Todos esperavam um tombo forte logo na abertura do pregão da Bovespa, mas o movimento de queda das ações da Petrobras – e de todas as estatais, em menor escala – só está se aprofundando e, neste momento, passa dos 20% .
Claro que, como os especuladores estão em movimento, há “forçação” de barra nestas cotações, mas dois outros preços deixam mais difícil e custosa para a empresa a intenção de Jair Bolsonaro de rebaixar os preços dos combustíveis. O dólar sobe 2,4%, a R$ 5,51, e o petróleo outros dois por cento.
Como os dois são indexadores do preço dos combustíveis, só hoje o salto beira os 5%.
Eletrobras, em razão do “dedo na tomada” prometido por Bolsonaro, cai 7% e Banco do Brasil, em razão do receio que o ex-capitão aproveite a oportunidade do “bundalelê” nas estatais para fazer “rodar” a diretoria do banco, tomba acima de 10%.
Nos cálculos de valor de mercado – que nada têm a ver com valor real, mas estão sempre nas contas dos financistas – as três empresas perderam algo pouco acima de R$ 100 bilhões, apenas hoje, R$ 125 bilhões se considerada a queda de sexta-feira.
O mercado não está “irritadinho” com Bolsonaro, está, para usar a linguagem presidencial, puto da vida.
Deveriam estar com eles próprios, que apostaram num cavalo xucro, achando que era um burro manso.