Temer prepara açougue para Janot; Gilmar vai sobre Fachin

bifeinferno

Até para alma de Teori Zavaski o Ministro Gilmar Mendes apelou hoje, numa avant-première do circo que teremos amanhã no julgamento do pedido de suspeição de Rodrigo Janot:

O STF está enfrentando um quadro de vexame institucional. Certamente, no lugar onde está, o ministro Teori está rezando por nós, dizendo: Deus me poupou desse vexame. Nós estamos vivenciando um grande vexame, o maior que já vi na história do tribunal “.

Como era sessão da Turma e não do Plenário, sem transmissão pela TV Justiça, Gilmar  ainda se conteve. Mesmo assim,  disse  a Fachin que “ter sido ludibriado por Miller (o ex-procurador da República Marcello Miller, acusado de ter atuado para o grupo J&F antes mesmo de se desligar da PGR) e et caterva (e comparsas) e ter tido o dever de homologar isso deve-lhe impor um constrangimento pessoal muito grande nesse episódio”.

Fachin, fiel à miudeza que o caracteriza, saiu pela tangente, dizendo que julgava pela prova dos autos e que sua alma “está em paz”.

Além das palavras, atos estão sendo preparados. Especialmente o açougue que será a CPMI da JBS, que mais bem seria batizada se fosse chamada do “JJ” – Joesley e Janot – porque os dois terão suas vísceras reviradas e suas carnes e honras retalhadas.

O presidente e o relator da CPMI – Ataídes Oliveira e Carlos Marun – são tropeiros de choque de Michel Temer e até na base governista (ao menos formal) o caso já gerou encrenca: dois senadores, Otto Alencar (PSD) e Ricardo Ferraço (PSDB) renunciaram a suas cadeiras na comissão, por conta de um encontro entre Ataídes e Temer no sábado, com o pretexto oficial de discutir a situação da BR-153.

Já Marun, que todos conhecem, deixou o coronelato de Eduardo Cunha para assumir o generalato na tropa de choque de Temer.

Quem gosta de baixarias, vai ter um prato cheio nos próximos dias.

 

contrib1

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30 respostas

  1. Tem que ser dado um basta nessa quadrilha do PMDB,o povo não quer mais ouvir esses escribas fedorentos falando de democracia

  2. Carne, corrupção, intrigas e podres e velhos poderes. Misturando isso tudo à CPI do açougue já se tem um revival da série Dallas. Mau caráter e que não falta.

  3. Depois que o STF rasgou a Constituição Federal para chancelar o Golpe parlamentar de 2016, o o Brasil se tornou um território sem ordem, sem lei e sem direção. O STF tá pior que prostíbulo, tá a maior esculhambação, uma verdadeira zona.

    O atual corpo de ministros do STF será certamente lembrado nos anais da Justiça brasileira como a página mais suja, triste e iníqua da história do Brasil.

    1. Alexandre de Morais para o STF e nova procuradora Dodge no MPF, o ladrao do Temer vai terminar o mandato em 2018 sem problemas. Eo Lula em cana !!!

      1. Ô ESQUERDA PREGUIÇOSA! III

        ***

        A ORDEM É PRENDER LULA NO DEPOIMENTO, DIZ JORNALISTA

        O jornalista Francisco das Chagas Leite Filho, que edita o Café com Política, avalia que o ex-presidente Lula será preso pelo juiz Sergio Moro, em seu depoimento desta quarta-feira; confira o vídeo
        12 DE SETEMBRO DE 2017 ÀS 08:03
        https://www.youtube.com/watch?v=oBvefspp2WU

  4. No mês de maio escrevi dois artigos, abordando falso embate entre rodrigo Janot e Gilmar Mendes, assim como o papel deles na trama golpista. Embora longos creio que vale a pena postá-los aqui. Segue abaixo o primeiro deles.
    ___________________________________________

