O ministro Alexandre de Moraes deu prazo de 48 horas para que o Ministério da Defesa apresente os resultados da “auditoria” feita pelas Forças Armadas que, até agora, está escondido por ordens do presidente Jair Bolsonaro.
É péssimo para o país e, especialmente. para os militares, que o comando das instituições armadas tenham de ser intimadas a dar, sob vara, o resultado de uma verificação – na qual eles tanto insistiram – que diz respeito a todos os cidadãos brasileiros e que foi, aliás, feita com o dinheiro público.
Para que guardá-las em segredo? Para alimentar pretensões golpistas na rodada final e decisiva?
Diz o Estatuto dos Militares (Lei 6.680, de 1980), já no primeiro item dos preceitos éticos que “amar a verdade e a responsabilidade” são fundamentos da “dignidade pessoal”, mais que a funcional, de quem veste uma farda.
Não há, portanto, razão para que a verdade seja subtraída do conhecimento público e, até, da própria Justiça Eleitoral, que deveria ser a primeira a ser avisada de qualquer fragilidade encontrada e não deixar-se tudo no escuro para, amanhã, servir de fonte de contestação dos resultados.
