Quem disse que “o pior passou”, Bolsonaro?

Hoje, usando mais uma vez um quartel como palanque, Jair Bolsonaro disse que foi no “ano passado, pelo que tudo indica, o ápice dessa malfadada pandemia“.

É a mesma atitude que teve no dia 5 de maio do ano passado, quando o país tinha “apenas” sete mil mortes – hoje tem mais de 247 mil! – ao afirmar que “o pior já passou”.

Repetiu a mentira várias vezes de lá para cá e continua fazendo isso quando o país há mais de um mês registra médias acima de mil óbitos diários.

Infelizmente, o jornalismo brasileiro, que é pródigo em projeções até nos campeonatos de futebol, com matemáticos prevendo quantos pontos cada equipe fará nas próximas rodadas, não se encarrega de mostrar que não é “o pior já passou” a nossa situação.

O IHME – Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde – da Universidade de Washington, instituição que, se não bastasse esta qualidade, recebe apoio de ninguém menos que Bill Gates – refez suas projeções para o número de mortes no Brasil e estimou-as em quase 360 mil até 1° de junho.

Simplificando a equação, como se diz nas aulas de matemática: 110 mil pessoas morrerão em pouco mais de três meses. Isso se as novas variantes que se espalham não nos brindarem com uma curva ainda mais acentuada.

Mas isso é uma bobagem, todo mundo vai morrer um dia, mesmo, não é?

 

 

 

 

 

 

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