    O falso embate entre Rodrigo Janot e Gilmar Mendes

    Quem acompanha o noticiário atendo-se apenas às manchetes ou àquilo que é destacado pelos cha-mados veículos de comunicação da ‘grande mídia comercial’ ou ainda à selva cibernética em que se transformaram as denominadas ‘redes sociais digitais’ é induzido a pensar que entre o atual ocupante da Procuradoria Geral da República, Rodrigo Janot, e o ocupante de uma cadeira no STF, nomeado por Fernando Henrique Cardoso, ou seja, Gilmar Mendes, há uma disputa e um embate, dignos de assim ser chamados.
    É bom que analistas e leitores identificados com as idéias e ideais de Esquerda não se deixem levar por esse jogo de cena e de egos, protagonizado pelos dois tucanos. Não é a primeira vez que eles estrelam esse tipo de espetáculo. No ano passado, quando Rodrigo Janot redigiu um vagabundo, ilegal e mal funda-mentado pedido de prisão contra os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá e contra o ex-senador José Sarney, usando como base uma gravação vazada à imprensa pelo próprio PGR, em que num diálogo nada republicano o senador Romero Jucá dizia que era preciso derrubar a Presidenta Dilma, colocar Michel Temer e sua quadrilha no poder, a fim de estancar a sangria da Fraude a Jato, os dois políticos sem mandato ocuparam holofotes, microfones e páginas de jornais e revistas do PIG/PPV, como se estivessem a duelar. Fui um dos primeiros a denunciar o jogo de cena e a armação que estava sendo feita. Até mesmo jornalistas experientes, como Luís Nassif e outros da blogosfera, chegaram a embarcar na manipulação. Felizmente a ficha caiu rápido e toda a trampa foi desmascarada em menos de uma semana.
    Os que somos defensores do Estado de Direito Democrático, comprometidos com a justiça e inclu-são social, devemos estar sempre alertas e não podemos nos deixar levar por essas ações manipulatórias, quase sempre ancoradas em falsos dilemas e falsas contradições entre os dois personagens que, na prática, defendem os mesmos interesses e grupo político. A diferença entre Rodrigo Janot e Gilmar Mendes não é político- ideológica ou de classe, muito ao contrário; ambos representam e defendem as oligarquias plutocráticas e são tucanos de corpo e alma. Em comum eles têm também a verborragia o ego sem limites. É bom não nos iludirmos com nenhum deles, pois para alcançar os sórdidos objetivos do grupo político que representam e defendem ou para ocuparem espaços no poder eles são capazes de manipular o Direito e as Leis, cometer abusos, arbitrariedades e ilegalidades criminosas da mais alta gravidade.
    Importante lembrar que ao cidadão comum tudo que a Lei não proíba é permitido dizer ou fazer; o cidadão comum só comete crime se uma ou mais de suas ações for(em) tipificada(s) como crime em algum dos códigos legais. Já o servidor público é escravo da Lei e só pode agir em conformidade com o que nela é estabelecido. O servidor público comete crime por ação ou omissão se agir contrariamente à Lei, deixar terceiros agirem em desacordo com a Lei ou se ele mesmo deixar de agir como prescreve o Código. Procurador Geral da República e Ministro do STF são servidores públicos; portanto qualquer ato ou omissão deles, em desacordo com a Lei, constitui crime. Qualquer interpretação mais benevolente dos códigos legais favorece o cometimento de crimes por parte dos servidores públicos, sobretudo os de prevaricação, que numa definição sucinta pode ser resumido em “crime cometido por funcionário público quando, indevidamente, este retarda ou deixa de praticar ato de ofício, ou pratica-o contra disposição legal expressa, visando satisfazer interesse pessoal.” A essa definição acrescento o interesse político. No cometimento desse tipo de crime a disputa entre Gilmar Mendes e Rodrigo Janot é acirradíssima. Basta lembrar que os dois ficaram ‘trocando bola’, para não investigar o senador Aécio Cunha, o mais citado na Fraude a Jato como envolvido em negociatas e corrupção. Ou ainda a ilegal decisão de Gilmar Mendes, impedindo que o Ex-Presidente Lula tomasse posse como Ministro da Casa Civil, em março de 2016. A ficha corrida de ambos é extensa e ocuparia diversas páginas, se fôssemos listar todas as ilegalidades criminosas, abusos e arbitrariedades por eles cometidos.
    Desde o tempo em que era AGU, Gilmar Mendes comete ilegalidades criminosas; nessa função ele orientava servidores do Executivo a descumprirem decisões judiciais, inclusive do STF. No ocaso do mandato de FHC, o ocupante do Planalto indicou Gilmar Mendes para uma cadeira no STF, o que está em desacordo com os princípios da lisura que deve caracterizar a administração pública, como mostra até mesmo Alexandre de Moraes, em livros e artigos. E por que FHC nomeou GM para uma vaga no STF? Ora, FHC e GM sabiam que houve comprovada compra de votos para aprovação da emenda que permitiu ao primeiro concorrer a um segundo mandato; GM sabia também de todas as negociatas, propinas e corrupções que rolaram na privataria tucana. Portanto o objetivo de FHC ao nomear GM para uma cadeira no STF era o de proteger a si próprio e o grupo político do PSDB contra futuros processos e condenações nessa côrte constitucional. Pouco antes de deixar a presidência, FHC baixou um decreto segundo o qual ex-presidentes da república e ex-ministros de Estado só poderiam ser investigados mediante autorização do STF e só esta côrte poderia conduzir os processos. E com Gilmar fazendo parte do STF, esse decreto inconstitucional passou a valer e valeu até recentemente. Essa jabuticaba plantada por FHC e GM resultou na impunidade de José Serra, Pedro Malan e Pedro Parente, acusados de gestão temerária e corrupção; os prejuízos que a compra de uma petroleira argentina causaram à Petrobrás, em valores atualizados, ultrapassam R$5 bilhões.
    Gilmar Mendes, ao conceder dois habeas corpus em favor do banqueiro Daniel Dantas, preso na operação Satiagraha por tentar subornar policiais federais, agiu de forma escancaradamente político-partidária, já que DD é umbilicalmente ligado ao tucanato e participou de bilionárias negociatas da privataria tucana, que dilapidou o patrimônio público brasileiro, aumentando enormemente as tarifas do serviço público, endividando ainda mais o País, a ponto de o Brasil se tornar insolvente e ter de recorrer por três vezes ao FMI. Gilmar Mendes acusou a ABIN e o ex-diretor da PF, Paulo Lacerda, de instalarem um grampo no gabinete dele. Tal acusação e tal grampo JAMAIS foram provados, mas GM chantageou e pressionou o então Presidente Lula a afastar Paulo Lacerda. Nelson Jobim, anfitrião da reunião com Lula e GM, desmentiu categòricamente as alegações de GM, de que Lula havia pedido adiamento do julgamento da AP-470, para depois da eleição municipal de 2012. A anulação de outra operação envolvendo tucanos de alta plumagem, a Castelo de Areia, tem também as digitais de Gilmar Mendes.
    Gilmar Mendes é vingativo e os jornalistas que o criticam sabem disso; vários deles, dentre os quais Luís Nassif e Paulo Henrique Amorim, foram ou são processados por GM, que além de lhes consumir tempo e dinheiro com advogados, procura asfixiar financeiramente os blogs e atividades jornalísticas desses profissionais, mediante a cobrança de absurdas indenizações por danos morais.
    Gilmar Mendes concedeu habeas corpus ao médico Roger Abdelmassih e nem mesmo teve a cautela de exigir o recolhimento do passaporte dele ou impor restrição (como liberdade vigiada mediante uso de tornozeleira eletrônica) ao médico acusado de cometer abusos e estupro contra 56 pacientes que com ele se trataram. GM sabia que o médico tinha condições financeiras e círculo de relações internacionais que permitiriam a fuga para o exterior, o que de fato ocorreu. Nem a PF nem o MPF ou qualquer órgão de inteligência e investigação do Estado brasileiro se empenharam em saber o paradeiro do médico, que levou vida tranqüila e de luxo no Paraguai, por quase cinco anos. Quem investigou e descobriu onde Roger Abdelmassih se encontrava foi uma equipe de reportagem da TV Record.
