Relação fraterna de Lula com Boulos põe pressão no PSB

A indicação de Guilherme Boulos para integrar – ao lado do presidente do partido, Juliano Medeiros e a deputada Talíria Petrone – a comissão que articulará o apoio ao candidato petista nas eleições de outubro é um forte sinal de que a aliança entre o PSOL e o PT vai muito além de um arranjo eleitoral transitório.

A relação entre Lula e Boulos vai muito além disso e é provável que o ex-presidente conte com ele para as contrapressões de que precisa ao abrir sua candidatura para forças de centro e até centro direita, sabendo que, mesmo na divergência, poderá contar com uma postura leal e franca nas discussões.

Até mesmo para oferecer ao PSOL o protagonismo em algumas questões da pauta que anunciaram oferecer a aliança – aumento dos gastos sociais, reformas trabalhistas, meio-ambiente e pressão por justiça tributária.

Lula tem em Boulos e em Haddad a perspectiva de continuidade geracional e capacidade de crescerem politicamente pela ampliação dos diálogos políticos.

E sabe que esta aproximação é um alerta poderoso ao PSB, que está forçando tanto a mão para fechar a federação com os petistas que pode ficar completamente ‘a pé” nas eleições, sejam as nacionais, sejam as paulistas, confirmando-se os apoios à esquerda, com Boulos, e à direita, com Alckmin e Gilberto Kassab e seu PSD.

O ex-presidente não criará nenhum dificuldade para os psolistas e conta com eles para ampliar, quando chegar a hora, para reforçar “a rua” de sua campanha.

 

 

 

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