Toledo mostra que anti-política serve à direita

benito

José Roberto de Toledo, hoje, no Estadão, destaca pontos interessantes  da análise detalhada, com cruzamento dos dados, da pesquisa Datafolha publicada segunda-feira, que apontou Lula na liderança (30%), à frente de Jair Bolsonaro (16%) e Marina Silva (15%).

Embora pesquisa, ainda longe das eleições, não possam ser olhadas com interpretações absolutas, os detalhes que Toledo traz, são reveladores.

O primeiro deles é que a desilusão com a política serve, sobretudo, à direita. Comentando o inédito empate entre os que se consideram envergonhados(47%) e os que se dizem orgulhoso de serem brasileiros, Toledo diz que há uma prevalência, no grupo dos que têm vergonha, de eleitores de Jair Bolsonaro e, como é natural, de brancos, nulos e indecisos.

O “maior” índice de “temerismo” – os que o acham ótimo ou bom – é alcançado entre os tucanos: “simpatizantes do PSDB dão nota média 4,3 a Temer. É mais alta que a de todos os outros partidários, inclusive peemedebistas. No geral, os brasileiros dão nota 2,7 ao governo. Entre tucanos, 28% acham Temer nota 7 ou superior – é mais do que o dobro da taxa de quem dá notas como essas no resto da população. Para azar do presidente, só 5% declaram hoje preferência pelo PSDB. ”

Ao inverso, João Doria e Geraldo Alckmin têm algumas das mais baixas taxas entre os 69% dos eleitores que classificam o governo como ruim ou péssimo: 7% e 5%, respectivamente. “Temer depena os tucanos”, diz Toledo.

Lula é o grande catalisador desta insatisfação com o atual presidente. Quatro entre cinco de seus autodeclarados eleitores acham Temer ruim ou péssimo.

Mas há, no artigo de Toledo, já de início, recorda a advertência de Marcos Paulino, diretor do Datafolha: ““Se a economia piorar, como aconteceu antes de junho de 2013, vai ter rua”, previu ele, dizendo que o descrédito pode nos levar a conviver com “uma bomba-relógio social”.

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13 respostas

  1. Se o Tiririca foi o deputado eleito com um número recorde de votos; o Collor, eleito senador após levar o Brasil à Bancarrota (empresas faliram, inflação alta, corrupção, pessoas com dinheiro preso, sem nenhum critério, alguns até suicidando), Maluff sempre eleito apesar de ter sido o corrupto-mór por muitos anos; populares e intelectuais pré-pagos pedindo a volta de Dilma, apesar de governar desorientadamente, com inflação galopante e se apoiando apenas no bolsa-família, além de sofrer impeachment por mascarar a contabilidade (além de outros motivos)…., nada mais fácil para reelegerem o Lula!
    O Lula é a opção dos despolitizados, dos currais do bolsa-família; Dória e Marina, dos acomodados que têm medo de mudanças; já o Bolsonaro é a opção dos indignados, que querem ver a caça às bruxas, limpeza geral, mas inconsequentes, pois suas ideias (do Bolsonaro) sobre as diversidades do ser humano (racismo, homofobia, etc) são retrógradas.
    Ótima oportunidade para surgir um líder ficha limpa, com novo partido sem admitir recém-egressos dos partidos tradicionais. Sem isto, restam-nos Lula ou Bolsonaro! Juro que não mereço!

    1. “O Lula é a opção dos despolitizados”
      Alguém realmente não leu o texto e está bem longe da realidade.

    2. O Adirson como muitos, dá o exemplo do que é ser despolitizado, ainda pensa que quem governa é a pessoa, confunde Politica com Politicagem.
      Quem governa é o Sistema, garoto.
      Pra tirar 10, responda, os banqueiros, os grandes empresários, a casa grande vota em quem, na Dilma ou no Aécio?

  2. Se considerarmos que a mídia nefasta está 24 horas com notícias negativas,contra o Lula ,era pra ele nem aparece no cenários, mesmo assim ele está com 30 % está explicado a demora pro moro da seu veredicto,quanto mais tempo ele conzinhar, menos tempo a despesa terá pra recorrer.

  3. “Se a economia piorar vai ter rua” é a maior piada deste texto do estadinho, brincadeira né ??!!!!

    Quer dizer que quando os celerados começaram a se fantasiar de verde-amarelo a economia tava mal ??? O País vivia o menor índice de desemprego da história, massa salarial crescendo, arrecadação federal crescendo, exportações crescendo, pois bem, vem a farsa do impeachment, arrancam uma presidente eleita por 54 milhões de voto na marra, tudo vira BOSTA.

    Desemprego em massa, queda salarial, fim de proteção trabalhista e previdenciária, país assaltado pela mais faminta quadrilha de bandidos que já assaltaram o poder e o cara vem falar que “se a economia piorar vai ter rua “………………vai pra PQP !!!!

  4. É fácil eleger o Lula. Ele foi o ÚNICO presidente que fez nossa economia decolar. Para esse jumento que diz que o bboksa familia elege o PT, eu só lembro que ela foi criada pelo FHC e não elegeu o Serra presidente, como ele queria. O chip da PLIM PLIM aniquilou com o raciocínio lógico destes asnos.

  5. Setores estratégicos para a soberania e o desenvolvimento do pais como os setores de agua, energia, telecomunicações, mineração não podem estar na mão do capital 100% privado, nacional e estrangeiro. O mundo tem histórico suficiente de depredação e degradação econômica, social, e ambiental quando estas atividades são exercidas pelo setor privado. O Brasil precisa sair do século XVIII e chegar no século XXI.

  6. Senador ricardo ferraço abdicou do direito de legislar. Nao alterou nada da “deforma” da proposta trabalhista que veio da câmara dos deputados e propôs alterações por meio de veto presidencial… e com apoio de outros senadores vai fazer do Senado Federal mero “carimbador”. Então pra que senado federal? Dentro dessa logica é melhor Fechar logo e ficar só com a Câmara dos “sepultados”!

    Isso é um absurdo, inadmissível o senado abrir mão do seu papel de legislar e propor inclusão ou exclusão de emendas!! Será que teremos que lançar a campanha #Fecha senado?!! Tomara que não.

  7. Roubaram meu voto e de 54.501.118 – Cinquenta e quatro milhões, quinhentos e um mil e cento e dezoito cidadãos brasileiros.

  8. em meu perfil no G+ eu havia adiantado esse aspecto. na época da Ditadura, era comum se declarar apolítico. agora a “moda” é falar ser “não-político” um desdobramento da anti-política típica da direita.

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