    Foi Gilmar Mendes quem acusou o PT – por extensão os que trabalham institucionalmente no parti-do, os que foram eleitos para mandatos executivos ou legislativos, os quase dois milhões de filiados ao partido e ainda os mais de 54 milhões que nas últimas quatro eleições presidenciais votaram em Lula e Dilma – de ser uma organização criminosa. Está claro e cristalino que foi Gilmar Mendes quem cometeu crime, ao fazer essa acusação caluniosa
    Pelo exposto acima, percebe-se que GM não age como um juiz, mas como um militante político do PSDB, um anti-petista ferrenho, ocupante de uma cadeira vitalícia no STF. Naquele farsesco e midiático julgamento da AP-470, Gilmar Mendes foi um dos mais falastrões e contundentes, que seguindo a turba condenou, SEM QUALQUER PROVA, José Dirceu e José Genoíno. Portanto apenas os tolos, os ingênuos e os incautos não percebem que, ao decidir favoravelmente por um HC que pôs em liberdade provisória José Dirceu, Gilmar Mendes está antecipando lances, já antevendo que aliados tucanos podem vir a ter pedido de prisão preventiva determinado pelo juiz que conduz os processos da Fraude a Jato, na 13ª VJF de Curitiba. GM sabe que o tribunal de exceção em que se constituiu o TRF4 pode, a qualquer momento, determinar a novamente a prisão de José Dirceu e até mesmo agravar-lhe a pena, embora até hoje NENHUMA PROVA contra o ex-ministro da Casa Civil tenha sido apresentada. Isso mostra que a GM não dá ponto sem nó; ele não tomou a decisão para beneficiar José Dirceu, mas sim os aliados tucanos, caso venham a precisar.
    E Rodrigo Janot? Quem é? A que veio e quais as pretensões? Rodrigo Janot é o burocrata corporati-vo, sem brilho ou luz própria, mas que sabe manipular o submundo e os bastidores da institui-ção/corporação, de modo a satisfazer os interesses dos apaniguados, sempre em busca de mais poder, destaque e influência. Não há no currículum de Rodrigo Janot qualquer trabalho digno de nota ou destaque. Para conquistar o apoio da corporação e dos presidentes Lula e Dilma, Rodrigo Janot vestiu a máscara do republicanismo e da independência do MP, mostrando-se simpático à defesa dos direitos difusos, uma atribuição constitucional do MP muito cara aos governos e partidos de Esquerda. Como demonstrou Eugênio Aragão em carta aberta ao PGR, publicada há alguns meses, e antes havia sugerido ou demonstrado parcialmente o jornalista Luís Nassif, Rodrigo Janot não tem fidelidade a causa alguma que não seja a obtenção de mais poder e influência para si e para a corporação a que pertence, que ele usa e manipula, para conseguir mais e mais poder e influência.
    Luís Nassif mostrou que Rodrigo Janot, originalmente pertencente ao grupo dos chamados tuiuiús, ou seja, um grupo de procuradores do MPF que procurava se distanciar daquele encabeçado por Geraldo Brindeiro, que ficou conhecido nacionalmente como ‘engavetador-geral da república’, pelo fato de sentar em cima engavetar ou arquivar todos os processos que envolviam agentes do governo tucano de FHC, vestiu essa camisa apenas para conseguir prestígio, influência e se aproximar dos presidentes Lula e Dilma. De fato, Janot conseguiu enganar a Presidenta, que não só o nomeou para a PGR – já que ele fora vencedor na eleição feita pela corporação e encabeçara a lista tríplice enviada à Presidenta, para formal nomeação – como o reconduziu ao cargo, mesmo após a trama golpista ter sido desencadeada e sendo Janot e seus colegas do MPF alguns dos atores principais da peça. Será que Lula embarcaria na canoa de Janot? Essa é uma pergunta pra a qual poucos têm resposta, pois se o republicanismo ingênuo e suicida começou no governo do ex-operário, é notório que Lula tem uma visão política bem mais atilada e estratégica que aquela que o sucedeu na presidência da república.
    Mas se Janot, assim como o ‘MT’, é essa raposa dos bastidores e dos submundo da política corporativa do MP, ele não tem qualquer brilho ou luz como profissional do Direito. Nem mesmo elaborar e redigir peças acusatórias consistentes Rodrigo Janot e seus auxiliares sabem fazer de forma competente. Teori Zavascki, com toda a sobriedade e discrição que o caracterizavam, deixou isso claro. Ou seja: jurìdicamente Rodrigo Janot é fraquíssimo. E no STF Gilmar Mendes sabe disso. Aliás, uma das razões por que Gilmar Mendes faz gatos e sapatos dos demais colegas de côrte é porque quase todos eles são fracos ou no máximo medíocres.
    Para piorar a situação de Rodrigo Janot, polìticamente ele perde de goleada para Gilmar Mendes. Gilmar Mendes é o líder do PSDB no STF e defende esse partido e seus principais líderes com fidelidade canina. E na Política uma das principais e mais valorizadas qualidades se chama lealdade. Podemos acusar Gilmar Mendes de muita coisa, menos de deslealdade política. Rodrigo Janot é o extremo oposto disso, como demonstraram Eugênio Aragão e Luís Nassif. O atual PGR é capaz de trair e renegar, em busca de poder e influência. Até mesmo o senador Aécio Cunha, conterrâneo e de quem Rodrigo Janot sempre se mostrou aliado, deve estar coma as barbas de molho. Embora até agora Janot tenha trabalhado para que Aécio não fosse/seja investigado e muito menos denunciado (aliás somente Janot pode denunciar Aécio, o que torna o senador vulnerável a chantagem do PGR), os antecedentes de Janot devem servir de alerta ao senador. Quem foi capaz de trair, como mostrou Eugênio Aragão na carta aberta, pode repetir a atitude. Que garantias tem Aécio de que Rodrigo Janot não fará com ele o que fez contra José Genoíno e contra a Presidenta Dilma?
    Rodrigo Janot sabe que o pedestal que ocupa e os holofotes que hoje atrai para si dependem menos dele do que dos lavajateiros de Curitiba. Janot tenta se capitalizar polìticamente e corporativamente, chancelando as ilegalidades criminosas da turma de procuradores do Paraná. Os lavajateiros do PR se sentem protegidos também pelo tribunal de exceção em que se transformou o TRF4, que coonesta ilegalidades criminosas dessa turma do MPF e do Sérgio Moro. Quem poderia colocar ordem nessa ‘suruba’ é o STF, que se omitiu, se acumpliciou ou participou das manobras golpistas. Além disso, ministros do STF como Luís Roberto Barroso, o falecido Teori Zavascki, Luiz Edson Fachin e Cármen Lúcia têm se mostrado extremamente vulneráveis às chantagens que sofrem dos veículos do PIG/PPV, que os ameaçam de forma velada, e também se mostram medrosos e covardes ante às ameaças explícitas que eles e suas famílias vêm sofrendo por grupos nazifascistóides e de extrema direita, como MBL, Vem par Rua e similares.
    O falso embate entre Rodrigo Janot e Gilmar Mendes tem o propósito de enfraquecer e desacreditar ainda mais o STF, única instituição que pode barrar as ilegalidades criminosas da Fraude a Jato e assim ensejar alguma reversão do golpe. Ayres Brito prefaciou livro de Merval Pereira poucos meses após deixar o STF e Gilmar Mendes foi fotografado sorridente ao lado de Merval, em noite de autógrafos, por ocasião do lançamento do livro. Logo, não há como nos enganarmos em relação a eles. O jogo de cena atual é mais um na longa carreira dessa ‘dupla dinâmica’. Enquanto isso a degola dos direitos corre a todo vapor no CN, com a explícita compra de votos para aprovar a revogação dos direitos trabalhistas e previdenciários. Ao mesmo tempo, toda a Esquerda – seja por meio dos representantes políticos, seja por meio dos veículos da mídia independente – gasta suas energias em defesa do Ex-Presidente Lula e da Democracia, contra a república curitibana, a ORCRIM da Fraude a Jato e o torquemada das araucárias.
    João de Paiva Andrade – Rio, de Janeiro, 9 de maio de 2017

