Quarta-feira de brasas para a economia

Mercados fechados ou fechando no exterior, já é possível ver a impacto que teremos, amanhã, no mercado financeiro brasileiro e nos preços das commodities que, se dão mais dinheiro aos exportadores, refletem-se impiedosamente nos nossos preços internos.

O petróleo subiu cerca de 10% no exterior. Quando a Petrobras fez seu último reajuste, o barril do tipo Brent custava 85 dólares. Está, agora, a 107, quase 26% de aumento.

Ainda que o dólar permanecesse a R$ 5,15 – e não vai permanecer -, um pelo outro, significa um desnível de 17,8%.

Trigo, soja e milho, entre outras mercadorias, tiveram aumentos expressivos, que vão influir nos preços ao consumidor brasileiro.

Este, porém, é o melhor cenário, por agora.

Pode piorar, se houver de fato a grande ofensiva russa esperada para as próximas horas. Pode sofrer um alívio se a entrada da China na mediação entre Rússia e Ucrânia, embora isso não pareça próximo, ainda que seja a melhor chance que tem, agora, a pacificação.

Mas é preciso reconhecer que estas chances não são grandes, porque é muito difícil que se possam fazer os recuos necessários – retirar as sanções à Russia e dar garantias de que a Ucrânia não se incorporará ao cerco atômico da Otan ao país – sejam mais difíceis do que as tropas deem passos atrás.

 

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