Vai-e-vem ministerial: a máquina de trapalhadas de Bolsonaro

A Folha noticia a inacreditável história de que o General [Luiz Carlos] Ramos resiste a entregar Casa Civil a líder do centrão às vésperas de reforma ministerial de Bolsonaro.

No Metrópoles, Igor Gadelha diz que Bolsonaro vai tentar fazer com que Ciro Nogueira aceite a Secretaria de Governo, em lugar da Casa Civil.

Possibilidade de que isso aconteça: algo perto de um milésimo, ainda assim porque o perfil dos parlamentares brasileiros está, faz tempo, mais abaixo de zero que os termômetros neste inverno.

Para Ciro, aceitar um cargo quase decorativo, destinado apenas a conseguir vantagens parlamentares para Jair – ou talvez nem isso, porque não pode garantir nada quem aceita ser rebaixado de posto entre o convite e a posse – não é algo que o habilite a posar -ou ser – o dono da máquina.

Mas é menos importante o que irá acontecer (ou não), que é a entrega do posto-chave das nomeações governamentais, do que a atitude de Jair Bolsonaro de recuar – ou tentar recuar – de seu primeiro grande lance de partilha de poder.

Para os nossos malandríssimos parlamentares, é aviso mais que suficiente que não há acordo possível com Jair Bolsonaro, porque este quer cuidar – e cuida – sempre antes dos seus do que dos compromissos que assume.

Não o enxergam como parceiro, mas como xepa de ocasião.

A coalizão PP-Bolsonaro é assim, de curto prazo, enquanto houver o que entregar.

Não chega ao segundo trimestre de 2022.

Ou enquanto durarem nossos estoques.

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