  5. Abaixo segundo artigo, que escrevi no mês de maio, acerca dos temas abordados neste post.
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    A última cartada da PGR e as táticas e estratégias do crime adotadas pelas instituições que deveriam combatê-las

    Após três anos de desmonte do Estado Social, das empresas e setores estratégicos (Petrobrás, Eletrobrás-Eletronuclear, setor energético em geral, Defesa, setor aero-espacial e nuclear, setor mineral, etc.) e dos segmentos mais dinâmicos e competitivos da economia brasileira (construção pesada e agronegócio), os prejuízos causados pela chamada “Operação Lava a Jato” – na verdade uma fraude política com o claro propósito de derrubar um governo de Esquerda e nacionalista, com um projeto de desenvolvimento soberano para o Brasil e não alinhado e subserviente aos interesses econômicos e geopolíticos dos EUA – alcançam centenas de bilhões de reais, talvez mais de um trilhão, além de ter ceifado mais de 3 milhões de empregos somente no setor de óleo e gás e a recessão por ele provocada ou agravada ter eliminado cerca de 10 milhões de postos de trabalho em vários setores da economia, inclusive no comércio e nos serviços. A operação midiático-policial-judicial foi pensada, concebida, planejada e posta em execução como estratégia para desmantelar o Estado Social e colocar o Brasil sob jugo e controle dos EEUU.
    Como já é consenso entre estudiosos, analistas e nas parcelas mais bem formadas e informadas da população, as principais táticas usadas foram a cooptação das instituições que compõem o chamado ‘sistema de justiça’ – que são a PF, o MP e o PJ – alinhando-as com os grandes veículos de comunicação que constituem o oligopólio privado do que se convencionou chamar de ‘mídia comercial brasileira’, sempre aliada histórica dos interesses estadunidenses, partícipe e patrocinadora de todos os golpes de Estado perpetrados no Brasil ao longo do século XX e agora, neste século XXI, como se pode constatar. Apelidei de Midipoliciário a associação e ação concatenada e sincronizada da burocracia do Estado (PF, MP e PJ) e dos veículos de comunicação, conhecidos como PIG/PPV (Partido da Imprensa Golpista, quando o governo é de Esquerda, e Partido da Propaganda Vulgar, quando o governo é de Direita), que atuam como operadores da trama golpista. O comando local do golpe é exercido pela PGR, mas o alto comando fica nos EUA.
    Os acordos de cooperação judicial internacional – sobretudo com os EEUU – feitos de forma ilegal pelo MP, através da PGR, permitindo a aplicação da lei penal estadunidense a pessoas de nacionalidade brasileira, acusadas de terem cometido ilícitos em território brasileiro ou a aplicação de multas e punições – por parte das autoridades dos EUA – a empresas sediadas no Brasil e controladas por brasileiros, que tenham cometido ilícitos no Brasil, são prova cabal de que o alto comando do golpe fica nos EUA e que a PGR é seu representante direto aqui. Outra evidência de que a PGR representa o alto comado local do golpe foi observada no Fórum Econômico de Davos, quando o PGR Rodrigo Janot representou o Brasil o evento, declarando pavònicamete que é pró-mercado, leia-se pró-banca, pró-financistas, pró-EUA. O jornalista Luís Nassif foi o primeiro a cravar a PGR como alto comando local do golpe, quando muitos ainda tinham dúvida sobre qual instituição da burocracia do estado Brasileiro liderava a trama golpista.
    Para levar a termo a trama golpista, Rodrigo Janot arregimentou a secção paranaense do MPF e da PF, já que nesse Estado atua o “juiz” Sérgio Moro, um americanófilo que já havia sido preparado e doutrinado pelos e nos EUA, tendo feito inclusive cursos de imersão naquele país, além de ser freqüentador de consulados e embaixada dos EUA, seja como palestrante ou participante, tendo no retrospecto a atuação nos processos decorrentes do escândalo do Banestado, em que mais de US$132 bilhões, fruto de negociatas e corrupções, foram remetidos ao exterior por meio de contas CC5, sem recolher impostos e que envolvia políticos do alto escalão do governo FHC, aliados políticos e do meio empresarial. Nenhum político graúdo foi condenado e os recursos desviados não foram recuperados; nem mesmo os impostos sonegados foram pagos. Além de Sérgio Moro, outro personagem do escândalo do Banestado que foi usado para desencadear a “Lava a Jato” foi o doleiro Alberto Youssef, responsável por lavar o dinheiro das negociatas e corrupções, trocá-lo por moeda estrangeira, remetê-lo ao exterior e trazê-lo de volta, “limpinho e cheiroso”; por seu trabalho, Youssef recebia generosa comissão.
    Pelo menos desde 2002, provavelmente há bem mais tempo, a polícia federal foi cooptada, ‘comprada’, pelo FBI e outros departamentos e agências de investigações e espionagem dos EUA. A edição 283 da revista CartaCapital, com data de capa 24 de março de 2004, traz denúncia gravíssima feita por Carlos Costa, que atuou como chefe do FBI por cerca de 4 anos, 3 deles durante o governo FHC e no primeiro ano do governo Lula. Uma transcrição da entrevista concedida por Carlos Costa pode ser lida em (https://csalignac.jusbrasil.com.br/noticias/354350802/policia-federal-brasileira-recebe-mensalao-do-governo-dos-estados-unidos). A transcrição contém pequenos erros de digitação, sobretudo no início, mas não contém distorções, muito menos fraude, em relação ao texto original, cuja imagem fac-símile encontra-se anexa à transcrição, ilustrando-a. As revelações feitas por Carlos Costa são devastadoras, atingindo também a ABIN e, por extensão, o Ministério Público. A leitura dessa entrevista revela como a PF foi cooptada pelo FBI e outras agências e departamentos de investigação e espionagem dos EUA (CIA, NAS, DEA, etc.) Carlos Costa cita o caso Banestado, em que o juiz Sérgio Moro teve, pela primeira vez, atuação numa operação de grande envergadura, juntamente com PF e MPF. O conceito, a formação, o treinamento do que hoje é conhecido por força-tarefa foram repassados à PF, ao MPF e a membros do Judiciário, como Sérgio Moro, por Carlos Costa e pessoas que trabalhavam com ele. Na entrevista Carlos Costa revela também que já naquela época, início dos anos 2000, a sede do governo brasileiro, o Palácio da Alvorada e o gabinete da presidência da república, eram monitorados, espionados, grampeados.
