Não dá para listar aqui a multidão de demitidos do governo Bolsonaro em apenas cinco meses.
Na semana que se encerra, dois presidentes de estatais (Correios e BNDES), um de órgão relevante (a Funai) e um ministro de Estado foram para a rua em três dias.
Exceto pela “missão” dada ao substituto do general santos Cruz, de financiar a “bolsonosfera”, pouco ou nada se sabe do que se pretende para os comandos tornados vagos.
É especialmente grave o caso do BNDES, praticamente o único órgão de fomento econômico do Estado brasileiro, hoje. Levy, sabe-se, opunha-se a uma descapitalização velor do banco, para arranjar recursos meramente contábeis para melhorar as contas, sem efeito monetário, porque eram títulos do Tesouro, perdoem o pleonasmo, entesoudados, apenas em caixa.
É claríssimo que o corpo técnico do banco está retraído e isso atrasa o pouco que se tem de financiamento à economia produtiva.
No caminho do PIB Zero, isso é um desastre maior do que seria em tempos mais prósperos.
Mas não é só no BNDES. Em todas as áreas do governo, impera um clima de medo, quase terror.
Ser “dedurado” como esquerdistas, cair na desgraça do grupo olavista ou na do próprio Presidente é algo que trava ainda mais os órgãos públicos já travados pela escassez de recursos.
É um método primário de administrar, o de governar pelo medo e não pela liderança.
O autoritarismo presidencial exponecia a paralisia da administração.
11 respostas
Eu pagava prá ver ele demitir o general que colocou no lugar do Santos Cruz.
Surrealismo tupiniquim
“Ceci n’est pas une Gouvernement”
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http://www.cachimbo.pt/home.png
Depois do “piti” do gal. Heleno, e após tomar conhecimento que Toffoli já teria borrado as calças tirando de pauta a questão da segunda instância, sugiro trocar o lema da bandeira “ordem e progresso” por “é no grito”.
O autoritarismo, a arrogância e incompetência são qualidades inerentes desse homem. Daí a sua incapacidade de algum funcionário lhe agradar.
Ficarão os puxa-sacos com vocação de serem tratados como lixo.
Levando em conta que já está confirmado que uma quadrilha afastou ilegalmente e criminosamente da eleição de 2018, pergunta-se: QUAL A ATITUDE DO STE, que é o responsável pela lisura do pleito?
QUAL A ATITUDE DO STE?
Além do processo normal e futura prisão dos criminosos, é claro.
O mais ridículo, é que o “ex-futuro” diretor de Mercado de Capitais do BNDES, não tem nada de petista ou esquerdista.
O cara foi sócio do Arminio Fraga, na Gávea Investimentos, por 7 anos. E, segundo a mídia, ia para o BNDESPar com a missão de se desfazer de diversas participações societárias que o banco tinha, nas empresas.
A motivação para a demissão de Levy, obviamente, se dá mais pela alucinação dos mercadistas, de que ele não estava tendo “competência” suficiente para descapitalizar o banco em ritmo acelerado e detonar com o Fundo Amazônia.
Volto a dizer: o País caminha para transformar-se definitivamente em uma democracia iliberal, apenas com um “direito de voto” de fachada e dirigido, e com todas as estruturas democráticas e de direitos civis desmontadas à luz do dia, sob os aplausos e uivos do bolsonarismo-raiz, que mal pode segurar a ansiedade em começar a patrulhar as ruas, caçando “comunistas”, minorias e tudo que lhes ofenda a “sensibilidade”. A parte pragmática do golpe está sendo esfacelada pelas denúncias contra a República de Curitiba, que só existe graças à manipulação da opinião pública pelos meios hegemônicos de comunicação. A outra parte do pragmatismo, o econômico, está sendo implodida pela absoluta incapacidade de lida política de seus integrantes e do bolsonarismo-raiz, que coloca o Congresso em posição de defesa e no campo oposto a suas demandas. A ala dos néscios (os filhos olavistas, chanceler antidiplomático, “jegue kelly”, a louca da goiabeira, os ex-PMs da Câmara e Senado) sentiu a chance de se apropriar do golpe para satisfazer seus mais primitivos instintos (e põe primitivos nisto!). Questão de tempo até que, acuado pela perda de apoio da mídia venal e percebendo que sua base de sustentação popular é menor do que pensava, o ex-tenente diga: “temos de impedir o retrocesso e a volta do comunismo que tenta retomar o País” e parta para o fechamento do regime. Aí veremos com quantos paus se faz uma ditadura fascista…
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Não, não é na Hungria ou Venezuela. Foi na av. Paulista, pouco antes do impeachment de Dilma
Depois do “piti” do gal. Heleno, e após tomar conhecimento que Toffoli já teria borrado as calças tirando de pauta a questão da segunda instância, sugiro trocar o lema da bandeira “ordem e progresso” por “é no grito”.
Excelente a foto, vai pra galeria…..mas na verdade o Bozo está mais para a alucinada Rainha de Copas !!!!
Fernando,
O Bolsonaro está demitindo o que resta de bom senso no governo. Só vai sobrar quem se alinha aos radicais.
Meu palpite? Ele está preparando a tentativa de golpe, que deve acontecer a qualquer momento.
Quem não topar está sendo defenestrado.
A jato.
Está parecendo a Dilma que demitia ministro pelas notícias do PIG e se vangloriava ao ser chamada de “gerentona”… Dilma trouxe a cartilha neoliberal para o governo ao nomear e proteger Levy, trouxe o programa econômico de Aécio derrotado pelas urnas e substituiu sem pudor o plano vitorioso.
Hora de dizer as verdades sem “ismos” ou paixões…