O anúncio de que foi cancelada a reunião da Comissão da Previdência, na qual seria feita a leitura da complementação de voto do relator Samuel Pereira confirmou o que se disse ontem, aqui.
É praticamente impossível que se aprove o parecer a tempo de que seja levado à votação em plenário e, dependendo do que acontecer neste final de semana, impossível mesmo.
Terça-feira – data prevista, por enquanto, para a leitura – ainda não consta na página das comissões na Câmara a convocação – terão de ser votados os requerimentos de adiamento da votação.
O teor bélico e o tamanho das manifestações pró-governo chamadas para domingo tornam uma loteria saber se o centrão se animará a subscrevê-los.
Até agora, os atrasos não podem ser jogados à conta da oposição e já está claro que o próprio Rodrigo Maia, embora dizendo o contrário, os ajuda a acontecer, na base do “sem querer, querendo”.
Há impasses a granel: regras vantajosas para categorias policiais, professores, regras de transição, pensão por morte, inclusão do funcionalismo estadual e municipal, numa fila a perder de vista.
Terminar a votação na semana que vem, só com atos de força que, ao menos até agora, o presidente da Comissão, Marcelo Ramos, não parece propenso a tomar.
Mesmo que se aprove a reforma na comissão antes do recesso – isso, sim, é possível – há pouquíssimo espaço para votar em plenário na última semana de sessões.
Fica para agosto. E o que o Brasil será em agosto, ninguém pode imaginar.