Quem entra em ‘luta de classe’ são os mais ricos

O corte por renda das intenções de voto reveladas na pesquisa Datafolha dá margem a que se diga que, no Brasil, quem gosta de luta de classes, no Brasil, mesmo, é a elite.

É impressionante como, mesmo sendo Jair Bolsonaro sendo o desastre que é e de estar evidente que sua continuidade vai acabar de afundar as esperanças do país, entre os mais ricos, se é que se pode chamar de “rico” quem tem renda acima de cinco ou de dez salários mínimos.

(Não passam de 5% da população, mas a pobreza generalizada faz muitos deles serem “ricos em pensamento”, enquanto lutam para rolar a dívida do cartão de crédito)

Nada, senão o ódio, explica o fato de Jair Bolsonaro ainda ter o apoio de um terço deste grupo, ou a metade, porque, somado aos que se declaram eleitores de Moro e, portanto, da mesma política que o uniu ao atual presidente.

E, claro, indiferentes ou hostis ao verdadeiro grito de socorro que parte do povão ao escolher Lula como a sua esperança para sair do inferno que foi colocado.

No fundo, é isso o que torna tão comum nestes grupos o desapego à democracia, porque ela confere às maiorias o direito de decidir e, como os pobres – e mesmo os muito pobres – são a imensa maioria.

Querem um presidente que olhe para eles, nada mais.

E isso, para os energúmenos, é “ser comunista”.

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