    Em artigo publicado no GGN neste último domingo, 21 de maio de 2017, (http://jornalggn.com.br/blog/ronaldo-bicalho/a-lava-jato-e-a-destruicao-institucional-sem-controle-por-ronaldo-bicalho) o engenheiro Ronaldo Bicalho disseca de forma competente e concisa o que representa a chamada operação “Lava a Jato”, mostrando que ela representa o desmonte e a destruição institucional do Brasil, constituindo a ferramenta midiático-policial-judicial para aplicar o golpe de Estado, implantando no lugar do governo legítimo as quadrilhas oligárquicas, plutocráticas, escravocratas, cleptocratas, privatistas e entreguistas . A atuação e Michel Temer como informante dos EUA e de José Serra como operador dos interesses econômicos e geopolíticos desse país no Senado Federal estão em perfeita sintonia com a cooptação da PF, do MP e do PJ pelos departamentos e agências de investigação e espionagem estadunidenses. Os estertores do traidor-golpista-usurpador-corrupto profissional, Michel Temer, e toda a camarilha que o apóia, capitaneados pelo grupo Globo de comunicação, que resolveu rifar ‘MT’ e asseclas constituem um movimento natural das oligarquias golpistas, lançando às bestas-feras aqueles de imunda reputação que foram usados para aplicar e conduzir a 1ª fase do golpe. Mas os brasileiros democratas não devemos nos enganar com a última cartada da PGR, da Globo e do núcleo do MPF em Brasília. Do ponto de vista do alto comando internacional, que fica nos EUA, o processo do golpe transcorre normalmente. A PGR foi e continua a ser o comando local da trama golpista.
    A esta altura deve ficar claro que nada há de virtuoso ou meritório na última cartada que a PGR, associada à Globo e ao grupo JBS aplicaram. Quem leu os escritos de Sérgio Moro, publicados em 2004, sobre a operação Mani Pulite, e sabe da visão distorcida, equivocada e inconseqüente que esse juiz de piso tem sobre ação da polícia e judiciário italianos e quais as conseqüências do desmantelamento do sistema político-partidário italiano, que levou Silvio Berlusconi ao poder por quase uma década, em períodos alternados, entre 1994 e 2012, não pode se deixar enganar. Berlusconi se mostrou um dos mais corruptos e imorais chefes de governo que a Itália conheceu; a lista de crimes por ele cometida é extensa, abrangendo desde desvio de recursos públicos, pagamento de propina a juízes, fraude fiscal, vazamento ilegal de gravação policial para jornal controlado pelo irmão e prostituição de menor. A operação Mani Pulite foi devastadora não só para o sistema político-partidário italiano, mas para a economia do País, que nunca mais se recuperou da hecatombe; basta lembrar que até o início da década de 1990 a Itália era a 5ª economia do mundo e possuía várias empresas industriais e tecnológicas de atuação multinacional, a maior parte das quais foi à falência ou foi vendida a grupos estrangeiros. Hoje a Itália não ocupa sequer uma das 10 primeiras posições no ranking econômico mundial. Além disso, a qualidade de vida e a renda média do trabalho só caíram desde então; a desigualdade social, a pobreza e a miséria aumentam a cada ano. E a corrupção, desculpa usada par deflagrar a Mani Pulite, não só aumentou como se sofisticou, sendo o combate muito mais difícil hoje do que há 20 anos. A chamada operação “Lava a Jato’ é uma versão distorcida, corrompida e deturpada da Mani Pulite. Mino Carta, italiano de nascimento, brasileiro por adoção e decano do bom jornalismo, entrevistou juízes italianos e um destes disse que se algum juiz de lá cometesse os abusos e as ilegalidades criminosas praticadas corriqueiramente por Sérgio Moro seria preso imediatamente. O que vemos desde 2014 no Brasil é que não apenas Sérgio Moro, mas delegados da PF e procuradores do MPF que compõem a força-tarefa da “Lava a Jato”, cometem abusos e ilegalidades criminosas de forma continuada, rotineira, contumaz.
    Já se sabe que o grupo JBS e o grupo Globo de comunicação fizeram uso das informações privilegiadas – do acordo de delação premiada que a PGR conduzia junto aos donos do grupo, Joesley e Wesley Batista – para fazer operações financeiras com dólar. Pouco antes das informações sobre o acordo de delação serem vazadas para a Globo, o grupo JBS vendeu milhões de ações e comprou dólares, já especulando e contando com alta anormal que a moeda estadunidense sofreria quando as gravações decorrentes da ratoeira armada contra Michel Temer e Aécio Cunha fossem divulgadas na imprensa. De posse da informação, os controladores do grupo Globo não fizeram por menos; compraram o máximo de dólares que puderam, antes da alta, e os venderam quando a cotação estava próxima de atingir um teto perigoso. O Banco Central teve de intervir, vendendo dólares, para segurar a cotação da moeda estadunidense, o que custou mais de US$6 bilhões das reservas