Refinaria na Bahia mostra que, com privatização, combustível é mais caro

O Estadão publica um ranking do preço médio apurado pela Agência Nacional de Petróleo, medido na semana passada e , portanto, antes da entrada em vigor do último reajuste da Petrobras.

E a Bahia é o estado com maior preço – R$ 8,037 – por uma razão muito simples, que o jornal não menciona.

É que a maior parte do combustível vendido nos postos baianos vem da Refinaria Landulpho Alves, em Mataripe, a 60 km de Salvador.

A refinaria, a primeira construída do Brasil, agora é privada, vendida a um fundo de investimentos de Dubai, nos Emirados Árabes, pertencente à Mubadala Investment Company.

E cobra mais caro que a base de distribuição da Petrobras em Pernambuco, a unidade mais próxima onde se poderia, alternativamente, comprar o combustível.

O preço do diesel na Acelen, quando o cobrado pela Petrobras passou para R$ 5,61 na refinaria, subiu para R$ 6,11, quase 9% mais caro.

Este discurso sempre usado – e repetido pelo Ministro de Minas e energia, hoje, na Câmara, que a “competição” baixa os preços é uma história para boi dormir, porque o frete e a própria logística de poucos pontos de venda – como são as refinarias – não pode funcionar.

Seria, além de irracional, inviável abastecer a Bahia apenas com derivados vindos de São Paulo ou do Paraná.

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