparo.

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7 respostas

  1. às ruas cidadãos, deixemos as “redes sociais” para os golpistas reais, para os da blogosfera e para os da loucosfera. É nas ruas que podemos sair de nossa paralisia e mudar nosso destino. Parabéns a todos!

    1. É agora que sentiremos a que ponto os olavistas/lavajatistas estão controlando as comunicações. Quais os meios que estão dominados por eles. Procure alguma coisa sobre a manifestação no You Tube. Não há quase nada, e o que há é material brevíssimo e truncado. Há toda sorte de diversionismo de extrema-direita. Vê-se inclusive destaque para vídeos marotos que supostamente fazem análises imparciais e no entanto o que estão querendo é minimizar, maquiar e esconder a importância do evento. quando eles se referem ao poder bolsonariano como “o Palácio do Planalto”, é que você percebe quem são na realidade. Mas tudo isso já deveria ter sido levado em conta antes da manifestação e o foi de fato. Seu tamanho ficou impossível de ser encoberto pela lençol curto da mentira de extrema-direita.

      1. me preocupo sempre mais com os golpistas puro sangue (mercado, mídia e máfia tucana) do que com os golpistas pangarés (bolsonerianos, milicianos de toga e de 38tão)

    1. Porque será que a grande imprensa agora não está na organização e nem na divulgação “das manifestações”, e porque será que dessa vez o prédio da Fiesp não está distribuindo lanche grátis e nem pedindo o impeachment com seus luminosos? Estranho não?

  2. Estão focados e não arredarão pé de seu objetivo: Desconstruir. Acabar com ensino público, e reduzir o privado a níveis antediluvianos, para ficar no terreno bíblico. Em 1964, também quiseram acabar com o ensino público no Brasil. Viram que não seria possível e então tentaram tirar do ensino toda e qualquer possibilidade de formação de cidadãos conscientes, assim como toda e qualquer possibilidade de formação de senso crítico, chegando mesmo a propor o fim do ensino de História e Geografia. Foi o nauseabundo Acordo MEC – USAID. Ainda bem que os militares no poder perceberam que estavam a formar apenas gente descerebrada, e romperam o acordo em 1968. Mas a investida de hoje é mil vezes mais atrevida e mais destruidora. Querem mesmo acabar com qualquer possibilidade de que os brasileiros de amanhã possam pensar sobre sua própria condição de escravizados.

  3. A inveja é um dos piores sentimentos do ser humano. Como o acesso as Universidades e Institutos foram uma das grandes conquistas dos brasileiros nos governos do PT, vamos extinguí-las para que o povo não lembre do que haviam conquistado. Mas o pior nessa situação é que a “criatura invejosa” não tem projeto algum pra nada. É desconstruir por prazer mesmo.

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