internacionais do País. Mesmo assim o mecanismo ‘circuit-breaker’ teve de ser acionado e a Bolsa de Valores de São Paulo suspendeu as operações. Informações divulgadas extra-oficialmente indicam que em apenas dois dias o grupo JBS lucrou cerca de US$500 milhões e a Globo por volta de US$2 bilhões. Apenas com o ganho especulativo, manipulando um acordo de delação em que confessa práticas criminosas, o grupo JBS conseguiu levantar mais que o dobro da multa que foi condenado a pagar, de cerca de R$225 milhões. Os US$2 bilhões que a Globo lucrou dão a seus controladores um acréscimo formidável na fortuna pessoal ou um grande alívio para o conglomerado de comunicação e entretenimento, cujas atividades regulares já não são suficientes para pagar os custos operacionais e os altos salários de alguns medalhões cujo salário mensal ultrapassa R$1 milhão. O MPF e a PGR faturam uma generosa parcela também, pois a “comissão” que lhes cabe é de cerca de 20% da multa aplicada ao grupo empresarial. O mais indecoroso de tudo isso é que, com o acordo, a JBS poderá transferir sua sede oficial para os EUA, tornando-se uma empresa estadunidense; seus donos e controladores poderão morar e atuar por lá, livres, leves e soltos, desde que celebrem um acordo com o DOJ e paguem as penalidades aplicadas. Como se isso não bastasse, é fato que dois procuradores que até o início de março – antes portanto das tratativas de acordo de delação premiada da JBS com a PGR – atuavam como braço direito de Rodrigo Janot, inclusive no âmbito da “Lava a Jato”, abandonaram a carreira pública no MPF e passaram a advogar para empresas investigadas, uma delas a JBS. Esse caráter incestuoso, quiçá criminoso, desses que deixam o serviço público para advogar para empresas antes investigadas por eles precisa ser denunciado.
    Quando se observam as chantagens, coações, extorsões, ameaças e torturas psicológicas feitas pelos agentes públicos da força-tarefa da “Lava a Jato” em relação aos empresários e políticos investigados ou a atuação claramente político-partidária desses agentes – perseguindo um partido, o PT, um espectro político, a Esquerda, ao mesmo tempo que protege outro, a Direita – não ficam dúvidas de que a burocracia estatal brasileira está eivada de ORCRIMs institucionais. Essa última jogada perpetrada pelo consórcio PGR-Globo-JBS deixa claro que se trata de atuação de máfia corporativo-institucional. Essa parceira, esse consórcio, está em sintonia com os ditames do alto comando, que fica nos EUA. A confusão e destruição institucional e social, somando o caos, o nazifascismo, o ódio e a cizânia entre os brasileiros, tudo isso faz parte da estratégia de dominação. A PGR, a Globo, a JBS, a PF e a parcela do PJ afinada com o golpe não têm a mínima preocupação com o futuro do Brasil e como bem-estar dos brasileiros. A elas interessa o máximo ganho econômico e de poder/prestígio junto às maltas e matilhas que, babando de ódio e cegadas pela manipulação, colocam o polegar para baixo, apoiando cada linchamento que a ORCRIM do Midipoliciário lhes exibe; a última vítima desse linchamento foi Andrea Neves da Cunha, irmã e articuladora política e condutora da carreira do senador Aécio Cunha. Antes dela outros foram linchados: Sérgio Cabral e a esposa, Adriana Ancelmo, Anthony Garotinho, Guido Mantega, Eike Batista, dentre vários outros. Lula e outros da Esquerda são vítimas de implacável caçada midiático-policial-judicial; tanto perseguiram Lula e a família dele que abreviaram a morte de Dona Marisa Letícia, cruelmente vilipendiada pela máquina de assassinar reputações em que se transformaram a PF, o MPF, o PJ e o PIG/PPV.
    Alexandre Morais da Rosa, juiz e professor em Santa Catarina, é estudioso da teoria dos jogos aplicada ao processo penal. O chamado acordo de delação premiada ou o eufemismo com que lhe apelidam os burocratas da área jurídica, “colaboração premiada”, é cópia mal feita do direito anglo-saxão, mais especificamente do direito estadunidense. Mais objetivos, os estadunidense dão a esses acordos um nome que lhes exprime a real natureza: negociação; lá o termo usado é plea bargain. Ou seja, o país que se diz ‘a pátria do capitalismo, do liberalismo, da livre iniciativa e da livre concorrência’, mercantiliza também o processo penal. Uma pessoa ou grupo de pessoas que tenham sido apanhadas cometendo crimes ou contra as quais tenham sido reunidas provas robustas dessas práticas ilícitas pode celebrar com a autoridade policial ou persecutora um acordo, por meio do qual elas se dispõem a revelar o nome e os crimes cometidos por outras pessoas que tenham participado das ações delituosas, recebendo em troca a redução da pena a que seriam condenadas, caso o processo penal transcorresse segundo o trâmite e rito normais. Mas ao contrário do que está sendo feito pela Lava a Jato, a lei estadunidense exige que os delatores apresentem provas robustas, materiais, contra os delatados. Nos EUA não basta um delator declarar que outra pessoa cometeu crime ou participou dos crimes por ele cometidos; ele precisa provar as acusações/delações; se não o fizer, é o delator que será acusado e processado por crime de falso testemunho. Na Lava a Jato o que se vê é uma perversão completa da lei estadunidense e do direito anglo-saxão; ao longo desse três anos o que se vê é a atuação dos procuradores e policiais da força-tarefa induzindo, coagindo e torturando psicològicamente pessoas presas preventivamente por tempo indefinido, de modo que elas incriminem quem os persecutores desejam e nos termos que estes querem. A implacável perseguição a líderes petistas e ex-ministros que serviram aos governos Lula e Dilma mostra que o objetivo da “Lava a Jato” jamais foi ou é o combate à corrupção; o que se constata é o combate a um partido, o PT, e a um espectro político, a Esquerda. Por essas e outras razões o Ex-Presidente Lula, por meio de seus advogados, denunciou ao comitê da ONU para Direitos Civis e Políticos o uso da Lei e do Direito pelo sistema de justiça brasileiro para persegui-lo polìticamente, tentando cassar-lhe o direito de disputar novamente a presidência da república e mesmo a liberdade, além de assassinar-lhe a reputação (assim como de seus familiares). Em artigo recentemente publicado (http://www.conjur.com.br/2017-mai-19/limite-penal-entenda-golpe-mestre-joesley-jbs-via-teoria-jogos?utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook) Alexandre Rosa disseca a jogada de Joesley Batista,, para obter vantagens econômicas do acordo de delação premiada que celebrou com a PGR. Embora Alexandre Rosa se mostre favorável à delação premiada – que muitos outros juristas consideram uma forma de corrupção tão grave como a que se alega combater ao usar tal acordo – vale muito a pena ler e ouvir o que esse juiz diz sobre a aplicação da teoria dos jogos no processo penal. É possível usar os argumentos de Rosa para desconstruir e mostrar que a delação premiada é, além de anti-ética e imoral, tão corrupta e criminosa como as práticas que supostamente ela visa combater.
    Dos juristas brasileiros o que tem feito de forma mais competente, bem-humorada, sarcástica e brilhante a completa desconstrução da lei e prática da delação premiada é o professor Lenio Streck. Para que o leitor tenha uma idéia do furor argumentativo de Streck basta lembrar que num evento em que Sérgio Moro também participava e no qual Streck deveria ser o último a falar, o juiz da Lava a Jato usou uma artimanha e deixou para a falar por último; e por que Moro fez isso? Por medo de se desconstruído e humilhado – de forma elegante, é claro – por Streck e ser colocado no lugar que lhe cabe: o da insignificância, de mediocridade e da indigência mental no que se refere à aplicação da Lei, ao funcionamento do Estado e aos interesses do País. Lenio streck escreve uma coluna no portal Conjur; vale muito a pena ler os artigos que ele posta lá. O endereço é http://www.conjur.com.br/secoes/colunas/senso-incomum.
    A investida conjunta do consórcio PGR-Globo-JBS contra Michel Temer e Aécio Cunha é apenas mais uma etapa para atingir o objetivo maior: condenar, prender ou no mínimo tornar inelegível o Ex-Presidente Lula. Com essa ação o consórcio espera impressionar as maltas e matilhas sedentas por linchamentos e convencer os indecisos de que a “Lava Jato” atua com imparcialidade. Pura manipulação, que faz parte das técnica e da estratégia do alto comando do golpe e do comando local, a PGR. O falso embate entre Rodrigo Janot e Gilmar Mendes, ministro do STF, tinha sido desmascarado pela mídia alternativa e ambos estavam desacreditados e ‘queimados’ junto à chamada ‘opinião pública’. Com o ousado lance em associação com a Globo e a JBS, Rodrigo Janot quis levar para si um protagonismo e controle que jamais teve sobre o núcleo curitibano da “Lava a Jato”. E não é que Janot e procuradores e policiais federais do núcleo brasiliense da força-tarefa estão conseguindo impressionar até jornalistas e analistas experientes, como Luís Nassif? Indo na onda do PGR, Paulo Henrique Amorim e outros jornalistas e blogueiros perseguidos por Gilmar Mendes estão se vingando do líder tucano no STF, alegando que Janot aplicou um xeque-mate em Gilmar. Que Gilmar Mendes age como político e não como juiz, que ele emite opiniões sobre processos que ainda irá julgar, que ele usa a mídia amiga para atacar adversários, que ele sempre atuou para defender os tucanos e incriminar petistas, tudo isso não é novidade para quem acompanha o noticiário. Mas as ações de Rodrigo Janot frente à PGR não são mais elevadas que as de Gilmar Mendes no STF. Como eu disse anteriormente, Janot é café pequeno para Gilmar, seja no campo jurídico, seja no campo político. Mas Gilmar Mendes é tão antipatizado pelos que sempre perseguiu e persegue que neste momento muitos profissionais do jornalismo estão se esquecendo de fazer algumas perguntas básicas. Aécio Cunha é senador e Gilmar Mendes ministro do STF; pois bem: quem pode autorizar e quem autorizou a PGR a grampear o telefonema entre o senador e o ministro do STF? Ah, dirão alguns: “Gilmar Mendes não poderia ligar para um senador e orientar outro senador a votar um projeto de lei de acordo com o desejado pelo primeiro parlamentar”. Pergunto eu: o fato de Gilmar Mendes ter cometido uma irregularidade justifica ou autoriza o PGR a grampear uma conversa entre ele e um senador da república? Notem os leitores que, na tentativa de apanhar Gilmar Mendes cometendo uma irregularidade, o PGR cometeu outra maior. É óbvio que Gilmar Mendes deve dar o troco; e com juros.
    Enfim: o que observamos com a última cartada do consórcio PGR-Globo-JBS é que as instituições com atribuição legal de investigar e combater práticas criminosas têm adotado táticas e estratégias do crime, sob a alegação de combatê-lo. A Globo e a “Lava a Jato” são os principais inimigos da Democracia e do Brasil e contra eles devemos unir nossas forças. Temer e sua camarilha estão liquidados. Se não combatermos a Globo e “Lava a Jato”, a democracia e a normalidade institucional jamais serão restabelecidas.
    João de Paiva Andrade
    Rio de Janeiro, 22 de maio de 2017

    1. O sucesso do golpe é tão grande que eles golpistas podem se dar ao luxo de brigar. Não precisam mais de união.

  6. Nesse seriado inglês da CPI da JBS,a Globo ofereceu 55 milhões pelos direitos e a Record 54.900 milhões pela exclusividade.Silvio Santos preferiu ficar com Octávio Mesquita,ex campeão mundial de Fórmula 0,e seus 35 pontos no Ibope e Ratinho HSBC.

    E sinal de que a audiência será boa.

    Só a Ultrafarma dos milgrosos descontos e dizem que sem sonegar impostos,ofereceu 10 milhões de cota de patrocínio seja na Record ou Globo.

    Fontes:Luciana Gimenez e Alexandre Garcia.

    1. Agora falando sério,não poderia deixar de saudar e desejar muitos anos de vida e saúde,hoje,12/09/2017,a minha musa Linda Gray,do seriado Dallas,e suas 77 primaveras celebradas hoje.Vamos renovar esse contrato da vida até os 100 pelo menos.

      Espero que minhas musas inspiradoras:Sula Miranda,Thaeme Mariôto e Gleisi Hoffmann não fiquem com ciúmes.

      Depois a gente fala de política.

  7. Não duvido que Moro prenda Lula amanhã, pois ele não deve estar gostando nada de dividir os holofotes desse espetáculo com STF amanhã.

  8. O Fachin Merece. Vai ser cabra covarde la na puta que pariu. Esse desclassificado do Gilmar Mendes vem com oito pedras na mão e o almofadinha responde “minha alma está em paz”. É por isso que o Supremo está como está. Porque ninguém cospe verdades na cara desse indivíduo, desse canalha, o vexame do Supremo há vinte anos é ele.

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